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Justiça torna réus denunciados por morte de engenheiro de férias em Ribeirão Preto, SP

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

09/04/2024 por Redação

A 3ª Vara Criminal da cidade aceitou denúncia do Ministério Público contra cinco apontados como envolvidos. Crime no fim de 2023 foi enquadrado como latrocínio por procuradoria. Da esquerda para a direita: o suspeito Marcelo Fernandes da Fonseca, a vítima Beto Braga e o suspeito Gabriel de Souza Brito
Reprodução/EPTV
A Justiça tornou réus cinco denunciados pela morte do engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho. O crime aconteceu no fim do ano passado, em Ribeirão Preto (SP).
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A decisão é da 3ª Vara Criminal, que aceitou a denúncia do Ministério Público contra:
Gabriel Sousa Brito
Marcelo Fernandes da Fonseca
Thiago Soares de Souza
Jonas Manoel Dinardi Alves Teixeira
Cristhian da Silva Martins
De acordo com as investigações da Polícia Civil e apontamentos do MP, Gabriel e Marcelo estrangularam e mataram o engenheiro durante um encontro em um apartamento. Depois, roubaram o celular da vítima, avaliado em R$ 8,2 mil, um par de tênis, cartões bancários e cerca de US$ 800.
Os dois estão presos desde janeiro deste ano, e, no dia 13 de março, o Tribunal de Justiça de São Paulo converteu para preventivas as prisões deles.
Já Thiago, Jonas e Cristhian foram denunciados pela comercialização e receptação do celular roubado. O trio, no entanto, responde em liberdade.
O g1 tenta contato com a defesa dos réus.
Denúncia por latrocínio
No final de março, o procurador-geral da Justiça de São Paulo, Fernando José Martins, ratificou que o crime se enquadra em latrocínio (roubo seguido de morte). Com isso, afastou a versão de homicídio passional defendida pela promotoria de Ribeirão Preto.
A decisão tomou como base análise de conflito negativo de atribuição, que é quando dois órgãos de execução do Ministério Público entendem não possuir atribuição para a prática de determinado ato.
Se fosse enquadrado em homicídio, o caso seria julgado pelo Tribunal do Júri. Com o parecer do procurador-geral, que atesta latrocínio, o caso foi enviado para a 3ª Vara Criminal.
Na análise, Martins entendeu que, embora o crime patrimonial não pareça premeditado, os investigados tiveram, sim, intenção de se apropriar dos bens da vítima.
(...) Nada impede que o ânimo de matar a fim de subtrair tenha ocorrido no decorrer daquela própria noite. A vítima estava na posse de um celular IPhone 15, avaliado em R$ 8.200,00, e de oito cartões bancários, o que pode ter despertado a cupidez dos indiciados (...), diz trecho.
A tese de latrocínio sempre foi defendida pelo delegado Targino Osório, responsável pelas investigações. Ela foi apresentada ao Ministério Público em inquérito policial entregue no dia 5 de março.
Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, de 34 anos, foi achado morto em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
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Crime aconteceu no fim de 2023
Beto tinha 34 anos e vivia em San Diego, nos Estados Unidos. Em dezembro, ele viajou até Ribeirão Preto para passar as festas de fim de ano com a família.
Na noite de 28, três dias antes do Réveillon, saiu da casa dos pais, no bairro Santa Cruz, zona Sul da cidade, dizendo que ia encontrar os amigos.
No dia seguinte, a irmã dele, que também mora nos EUA, recebeu uma mensagem de um desconhecido dizendo que havia encontrado o celular do engenheiro.
Ela avisou a mãe em Ribeirão Preto, que procurou a Polícia Civil para registrar o desaparecimento do filho.
Orientada e acompanhada pelos agentes, a mãe marcou um encontro em um shopping para recuperar o telefone, mas a pessoa não apareceu.
O corpo de Beto foi encontrado na noite de 30 de dezembro, após um motorista de aplicativo, identificado como sendo o profissional que pegou o engenheiro na porta de casa, levar a polícia a um apartamento próximo à Avenida do Café, onde testemunhas disseram que o local era alugado por garotas e garotos de programa.
O corpo de Beto foi achado com os pés amarrados e sinais de violência no pescoço e estava em avançado estado de decomposição.
As investigações chegaram aos garotos de programa Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes Fonseca como autores do roubo do celular e do assassinato. O laudo do IML apontou que Beto foi morto por estrangulamento.
Beto Braga foi encontrado morto em apartamento na zona Norte de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
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