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Dois engenheiros são indiciados por rompimento de reservatório da Casan em Florianópolis

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

18/05/2024 por Redação

Um deles era responsável pela execução da obra, o outro, por fiscalizar. Rompimento ocorreu em 6 de setembro no bairro Monte Cristo, no Continente. Imagens aéreas mostram destruição de comunidade após rompimento de reservatório em SC
Dois engenheiros foram indiciados pela Polícia Civil pelo rompimento de um reservatório da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) em Florianópolis, ocorrido em setembro. Um deles foi o responsável pela execução da obra e o outro, pela fiscalização.
A Casan disse em nota que não havia sido notificada sobre o inquérito até 20h30 desta sexta-feira (17) e que tão logo tome ciência formalmente sobre o teor da conclusão do inquérito, irá analisar e tomar as providências cabíveis.
A empresa Gomes e Gomes, que executou a obra, disse que não havia sido comunicada sobre a conclusão do inquérito até 21h desta sexta.
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O rompimento ocorreu em 6 de setembro no bairro Monte Cristo, na parte continental de Florianópolis. Após a estrutura ceder, a água invadiu casas, ruas, lojas e carros. Duas pessoas ficaram feridas e 386 foram atingidas.
A Polícia Civil não divulgou os nomes dos indiciados, mas disse que o responsável pela execução da obra era contratado da vencedora da licitação e o outro, o responsável pela fiscalização, era da Casan.
Eles vão responder de forma culposa (sem intenção) pelos crimes de inundação e desabamento, ambos qualificados pelas lesões corporais geradas aos moradores do entorno. Além disso, eles foram indiciados pelo dano ambiental causado na região.
Reservatório de água rompido em Florianópolis
Alexandre Vieira/ PMF
A investigação apontou que a causa do rompimento foi basicamente a divergência do material que foi utilizado na obra e o que estava previsto no projeto. Segundo laudo, esse material foi usado em quantidade inferior ao previsto no projeto, causando o rompimento.
Dessa forma, o colapso da estrutura aconteceu pela incapacidade da parede estrutural transferir aos pilares adjacentes os esforços exercidos pela quantidade de água que havia no interior do reservatório.
Inquérito
Para que houvesse a conclusão do inquérito, foram necessárias duas perícias complexas, conforme a Polícia Civil. Os resultados saíram em dezembro.
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Também houve participação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC) para esclarecer a qualificação dos dois engenheiros envolvidos na construção. Essas respostas saíram em março.
Depois, os policiais começaram a tomar os depoimentos de testemunhas e envolvidos na obra.
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