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Promotoria denuncia Jair Renan por falsidade ideológica e uso de documento falso para obter empréstimos

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

20/03/2024 por Redação

Denúncia foi apresentada à Justiça do DF no último dia 15. Empréstimos somam quase R$ 300 mil. MP também descreve ação para ocultar dinheiro obtido de modo supostamente ilegal. Jair Renan
GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO
O Ministério Público do Distrito Federal denunciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso para obter três empréstimos bancários de forma fraudulenta.
Outras cinco pessoas também foram denunciadas, incluindo um ex-assessor e ex-professor de tiros de Jair Renan, Maciel Alves de Carvalho.
O grupo foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal em fevereiro deste ano, como revelou o g1 (relembre no vídeo abaixo).
A denúncia foi apresentada à Justiça do Distrito Federal no dia 15 de março. Se for recebida pela Justiça, Jair Renan e os outros acusados se tornarão réus e vão responder a uma ação penal.
Jair Renan Bolsonaro usou quase R$ 60 mil de empréstimo para pagar faturas da empresa dele, diz polícia
O que diz o Ministério Público?
O MP afirma que denunciados usaram uma empresa de eventos de Jair Renan para conseguir três empréstimos bancários, que, somados, atingem um valor final de R$ 291 mil. O valor não foi pago ao banco, que cobrou Jair Renan judicialmente.
Para dar lastro aos empréstimos, o grupo teria falsificado um documento que atestava que a empresa de Jair Renan havia faturado R$ 4,6 milhões no período de um ano. Esses fatos caracterizam, segundo a polícia e o Ministério Público, os crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso.
A denúncia afirma ainda que, no período compreendido entre novembro de 2020 e julho de 2023, Jair Renan, Maciel e outros acusados ocultaram ou dissimularam a natureza, origem, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores de origem criminosa, proveniente, direta ou indiretamente, da prática de crimes de falsidade ideológica, estelionato e falsificação de documentos públicos e particulares.
Segundo o Ministério Público, os réus criaram um “laranja”, a pessoa fictícia de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, dono de empresas fantasmas, para ocultar valores obtidos de forma ilegal, incluindo os recursos provenientes dos supostos empréstimos fraudulentos.
A descrição dos fatos se enquadra em lavagem de dinheiro, um dos crimes apontados no indiciamento feito pela Polícia Civil.
No segundo empréstimo fraudulento, realizado no dia 08/03/2023, no valor de R$ 250.669,65, ainda sob responsabilidade legal do denunciado Jair Renan, quase R$ 60.000 foram usados para pagamento de própria fatura de cartão de crédito da pessoa jurídica RB Eventos e Mídia [empresa de Jair Renan]. E, no dia 13/04/2023, é realizado um crédito de R$ 18.700,00 para a empresa fantasma Mandarrari Clínica de Estética, diz a denúncia.
Embora a denúncia descreva o modus operandi do suposto crime de lavagem de dinheiro, a Promotoria, ao final do documento, imputa aos denunciados a prática de crime contra a ordem tributária — omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias .
O que dizem os investigados
Procurado pelo g1, o advogado Admar Gonzaga, que defende Jair Renan, disse que o vazamento indevido do processo é muito prejudicial à defesa, ao devido processo, à presunção de inocência e, assim, à imagem de quem tem o direito de se defender.
A sociedade perde o status de legalidade e humanidade com essa situação. Precisamos evoluir, concluiu o defensor.
A defesa de Maciel Alves de Carvalho não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

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