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Israel ataca torre residencial na Faixa de Gaza; há um impasse nas negociações de cessar-fogo antes do Ramadã

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

09/03/2024 por Redação

Na cidade de Tel Aviv, em Israel, milhares de israelenses foram a duas manifestações diferentes: uma contra o governo do paíse a outra para pedir a libertação dos reféns que estão sequestrados pelo Hamas. Torre residencial na cidade de Rafah em 9 de março de 2024
Mohammed Salem/Reuters
Israel atacou neste sábado (9) uma das maiores torres residenciais em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza, disseram moradores, aumentando a pressão sobre a última área do enclave que ainda não foi invadida e onde mais de um milhão de palestinos desalojados estão se abrigando.
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A Mossad, uma das principais agências de inteligência de Israel, afirmou que ainda há negociações para que o país e o grupo terrorista Hamas cheguem a um acordo de cessar-fogo, mas há poucas esperanças de que isso aconteça antes do mês sagrado para os muçulmanos, o Ramadã, que começa no domingo (10).
Prédio atacado
O prédio de 12 andares foi danificado no ataque, e os moradores disseram que dezenas de famílias ficaram desabrigadas, embora não haja relatos de vítimas até o momento. Os militares de Israel disseram que o bloco residencial estava sendo usado pelo Hamas para planejar ataques contra israelenses.
Um dos 300 moradores da torre, localizada a cerca de 500 metros da fronteira com o Egito, disse à Reuters que Israel lhes deu um aviso de 30 minutos para fugirem do prédio à noite.
As pessoas se assustaram, desceram as escadas correndo, algumas caíram, foi um caos. As pessoas deixaram para trás pertences e dinheiro, disse Mohammad Al-Nabrees, acrescentando que entre aqueles que tropeçaram nas escadas durante a saída em pânico estava a esposa grávida de um amigo.
O ataque deixou os moradores em alerta para uma eventual nova investida de Israel a Rafah, onde mais de metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão abrigados. Israel disse que planeja realizar operações na área, que chamou de último bastião do Hamas.
A promessa de realizar o ataque apenas após a retirada dos civis não acalmou a comunidade internacional.
Cinco meses após o início do ataque aéreo e terrestre de Israel sobre a Faixa de Gaza, as autoridades de saúde dizem que quase 31 mil palestinos foram mortos e há temores de que outros milhares de corpos estejam enterrados sob os escombros.
Reféns israelenses
A guerra começou após um ataque do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro, contra o território de Israel, que deixou 1.200 pessoas mortas e 253 reféns, segundo cálculos israelenses.
No sábado, o grupo terrorista Hamas afirmou que quatro reféns israelenses morreram em ataques israelenses, embora não tenha apresentado provas. Os militares israelenses, que não responderam de imediato à alegação, afirmaram anteriormente que tais vídeos do Hamas eram uma guerra psicológica.
Na cidade de Tel Aviv, em Israel, milhares de israelenses foram a duas manifestações diferentes.
Uma delas era contra o governo do país. Alguns manifestantes chegaram a bloquear vias e foram retirados.
A outra era de famílias dos reféns que estão sequestrados pelo Hamas. Os manifestantes pedem a libertação de seus parantes.
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Negociações
De acordo com um comunicado da agência de inteligência israelense Mossad, neste sábado, os esforços para garantir um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza ainda estão em curso, apesar de as esperanças de uma trégua durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã terem diminuído.
Os contatos e a cooperação com os mediadores prosseguem a todo o momento, numa tentativa de reduzir as diferenças e se chegar a acordos, afirmou o Mossad.
Israel e o Hamas, o grupo terrorista que governa o enclave palestino, trocam acusações sobre o aparente impasse nas conversações que antecedem o Ramadã.
Uma fonte do Hamas disse à Reuters que era improvável que a delegação do grupo fizesse outra visita ao Cairo no fim de semana para conversações.
Egito, Estados Unidos e Catar têm mediados as negociações de tréguas desde janeiro. O último acordo conduziu a uma pausa de uma semana nos combates em novembro, durante a qual o Hamas libertou mais de 100 reféns e Israel libertou cerca de três vezes mais presos.
Em um comunicado neste sábado para assinalar o Ramadã, o chefe do Hamas Ismail Haniyeh prometeu que os palestinos continuarão a lutar contra Israel até recuperarem a liberdade e a independência.
Israel diz que a guerra só terminará com a derrota do Hamas, cujos termos de cessar-fogo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamou de delirantes.

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