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Dia do milho: região de Itapetininga reúne receitas doces e salgadas

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

24/05/2024 por Redação

🌽 Desde brigadeiro para rechear bombons e outros doces a bolinhos salgados com queijo e cebolinha, o milho é um ingrediente essencial para a culinária da região do interior de São Paulo. Receitas doces e salgadas de Itapetininga, Tatuí e Itaí (SP) tem o milho como principal ingrediente
Pixabay/Reprodução
Iguaria rica em vitaminas e minerais, exemplo de fonte de carboidratos e fibras, o milho é um ingrediente essencial nas tradicionais festas juninas e no paladar brasileiro, especialmente do interior de São Paulo.
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Neste Dia Nacional do Milho, comemorado em 24 de maio, o g1 reuniu algumas dicas de receitas com milho que fazem sucesso na região de Itapetininga, que foram herdadas de família e que ainda marcam presença em quermesses e festas municipais.
🌽Brigadeiro de milho
Um doce de formato criativo e com recheio ainda mais atrativo, o bombom recheado com brigadeiro de milho é feito e comercializado no município de Tatuí, pelo doceiro Dalmo Oliveira e sua sócia Luiza Minghini, que é responsável por desenvolver os produtos.
A receita surgiu a partir da ideia de que eles nunca haviam visto uma trufa ou bombom de milho pela região, e pensando em inovar e agradar o paladar do pessoal do interior, Dalmo e Luiza resolveram testar uma receita na festa junina do município em 2022.
Inicialmente fizemos o teste para a festa junina que deu muito certo e levamos para a feira do doce de Tatuí e explodiu este produto. (...) caiu no gosto de muita gente, hoje é um dos doces mais famosos da feira do doce. A apresentação remete a um milho de fato, pois tem o formato e parece que está na palha, conta o doceiro.
O bombom é recheado com brigadeiro feito de milho triturado em Tatuí (SP)
Dalmo Oliveira/Arquivo pessoal
O preparo é semelhante ao de um brigadeiro tradicional, porém, com o milho triturado sendo o principal sabor da mistura entre a manteiga e o leite condensado.
Para moldar a trufa, Dalmo explica que o processo é bem simples, basta cobrir a forma com chocolate nobre branco para fazer a casca, esperar endurecer, rechear com o brigadeiro de milho e cobrir com mais um pouco de chocolate.
Quando a pessoa morde, nada mais legal que comer o doce que vai ter o gosto do que está sendo proporcionado no visual, então você morde e tem gosto de milho mesmo, finaliza.
O bombom de milho é um dos doces mais famosos da feira do doce de Tatuí (SP), segundo doceiro Dalmo Oliveira
Dalmo Oliveira/Arquivo pessoal

🌽Bolinho de milho
Esta é uma receita de família, que foi passada de geração para geração. O bolinho de milho é um quitute que leva pouquíssimos ingredientes, mas é uma excelente receita para os amantes de milho, podendo ter variações com recheio de queijo ou o uso de cebolinha na massa.
Segundo Áurea, o bolinho de milho é frito por imersão no óleo quente
Isabella Silva/Arquivo pessoal
A dona Áurea Leme, atualmente moradora de Itapetininga , trouxe a receita de Itaí (SP), onde cresceu e aprendeu a fazer os bolinhos com sua mãe e seu pai, que já são falecidos.
O bolinho foi responsável por reunir toda a família e amigos aos finais de semana, pois ninguém resistia comer pelo menos um ao passar pelo sítio da família de dona Áurea.
A receita serve pra aproximar a família também, o meu pai fazia e chamava todo mundo pra comer lá na roça, reunia a família inteira, igual agora que a gente faz em casa, porque a receita vem dos meus bisavós e continua essa tradição do bolinho na época de milho, explica Áurea.
Na receita da família de Áurea, o milho deve ser ralado antes de ser misturado com o ovo
Isabella Silva/Arquivo pessoal
A primeira etapa para preparar o bolinho, é ralar a quantia desejada de milho das espigas, em seguida, temperar esta massa com sal a gosto e, caso necessário, usar um ovo para atingir um ponto mais mole. Depois, basta fazer um formato oval com a colher e já colocar para fritar por imersão no óleo quente, semelhante ao preparo e fritura de um bolinho de chuva.
Neste momento, é possível colocar um cubo de queijo para rechear a massa ou despejar cebolinha picada, que também vai trazer um sabor diferenciado para o bolinho.
A receita passou de geração para geração em Itaí (SP)
Isabella Silva/Arquivo pessoal

🌽Croquete de milho
Feito em Itapetininga (SP) há anos, o croquete de milho é uma das receitas mais procuradas durante quermesses e celebrações das festa do milho e festas de paróquia São Roque.
A festa do milho e de São Roque completou 38 anos em 2024, e segundo Fernanda Nicolau, um dos quitutes mais vendidos são os croquetes de milho, na ultima edição, foram vendidas 42 mil unidades da iguaria.
O croquete de milho vendeu 42 mil unidades na ultima festa de São Roque em Itapetininga (SP)
Fernanda Nicolau/Arquivo pessoal
Fernanda participa da Paróquia São Roque há 30 anos e é responsável pela equipe que prepara o croquete de milho que é vendido nas festas há 20 anos.
Me contaram que a receita veio através de uma paroquiana chamada Kátia, já falecida, ela fez um curso no qual aprendeu a fazer os croquetes e trouxe para a festa. A partir daí, não faltou mais croquetes nas festas do milho e virou uma tradição. Ela não gostava muito de passar a receita, mas conforme a gente ia ajudando, prestando muita atenção, fomos aprendendo, explica Fernanda.
Fernanda também destaca que desde que assumiu a coordenação, ela faz questão de manter a receita original, respeitando as quantidades de produtos, marcas entre outros detalhes, para manter a qualidade.
Fernanda faz croquete de milho há 20 anos para paroquia São Roque de Itapetininga (SP)
Fernanda Nicolau/Arquivo pessoal
A receita é bem elaborada, a base da massa é feita com milho, cebola, margarina, diversos temperos, ovos, leite e farinha de trigo. Depois de pronta, a massa é sovada e separada em porções na medida do croquete, que são enrolados e recheados com muçarela. Depois são empanados com farinha de rosca e são fritos descreve Fernanda.
A paroquiana finaliza contando que devido a alta demanda, os voluntários da igreja trabalham em várias equipes para dar conta do recado, afinal, tudo feito artesanalmente.
Varias equipes de voluntários são organizadas para fazer os croquetes em Itapetininga (SP)
Fernanda Nicolau/Arquivo pessoal
*Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro
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