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De intriga à crise dos dividendos: o que está por trás da demissão de Prates da Petrobras

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

16/05/2024 por Redação

Troca na presidência foi anunciada nesta terça-feira (14). Para o lugar de Prates, Lula escolheu Magda Chambriard, funcionária de longa data da estatal. Pedra cantada havia tempo, a demissão de Jean Paul Prates da Petrobras pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi anunciada nesta terça-feira (14), dois meses depois de a crise dos dividendos ser escancarada.
Segundo Manoel Pires, coordenador de economia do jornal O Globo, auxiliares do presidente atribuem a tomada dessa decisão neste momento, fora do auge, a um jeito Lula de governar.
Dizem que o presidente já tava decidido já há algumas semanas, alguns meses até, a retirar, demitir Jean Paul Patres da Petrobras, mas decidiu fazer agora porque a crise, que estava no seu auge há cerca de um mês, esfriou, a crise deixou de acontecer. O próprio Prates não imaginava mais que fosse demitido agora.
Jean Paul Prates, nesta quarta-feira (15), um dia após ser demitido do cargo de presidente da Petrobras
Pilar Olivares/Reuters
E o que veio antes da demissão? Em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (16), Manoel também cita um conjunto de causas que se escalonaram até a crise dos dividendos — incluindo intrigas.
Havia muita discordâncias aqui em Brasília entre os auxiliares do Silveira, do Rui [Rui Costa, ministro da Casa Civil], de que, por exemplo, a Petrobras estava investindo muito pouco, segundo eles, em fertilizantes, que deveria ter um investimento maior na visão deles.
Que a Petrobras não estava conseguindo tocar grandes obras, projetos estruturantes, que essa é uma visão muito particular, enfim, desses ministros. Que não estava, por exemplo, fazendo projetos para colocar o plano de investimentos da Petrobras para fazer esse plano de investimento rodar.
Manoel explica como a série de divergências foi afastando Prates de Lula que, como relatam aliados, se queixava também das questões sobre investimentos, já que o presidente acha que a Petrobras tem que ser uma indutora para geração de empregos no país.
Houve uma intriga muito grande entre eles e do próprio governo, de gente do governo que falava que o Prates não estava atendendo aos anseios e às expectativas do governo; de gente, auxiliares do Prates, falando que, na verdade, tudo isso é culpa de ministros do governo que não estavam deixando a situação acontecer.
As intrigas na troca de comando da Petrobras
Nova presidente
Para o lugar de Prates, Lula escolheu a engenheira Magda Chambriard, funcionária de longa data da estatal, que aguarda nomeação oficial no conselho da petroleira.
Na opinião de Manoel, a gestão de Chambriard deve parecer mais com o de Sérgio Gabrielli, que foi presidente da Petrobras entre 2005 e 2012.
Uma visão de Petrobras fazedora de obras e fazedora de investimentos para o país. Não é à toa que Lula conversou e está se aconselhando com Gabrielle sobre Petrobras e sobre política energética nas últimas semanas.
Petrobras: o perfil da nova presidente
Ouça a íntegra do episódio aqui.

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