Parecer não é definitivo pois precisa ser acolhido pelo auditor relator do órgão, mas acena positivamente para jogo seguir na Arena de PE com público, onde está marcado pela CBF O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente, não acolheu pedido da Federação Cearense em que alegava falta de segurança no estado de Pernambuco como justificativa para pleitear que Sport x Ceará, pelas quartas de final da Copa do Nordeste, seja a portões fechados. A partida está marcada para a Arena de Pernambuco, dia 10, às 21h30.
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Quem fornece a informação é o próprio Piacente, em contato com a equipe do ge nesta tarde de quinta-feira. Ele esclarece, no entanto, que seu parecer pelo indeferimento ainda passará pelas mãos do auditor relator Felipe Bevilacqua, a ser aprovado ou não.
Ronaldo Piacente, procurador do STJD
José Edgar de Matos
- Já apresentei o meu parecer, agora ele vai para o relator Felipe Bevilaqua para ver se ele acolhe. Mas opinei pelo indeferimento do pedido -, antecipa o procurador geral do STJD.
Por isso, as partes envolvidas no processo, o Ceará, Federação Ceará e o Sport, ainda não foram comunicados da decisão final, que será do STJD e está em vias de formalizada nos próximos dias.
Em conversa com o ge, Ronaldo Piacente ainda repassa o que chamou de ruído de entendimento após o ofício divulgado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco a respeito da demanda da Federação cearense.
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No documento, o comandante geral da Polícia Militar, Ivanildo Torres, afirma que garantir absoluta segurança no jogo, como assim foi questionado pelo STJD, não seria possível e recomendou, neste caso, a realização da partida de portões fechados na Arena de Pernambuco.
Analisando o ofício enviado pelo comandante da PM-PE, a principio ele fala: nós temos toda logística, todo plano, a gente garante todo o planejamento de segurança. Ocorre que quando o relator do processo fala sobre uma segurança absoluta, absoluto não dá pra garantir, conta.
- Em seguida (houve coletiva na SDS para elucidar o assunto), o comandante diz que tem a garantia da segurança, que vai envidar todos os reforços para fazê-la, que há efetivo. Então, opinei pelo indeferimento, porque se a polícia me dá garantia, como vou dizer não? - questiona Ronaldo Piacente.
Sport x Ceará - final da Copa do Nordeste na Ilha do Retiro
Marlon Costa/Pernambuco Press
Mas os desdobramentos do jogo não param por aí.
Depois da partida ter o mando de campo confirmado pela CBF, o Ceará pediu adiamento do jogo para 20 de abril, justamente sustentando a falta de segurança em uma partida na Arena de Pernambuco pelo caso Fortaleza, ocorrido há oito quilômetros do estádio.
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Mas não só por isso: dia 9 de abril, um dia antes do duelo decisivo pela Copa do Nordeste, o Sport será julgado no Pleno do STJD pelo atentado contra o ônibus do Fortaleza, em 22 de fevereiro. O clube havia sido condenado a oito partidas de portões fechados - e, neste período, também sem ter direito à torcida visitante -, mas obteve efeito suspensivo.
O Ceará, então, entende que haveria tempo hábil para aplicação da pena de perda de mando de campo com remessa da referida partida para uma praça fora do estado de Pernambuco.
