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Caso Alph: acusada é condenada a 17 anos e quatro meses de prisão por assassinato de estudante

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

17/04/2024 por Redação

Júri entendeu que Selena Samara Gomes da Silva não foi a autora do disparo que matou estudante, mas foi ela quem atraiu vítima para o local do assassinato. Segundo acusado ainda será julgado. Alph foi encontrado morto em 8 de fevereiro de 2020, em João Pessoa
Genoveva Souza/Arquivo pessoal
Selena Samara Gomes da Silva, uma das acusadas de ter matado o estudante Clayton Thomaz de Souza, conhecido como Alph, foi condenada na noite dessa terça-feira (16) a 17 anos e quatro meses de prisão. O julgamento aconteceu no 1º Tribunal do Júri da Capital, em João Pessoa. O tribunal do júri entendeu que ela não foi a autora do disparo que matou o estudante, mas que foi quem atraiu a vítima para o local em que foi assassinada, o que impedia que ela fosse absolvida.
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O segundo acusado de ter cometido o crime, Abraão Avelino da Fonseca, será julgado separadamente porque o processo foi desmembrado. Ele segue foragido.
Selena Samara, inclusive, também estava foragida, mas se apresentou ao tribunal de júri nessa terça-feira (16) e sentou no banco de réus. Em seu depoimento, ela alegou que, tal como Alph, também foi vítima. E que no dia do crime ela foi torturada, tendo o cabelo raspado e sendo espancada. Ela disse também que foi ameaçada de morte diversas vezes.
Os jurados, contudo, por maioria de votos, não consideraram a versão da mulher e a julgaram como culpada. Ela pegou 14 anos de prisão pelo homicídio, dois anos como qualificador pelo crime ter sido por motivo torpe e mais um ano e quatro meses pelo homicídio ter sido premeditado.
A mulher condenada pode recorrer da decisão, mas ela seguirá presa. Isso porque, na decisão, foi determinado que ela deve permanecer presa. Isso porque, como a ré permaneceu foragida ao longo de todo o curso do processo, não há garantias de que ela não vá tentar fugir novamente, acaso tenha o direito de responder em liberdade.
Selena Samara Gomes da Silva estava foragida desde a época do caso, em 2020 e só se apresentou à justiça no dia de seu julgamento. Abraão Avelino da Fonseca ainda está foragido.
O g1 entrou em contato com a defesa da ré, mas não obteve resposta ainda.
Clayton Thomaz de Souza foi encontrado com marcas de tiros, em uma mata às margens de uma estrada em Gramame, em João Pessoa, no dia 8 de fevereiro de 2020, mas só foi identificado no dia 17 do mesmo mês. Ele foi visto pela última vez no dia 6 de fevereiro.
Relembre o caso
A denúncia do Ministério Público da Paraíba aponta que no dia 6 de fevereiro de 2020 os dois acusados saíram com a vítima, no bairro Castelo Branco, no carro de Selena, com destino à comunidade Aratu, onde Abraão residia. No local, efetuaram um disparo de arma de fogo que causou a morte do estudante. Em seguida, colocaram o corpo no porta-malas do carro de Selena e o abandonaram no terreno que dá acesso à Praia de Gramame.
A motivação, de acordo com as investigações, seria um desentendimento por um triângulo amoroso, pois Selena tinha um relacionamento com Abraão e estava se relacionando também com Clayton.
Para isso, foram considerados os depoimentos de testemunhas, que alegaram ter visto os dois acusados com a vítima no dia do desaparecimento, e dados da estação de rádio base dos telefones de Alph e de Selena, que verificaram que sinais emitidos pelos celulares dos dois, no dia 6 de fevereiro, na mesma localização.
Além disso, no porta-malas do carro de Selena, foi encontrado vestígio semelhante ao sangue humano, o que foi comprovado posteriormente, após exame.
A denúncia também aponta que era de conhecimento dos amigos de Alph que ele se relacionava com Selena há cerca de um mês. Já o relacionamento da ré com Abraão foi constatado pela denúncia a partir de depoimentos e também por quebra de sigilo telefônico e bancário.
Alph, como era conhecido, era ativo no movimento estudantil da UFPB, tendo relatado desentendimentos com os seguranças da universidade. Por isso, a investigação colheu depoimentos e fez a quebra do sigilo telefônico de um dos servidores da guarda da universidade que Alph alegava ter atritos, mas não foi encontrado nenhum indício de conexão que justificasse a continuidade do inquérito nessa linha.
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