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Leve, aromático e versátil, vinho rosé ganha espaço no verão; veja como fazer drink e harmonizar

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

15/03/2024 por Redação

Consumo de vinho rose é próximo ao do vinho tinto, diz proprietário de bar em Santos, no litoral de SP. Sommelier ensina a preparar um drink refrescante com o vinho rosé. Leve, aromático e versátil, o vinho rosé têm cada vez mais a preferência dos brasileiros, que passou a incluí-lo em várias ocasiões. No verão, esse tipo de vinho fica ainda mais em alta. Alguns restaurantes e bares de Santos, no litoral de Sâo Paulo, incluíram a bebida no cardápio e até criaram drinks para entrar na onda dos rosés.
Apesar de o volume de vinho consumido no Brasil estar concentrado nos tintos, mas dados da Euromonitor International mostram que brancos, rosés e espumantes tiveram um crescimento nos últimos anos. Os vinhos mais rosados apresentaram uma alta de 90,5%. Em 2019, eram 2,1 milhões de litros consumidos por ano. Já em 2023, esse número saltou para 4 milhões de litros, segundo a previsão.
Um conjunto de fatores levaram ao aumento do consumo de vinhos rosés, segundo especialistas ouvidos pelo g1. Os vinhos tiveram grande destaque durante a pandemia, pois foram os grandes eleitos para momento de lazer em casa. Os rosés ganharam espaço, tendo opções para variados paladares.
“Os rosé são muito versáteis. Na pandemia, as pessoas voltaram a cozinhar em casa, voltaram a ter aqueles momentos de lazer em casa e eu acho que o rosé é aquele vinho muito versátil. Ele tem um pouco de tanino que o tinto tem, mas tem a refrescância, a leveza do branco também. Ele está bem no meio do caminho”, explica a sommelier Aline Araujo, que é também proprietária do bar Hideout Fizz.
Há uma variedade de vinho rosé disponíveis no mercado, de nacionais a importados
Mariane Rossi/g1
Variedade
A variedade e a qualidade dos vinhos rosés disponíveis no mercado, dos nacionais aos importados, também contribuiram para esse aumento. Há desde os mais leves até os mais intensos e os espumantes.
“Tem desde os mais clarinhos até um rosé mais intenso, com um pouco mais de tanino, alguns mais suaves. Quando a gente fala dos espumantes, o universo se expande ainda mais porque tem a acidez, tem as borbulhas, tem um universo a se explorar dentro dos rosés”, explica Aline.
O rosé é feito usando como base o suco de uvas, da mesma forma que são produzidos os vinhos tintos. O que dá cor ao vinho é o contato com a casca da uva. “Recomendado para vinhos rosés é de duas até 48 horas. É o tempo limite pra gente ter um vinho de qualidade”, explica o Robson Setti, proprietário da QDV Casa de Vinhos.
Esse contato é que traz propriedades específicas para o sabor, o aroma e a coloração do vinho. Por isso, é possível encontrar rosés quase brancos até os com tons rosados bem fortes, lembrando cor de cereja ou morango. Por isso, é mito dizer que o vinhos rosé são sempre doces. Porém, a cor pode influenciar no paladar.
“Não é uma regra absoluta, mas geralmente um vinho com uma coloração mais escura é mais encorpado, mas isso vai casar com o tempo que ele ficou durante a produção em contato com a casca, depende de casa vinícola e cada produtor”, diz Setti.
Alta procura no verão
A maioria dos rosés possui uma boa acidez, o que contribui para a sensação de frescor. E, se tiver geladinho, acaba se tornando uma escolha deliciosa, especialmente, no verão. Setti comenta que realmente percebe que há um preferência maior pelos rosês principalmente nos dias mais quentes no litoral paulista. Em alguns momentos, eles são os ‘queridinhos’ da noite’ na casa de vinhos.
“Santos já tem uma procura grande pelo vinho rosé. Nessa época do ano, aqui na nossa casa, a gente percebeu um aumento. Posso dizer que, em algumas semanas, o consumo de vinho rosé é próximo ao do vinho tinto”, fala Setti
Os especialistas apontam que os mais jovens e o público feminino são ávidos consumidores de vinhos rosés. Aline explica que, por isso, resolveu incluir a bebida no menu e a procura também estimulou a criação de coquetéis com os vinhos mais rosados.
“Aqui no meu bar, em específico, a gente tem um público majoritariamente feminino. Então, são elas que procuram o rosé e por conta desses pedidos delas que a gente decidiu colocar no menu. E, a gente decidiu também fazer um coquetel no nosso próximo menu autoral com espumante rosê”.
Drink com vinho rosé, preparado pela sommelier Aline Araujo
Mariane Rossi/g1
Receita de coquetel com vinho rosé
Ao g1, Aline mostrou o preparo do drink com vinho rosé. Bem leve e aromático, ele recebe cachaça, licor de cereja e purê de framboesa. O resultado é um coquetel bem rosado, leve e refrescante.
Ingredientes
30 ml de cachaça branca
10ml de licor de cereja maraschino
5 ml de xarope de açúcar
1 colher bailarina de purê de framboesa
30 ml de sumo de limão siciliano
Modo de preparo: Bata todos os ingredientes em uma coqueteleira cheia de gelo. Coloque em uma taça coupé, previamente resfriada. Completa com espumante brut rosé e aromatize a taça com uma casca de limão siciliano.
Vinho rosé podem ser harmonizados com queijos leves e tomates confitados
Mariane Rossi/g1
Harmonização
Um bom rosé é vinho versátil para ser degustado na praia, na piscina, no almoço ou jantar. Ele pode ser harmonizado com uma variedade de pratos, desde frutos do mar e saladas até carnes grelhadas e queijos leves.
Para acompanhar o vinho rosé, Setti servir uma burrata, envolta de presunto parma, com tomates confitados e pães ou torradas (veja acima). Segundo ele, essa é uma sugestão para servir como uma entrada, antes do prato principal que tenha um paladar mais gorduroso.

O vinho rosé é considerado um vinho coringa. Por ele ter essa estrutura um puco mais frutado, tanto mais leve como mais seco, ele possibilita uma variedade de harmonizações, diz Setti.
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