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Número de mortos nas cheias no Afeganistão subiu para 342

O número de mortos nas cheias devastadoras que afetaram o norte do Afeganistão subiu hoje para 342 e...

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Com informações do Notícias ao Minuto

12/05/2024 por Redação

Divulgação/Notícias ao MinutoDivulgação/Notícias ao MinutoSegundo o Ministério dos Refugiados e Repatriamento, citado pela agência noticiosa espanhola Efe, a maioria das vítimas mortais (315) concentra-se na província de Baghlan, no norte, e os restantes em diferentes áreas da região.

Em comunicado, o ministério apurou que 1.630 pessoas ficaram feridas e mais de 2.665 casas foram total ou parcialmente destruídas em inundações repentinas na província de Baghlan".
No meio do caos desencadeado por dias de chuvas incessantes e inundações que soterraram cidades inteiras e destruíram infraestruturas essenciais, como pontes e estradas, o regime talibã afirma que o número de vítimas poderá continuar a aumentar.
"Tendo em conta o número de vítimas e perdas nas cheias, um grande número de pessoas em Baghlan e noutras províncias, como Badakhshan ou Takhar (...) precisam de assistência humanitária urgente", afirma o ministério.
Equipas de gestão de catástrofes sob o comando dos talibãs, que assumiram o controlo do país em agosto de 2021, estão a distribuir tendas e alimentos aos sobreviventes, adianta a Efe.
O Programa Alimentar das Nações Unidas (PAM) no Afeganistão salientou hoje que a maior parte da província de Baghlan é inacessível a camiões.
"O PAM teve de recorrer a várias alternativas para levar alimentos aos sobreviventes, que perderam tudo", afirmou a agência da ONU na rede social X, mostrando burros carregados de sacos de farinha.
Alguns habitantes locais criticaram a resposta do Governo talibã e de organizações internacionais, muitas das quais reduziram significativamente a sua presença no Afeganistão.
"Até agora só recebemos água potável e as equipas de resgate do Governo talibã estão a trabalhar na área, mas não há outra instituição que pelo menos dê comida às pessoas necessitadas", disse à Efe Qais Muhraeen, um residente no distrito de Burca, em Baghlan.
Muhraeen destacou que hoje as chuvas deram uma trégua à região, facilitando os esforços de resgate.
O Afeganistão é um dos países mais vulneráveis do mundo às alterações climáticas e o menos preparado para se adaptar, segundo um relatório do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), ao qual se acrescenta a interrupção de boa parte da atividade internacional, ajuda e o congelamento dos fundos do país após o regresso dos talibãs ao poder.
Em julho de 2021, pelo menos 260 pessoas morreram após uma série de inundações causadas por fortes chuvas na região do Nuristão, então controlada pelos talibãs, apesar de estes ainda não terem assumido o controlo do país.
Leia Também: UE preparada para ajuda de emergência no Afeganistão após inundações

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