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Rio Paraguai tem nível mais baixo registrado para época do ano e tendência é de seca severa no Pantanal de MT, diz estudo

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

21/03/2024 por Redação

Onda de calor que atingiu o país e as chuvas abaixo da média são as principais causas. Caso o cenário não mude, os rios do Pantanal seguem com tendência de ter seca severa em 2024. Pescador e piloteiro no Rio Paraguai, no Alto Pantanal
Eduardo Palacio/G1
Todos os rios da bacia do Rio Paraguai estão com os níveis inferiores ao esperado para esta época do ano, segundo o boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), na quinta-feira (14). Caso o cenário não mude, os rios do Pantanal seguem com tendência de ter seca severa em 2024.
De acordo com o boletim, a onda de calor que atingiu o país e as chuvas abaixo da média são as principais causas da baixa nos níveis. A região do Alto Rio Paraguai é uma das mais afetadas, com os níveis mais baixos registrados no histórico para o começo do ano.
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O pesquisador do Serviço Geológico do Brasil, Marcus Suassuna, esclareceu que os níveis de chuva muito baixos e o prognóstico para os próximos meses não mostram indícios de recuperação.
“O rio não subiu como um histórico mostra que nesse período normalmente ele sobe. Então a gente faz essa comparação com o histórico para poder ter uma ideia de em que ponto que a gente se situa nesse. Então daí que vem é essa preocupação”, diz.
Ao todo, a bacia do Rio Paraguai registra um volume de chuvas acumulado de cerca de 15 milímetros. Segundo os dados do monitoramento, projeções do modelo GEFS indicam que, até o final de março, são esperados acumulados de chuva em torno de 50 milímetros.
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SGB
O período de chuvas no Pantanal ocorre entre outubro e fevereiro, com média de 740 milímetros. Nos três primeiros meses de 2024, o número de acumulado está em 457 milímetros.
O pesquisador ainda ressalta que não há previsão de melhora no Alto Paraguai e em todos os afluentes e, na calha principal, o Rio Paraguai apresenta uma recuperação muito lenta para este período do ano, cerca de 5 cm por semana.
Se continuar nesse ritmo, a região chegará ao final do período chuvoso sem uma cheia significativa e sem se recuperar da última vazante”, conta
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