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Polícia encontra três containers lotados de remédios vencidos e opioides em Piraquara

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

08/03/2024 por Redação

Descoberta foi feita após prisão de farmacêutico acusado de vender estes produtos. Delegada o classificou como maior traficante de medicações do Paraná. Polícia encontra medicamentos escondidos em containers, na região de Curitiba
A Polícia Civil do Paraná encontrou três containers lotados de medicamentos vencidos, de uso hospitalar ou com tarja preta na manhã desta sexta-feira (8) em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Os containers ficavam em um espaço usado para aluguel de espaço para armazenamento. A polícia chegou até lá após uma denúncia realizada após a prisão de um farmacêutico, acusado de vender estes produtos, na terça-feira (5).
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Segundo a polícia, os medicamentos não tem procedência de origem e estavam armazenados de maneira inadequada. Conforme a delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, a prisão do homem foi significativa.
Com certeza o maior traficante de medicações do Paraná que já foi preso, afirmou.
Ela disse ainda que as investigações continuam a fim de identificar de onde vieram os medicamentos, para onde eles iriam e se há mais pessoas envolvidas.
Não tem como ele ter feito tudo isso sozinho. Segundo informações, teve caminhão que veio entregar parte dessa medicação [no container]. Com certeza ele adquiria esses produtos de pessoas que faziam desvios, furtos ou roubos, seja de farmácias, fábricas ou caminhões que transportavam os remédios. Com certeza tem, no mínimo, desvio e furto de hospitais, detalhou.
O farmacêutico continua detido. Segundo Ricardo Carvalho Filho, advogado responsável pela defesa do homem, a investigação está em segredo de Justiça e a defesa ainda não teve acesso aos documentos dela.
Disse ainda que entende que é necessário avaliar a situação com cautela.
O farmacêutico deverá responder por tráfico de drogas e falsificação de medicamentos. Caso condenado, a soma das penas por estes crimes pode passar dos 30 anos de prisão.
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Polícia descobriu o caso após denúncia de vítima
Farmacêutico que vendia remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais é preso em Curitiba
RPC
Segundo a Polícia Civil do Paraná, o caso chegou às autoridades após uma mulher procurar a Delegacia de Repressão à Crimes Contra a Saúde.
Ela relatou que era viciada em fentanil – opioide utilizado como medicação para a dor – e comprou diversas ampolas do medicamento com o homem. Com isso, a mulher criou uma dívida com o farmacêutico e ele passou a ameaçá-la.
Conforme a delegada Aline Manzatto, o homem chegou a vender cada dose de fentanil por até R$ 10 mil.
Ele passou a ameaçá-la dizendo que era policial, que andava armado, que tinha matado muita gente e que acidentes aconteciam. Além disso, como juros, ele dizia para ela que ela podia mandar nudes para ele ou fazer favores sexuais, afirmou.
Manzatto orienta que aqueles que outras vítimas devem procurar a Delegacia de Repressão à Crimes Contra a Saúde, que fica na Rua Desembargador Ermelino de Leão, 513, no bairro São Francisco, em Curitiba.
Medicações de venda proibida e antibióticos vencidos
Farmacêutico que vendia remédios falsos, vencidos e de uso exclusivo de hospitais é preso em Curitiba
RPC
Na terça, a polícia cumpriu um mandado de prisão e de busca e apreensão na farmácia na qual ele era dono, na sobreloja do estabelecimento, na casa dele e em uma chácara em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Na chácara a corporação encontrou ampolas de morfina e outras medicações injetáveis de uso restrito a hospitais e de venda proibida ao comércio.
Na sobreloja da farmácia havia quatro salas com medicações vencidas, chegando a centenas delas, entre as quais remédios controlados e antibióticos.
Os agentes localizaram também testes vencidos de HIV, Covid-19 e dengue.
Segundo a polícia, o homem falsificava a data de validade dos medicamentos. Para isso, ele cortava a data de validade original e colocava um selo da farmácia por cima.
Em outro lugar da caixa do medicamento o homem colocava uma data falsa.
A operação contou com o apoio da Vigilância Sanitária de Piraquara. Por conta da quantidade de medicamentos, a equipe pediu alguns dias para finalizar a contabilização.
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