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Justiça suspende atividades de lavanderias industriais por irregularidades e poluição em Munhoz, MG

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

13/04/2024 por Redação

Segundo o Ministério Público, as empresas estariam lançando dejetos sem tratamento no Ribeirão Pedra Vermelha. Justiça determina suspensão de atividades em duas lavanderias de Munhoz
A Justiça suspendeu as atividades de duas lavanderias industrias de Munhoz (MG) por conta de irregularidades e poluição em rios da cidade.
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Segundo o Ministério Público, uma das empresas vem despejando líquidos no Ribeirão Pedra Vermelha, oriundos do processo de lavagem, tingimento e amaciamento de peças de jeans, sem o devido tratamento. Esse líquido é de cor azul escura, denso e com forte odor.
Já a outra empresa atua como lavanderia industrial para o tingimento, amaciamento e acabamento químico de lavagens a seco, utilizando solventes orgânicos. Os produtos são lançados diretamente no ribeirão.
A Justiça determinou a suspensão das atividades das empresas. Elas terão que interromper a captação de recursos hídricos até obterem autorização dos órgãos competentes, suspender o lançamento de efluentes sanitários e industriais sem tratamento adequado no ambiente, e não poderão mais ocupar ou explorar economicamente áreas de intervenções ilícitas, como as Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Justiça suspende atividades de lavanderias industrias por irregularidades e poluição em Munhoz
Reprodução EPTV
Além disso, deverão remover qualquer equipamento, obra ou construção do local afetado. Em decisão liminar, a Justiça também bloqueou os bens das duas empresas.
De acordo com o Ministério Público, análises laboratoriais confirmaram a poluição nos rios, resultando na perda de qualidade da água nos locais de despejo.
As consequências incluem o esgotamento do oxigênio na água, levando ao desaparecimento de peixes, além de representar um risco para a saúde humana, devido ao mau odor e gosto da água contaminada. A espuma resultante chegou até a cidade de Socorro, no interior de São Paulo, pelo curso do rio.
O Ministério Público ressaltou que as duas empresas já haviam sido alvo de múltiplas ações administrativas por parte do Estado de Minas Gerais. Uma delas foi autuada sete vezes e a outra, quatorze. Embora ambas tenham sido embargadas anteriormente, a Promotoria descobriu que os embargos não foram cumpridos e as empresas continuaram suas atividades normalmente.
A EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, entrou em contato com as duas lavanderias por e-mail e telefone, mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno.
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