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Análise: o mais regular jogador do Botafogo-PB em 2024 é o seu camisa 4

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

27/05/2024 por Redação

Zagueiro Wendel marcou seu primeiro gol pelo Belo na vitória do clube sobre o Sampaio Corrêa. Antes disso, tem sido fundamental em partidas na zaga e no início de construção de jogadas Vivendo um bom momento na Série C do Campeonato Brasileiro, nem sempre foi um mar de rosas a vida do Botafogo-PB em 2024. Para se ter uma ideia, o clube já está na sua terceira comissão técnica no ano. Apesar de ter chegado ao mata-mata da Copa do Nordeste, caindo sem perder nas quartas de final para o CRB, hoje finalista do torneio, e ter ido à decisão do estadual deste ano, o Alvinegro oscilou muito em campo. E ainda contou com a frustração da perda do título do Campeonato Paraibano em casa para o Sousa, que culminou na demissão do treinador Moacir Júnior. De todo modo, em campo, o time tem alguns destaques desde o início do ano. Notadamente o goleiro Dalton, o atacante Pipico e o zagueiro Wendel.
Com um a menos, Botafogo-PB vence o Sampaio Corrêa e segue invicto na Série C
O camisa 1 do Belo tem sido muito regular. Dalton faz grande jogos, assegura resultados, coleciona milagres e até pegou pênalti na Pré-Copa do Nordeste, que o Botafogo-PB avançou muito por conta dele. Mas já falhou. É o caso também de Pipico. Artilheiro do Belo na temporada com oito gols, mais do que isso, Pipico é bem importante no setor de criação do time. Quase sempre joga bem, até quando não balança as redes. Mas perdeu dois pênaltis em duas decisões por penalidades, sendo uma delas na final do Paraibano. Mas e Wendel?
O camisa 4 do Botafogo-PB passou pelos três técnicos do clube na temporada — Cristian de Souza, Moacir Júnior e Evaristo Piza — como intocável no time titular. Natural. O jogador é, de fato, o melhor defensor do elenco botafoguense. Fisicamente forte, tem sido fundamental no setor defensivo, ganhando muitos confrontos contra os atacantes adversários, com a sua rapidez e vigor.
Canhoto, Wendel Lomar — como é chamado pela maior parte da imprensa — tem um perfil cada vez mais amado pelos treinadores para jogar no lado esquerdo da zaga. Do seu lado, consegue abrir o jogo para a sua perna boa, deixando o movimento mais natural para poder jogar mais verticalmente.
Wendel Lomar, zagueiro do Botafogo-PB
Cristiano Santos / Botafogo-PB
Aliás, é esse um grande ponto que faz de Wendel, para mim, o melhor jogador do Botafogo-PB até aqui na temporada — bem próximo, como disse, a Pipico e Dalton. Wendel vem sendo fundamental na saída de bola do Botafogo-PB desde o início do ano, passando por diferentes sistemas para a saída de bola dos técnicos que já comandaram o Belo em 2024. Passando pela saída de três de Cristian de Souza para uma saída de dois no miolo de zaga com Moacir — que logo se arrependeu e voltou para a saída de bola anterior —, Wendel é o único zagueiro que dá qualidade a saída de bola do time.
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Wendel evita sempre que pode o chutão por um motivo básico. Confia na sua qualidade e consegue jogar sempre no limite de o adversário ficar perto, pressionando, e mesmo assim conseguir procurar um passe no chão até o último momento. É claro que acontecem erros de passe. Mas são poucos na realidade de suas atuações, em que a bola passa muito por seus pés para o início de jogo botafoguense durantes as partidas.
Na zaga, é Wendel quem consegue passes mais verticais, e não apenas para o zagueiro ou o lateral mais próximo, buscando volantes, meias ofensivos, muitas vezes até o atacante mais aberto e até o atacante ou o lateral do lado oposto, com lançamentos. O tipo de passe que acelera corretamente o jogo e evita um tempo perdido para um passe mais perto, para o outro jogador matar a bola e dar um novo passe. Além disso, Wendel tem qualidade na condução de bola. Quando precisa, ele quebra a primeira linha passando pelos atacantes e atacando o espaço, da marca do meio-campo, clareando a jogada e buscando gerar uma superioridade numérica nesse setor.
Wendel marcou o gol da vitória contra o Sampaio Corrêa
Ronald Felipe/Sampaio Corrêa FC
Contra o Sampaio Corrêa, veio a cereja do bolo. O jogador aproveitou a consequência de um lance de bola parada, ficou na área, recebeu um belo cruzamento de Lenon e, de primeira, tal qual Pipico, chutou para o fundo das redes, marcando o bonito gol, como autêntico camisa 9, garantindo a vitória da equipe sobre a Bolívia. Mais um triunfo do Belo na Série C. Coroou uma grande temporada que faz até aqui.
Os grandes lances, no entanto, vieram depois do gol e também antes. Depois, porque após o gol, Wendel pegou a bola e botou debaixo da camisa para homenagear a esposa, que está grávida do primeiro filho do jogador. E antes porque, independente de gols, jogos, boas ou más performances e validações de jornalistas, penso que mais importante mesmo é a conquista que ele mais quer, que é vencer como pai e marido, numa vida menos ingrata do que a da bola.
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