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Estudante de 17 anos representa o Brasil no Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suécia com projeto de monitoramento da qualidade

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

10/06/2024 por Redação

O rover aquático desenvolvido pelo piauiense Manuel José Nunes Neto avalia detalhes como o PH, temperatura, turbidez e oxigenação, dados importantes para controle de qualidade da água. Piauiense representa o Brasil no Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suécia
O estudante Manuel José Nunes Neto, de 17 anos, vai representar o Brasil no Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suécia em agosto desse ano com o projeto “Rover aquático autônomo para monitoramento da qualidade da água: uma ferramenta portátil de baixo custo”.
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O projeto de Emanoel é o rover aquático, que avalia questões como o PH, temperatura, turbidez e oxigenação da água, oferecendo dados importantes para que, por exemplo, órgãos públicos possam elaborar políticas que sejam fundamentais para manter o controle e a qualidade da água.
A ideia surgiu após o estudante ficar sabendo da situação crítica vivenciada pelas populações ribeirinhas no norte do Brasil.
Nas palavras do próprio Emanoel:
É um barco que ele vê se a água está ruim ou não. Eu tive essas ideias quando eu vi a reportagem no g1 e Fantástico, que falavam principalmente sobre as tribos Yanomami, que sofrem muito por conta da contaminação de Mercúrio. Aí eu pensei: porque não tem um equipamento que fica 24 horas em um rio para ver se esses trechos estão poluídos ou não?, explicou Manoel.
Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é considerada o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise sem precedentes, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa. O território é alvo do garimpo ilegal há décadas, atividade que destrói o meio ambiente, causa violência, conflitos armados e poluição dos rios devido ao uso do mercúrio.
Em 9 comunidades Yanomami, 94% dos indígenas têm alto nível de contaminação por mercúrio
Prêmio Jovem da Água de Estocolmo 2024
Estudante de 17 anos vai representar o Brasil no Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suécia com projeto de monitoramento da qualidade da água
Divulgação
O estudante foi ao Parque da Cidadania, no centro de Teresina, para demonstrar como o objeto funciona (vídeo acima).
O protótipo foi selecionado para representar o país no Prêmio Jovem da Água de Estocolmo 2024 (Stockholm Junior Water Prize – SJWP), o Nobel da Ciência Jovem, na Suécia, que acontece em agosto. Ele vai concorrer com estudantes de outros 40 países.
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A competição vai ser online, através de uma votação pública. Por isso, o estudante iniciou uma campanha em sua rede social para conseguir votos. Se depender da mãe do rapaz, o prêmio já está garantido:
Eu não consigo explicar o que eu estou sentindo. Quando sair o link da votação, que a gente vote, vote muito, porque são muitos votos, no mínimo 56.000 votos. Lá são 41 países que vão concorrer. O vencedor vai ser aquele que tiver mais votos e o país que mais engajar nesse prêmio, falou orgulhosa Francinalda Sousa, mãe do Manuel.
Estudante de 17 anos vai representar o Brasil no Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suécia com projeto de monitoramento da qualidade da água
Reprodução
Yanomamis sofreram contaminação por mercúrio
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