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Ex-secretário de Saúde do Recife e outras dez pessoas se tornam réus por fraudes na compra de itens hospitalares na pandemia

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

05/03/2024 por Redação

Denúncia do Ministério Público Federal foi aceita pela Justiça nesta terça-feira (5), três anos após as investigadas. Sede da prefeitura do Recife, localizada no Cais do Apolo, foi alvo de operação da PF nesta quinta-feira (28)
Reprodução/TV Globo
Onze pessoas, incluindo ex-servidores da prefeitura do Recife, se tornaram réus num processo que corre na Justiça Federal por fraudes na compra emergencial de materiais hospitalares, como máscaras e aventais, durante a pandemia de Covid-19. Entre os acusados, está o ex-secretário de Saúde da capital pernambucana, Jailson Correia.
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A denúncia contra os réus, oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), foi acatada nesta terça-feira (5) pela juíza federal Carolina Souza Malta, da 36ª Vara de Pernambuco. Eles foram alvo da Operação Bal Masqué, deflagrada em 2020 pela Polícia Federal, que, na época, levou ao afastamento do então diretor financeiro da secretaria, Felipe Soares Bittencourt (saiba mais abaixo).
Além de Jailson Correia e Felipe Soares Bittencourt, a denúncia inclui outras nove pessoas:
João Maurício de Almeida, ex-gerente geral de Assistência Farmacêutica do Recife;
Eliane Mendes Germano, então diretora executiva da Secretaria de Saúde;
Paulo Henrique Mota Mattoso, então gerente de Projetos Especiais da Secretaria de Saúde;
Luciana Lima Pinheiro Caúla Reis, secretária executiva de Articulação e Acompanhamento;
Yolanda Batista Moreira, servidora da Secretaria de Saúde;
Renata Deud Salomão Rameh Sarmento, representante legal da empresa Deltamed, fornecedora dos materiais adquiridos pela prefeitura;
Jones Marco de Arruda Moura, representante da Deltamed;
Ronyere Vasconcelos dos Santos, representante da Deltamed;
Rafael Neves Raupp Silva, representante da Deltamed.
Essa é uma das denúncias que servidores da Secretaria da Saúde respondem por irregularidades durante a pandemia. Uma delas, que envolvia a contratação de uma empresa para gerenciar hospitais de campanha, foi rejeitada em maio de 2023 pela Justiça. Outro caso investigado foi o da compra de respiradores que tinham sido testados em porcos.
Na decisão, a juíza Carolina Souza Malta registrou que, apesar de bastante relevantes, a argumentação das defesas dos réus não foi suficiente para rejeitar a denúncia e considerou que o caso resultou num prejuízo de mais R$ 13,3 milhões, segundo estimativa do MPF.
Há, portanto, justificativa para o valor atribuído ao dano, de modo que a análise acerca de sua exatidão deve ser reservada ao mérito, após o sopesamento [análise] de todas as provas produzidas, afirmou a magistrada.
O g1 procurou as defesas de Jailson Correia, Felipe Soares Bittencourt, Eliane Mendes Germano Lins, Yolanda Batista Moreira, Luciana Lima Pinheiro Caúla Reis e João Maurício de Almeida, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
O g1 também não conseguiu localizar as defesas de Rafael Neves Raupp Silva, Ronyere Vasconcelos dos Santos, Renata Deud Salomão Rameh Sarmento, Paulo Henrique Mota Mattoso e Jones Marco de Arruda Moura.
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Relembre o caso
A Operação Bal Masqué foi deflagrada em julho de 2020 pela PF, que investigava a compra de materiais hospitalares, como máscaras, toucas e aventais, com dispensa de licitação, pela prefeitura do Recife;
À época, foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão;
Após a ação, o então diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde, Felipe Bittencourt, foi afastado do cargo;
Segundo a PF, foram encontradas pela Controladoria Geral da União (CGU) irregularidades na execução dos valores contratados, gerando suspeitas de que a empresa contratada, a Deltamed, seria de fachada;
Ainda de acordo com as investigações, a prefeitura pagou, aproximadamente, R$ 7 milhões por itens não entregues. Desse total, R$ 4 milhões seriam de máscaras.
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