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Violência contra a mulher na PB acontece principalmente em casa, por pessoas conhecidas

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

09/03/2024 por Redação

Dados do IBGE indicam que quando as agressões acontecem com os homens, as estatísticas mudam. Para as mulheres, a casa já não tem sido um lugar seguro. Violência contra a mulher
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Em 2023, 4.630 inquéritos policiais foram instaurados na Paraíba para investigar casos de violência doméstica e sexual contra a mulher, de acordo com a Coordenação das Delegacias da Mulher na Paraíba (Coordeam). Conforme os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 79% desses crimes acontecem em casa e 92,8% deles são cometidos por pessoas conhecidas.
Eduardo lima Silva, de 32 anos, preso na última quinta-feira (7), é um desses agressores que cometem o crime de violência física contra alguma mulher do seu círculo social. Ele é suspeito de prender, amarrar, agredir, espancar e torturar a ex-esposa, em Campina Grande.
Feminicídios crescem 34% na Paraíba em 2023
O casal estava separado há cinco meses, mas se encontrava regularmente por causa das crianças. No dia 2 de março, ela foi até à casa do ex-marido para se encontrar com as filhas e acabou vítima de uma espécie de emboscada.
Ele a trancou e a amarrou. Ela explica que foi amordaçada e que teve pés e mãos presas a uma cadeira. Depois, o homem raspou os cabelos dela, alegando ciúmes. Em mais um ato de agressão, bateu na cabeça raspada dela com um telefone, provocando um corte profundo que resultaria posteriormente em uma sutura com sete pontos.
Os dados do IBGE são de 2019, mas revelam que, para as mulheres, uma residência já não tem sido um lugar seguro. Já para os homens, sim.
Atenção, imagens fortes!
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Marcas de sangue e cabelo raspado da mulher podiam ser vistos no chão da casa do agressor
Arquivo pessoal
Quando os homens são agredidos, em 68,6% dos casos, o crime acontece em outro local que não a residência. O vínculo com uma pessoa conhecida também é menor. Enquanto que os suspeitos de agressão contra mulheres são representados em mais de 90% por pessoas conhecidas, esse percentual cai para 58% quando falamos de homens vítimas de agressão. Em mais de 40% do casos, eles são agredidos por alguém desconhecido.
Outros dados da Coordeam revelam que 5.445 medidas protetivas de urgências foram solicitadas em 2023 e 1.931 prisões em flagrantes foram realizadas contra suspeitos de violência doméstica. Só em 2024, 1.100 medidas protetivas já foram solicitadas.
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