Esporte

Bean protein: concentrado proteico do feijão carioca é o "novo whey"

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

29/02/2024 por Redação

Conheça suplemento desenvolvido em estudo da Embrapa e entenda como consumo adequado de proteínas fortalece o sistema imunológico Feijão carioca pode ser considerado o novo whey protein? Que história é essa? Um estudo inédito da Embrapa Alimentos culminou na criação do bean protein, concentrado proteico em pó derivado do feijão carioca, que pode ser comparado ao conhecido whey protein, obtido a partir do soro do leite.
Feijão carioca (à esquerda) e concentrado proteico de feijão carioca obtido por via úmida (à direita)
Divulgação
A pesquisa, financiada com recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Programa de Incentivo à Pesquisa do GFI (The Good Food Institute), demonstra a relevância do avanço no campo da alimentação alternativa. Fonte de ferro e proteína, o consumo do feijão carioca ainda favorece o bom funcionamento intestinal e ajuda no controle do colesterol.
Whey protein de feijão carioca
— Com uma impressionante quantidade de quase 80 gramas de proteína a cada 100 gramas de feijão, o equivalente a cerca de 80% da composição, esse inovador ingrediente possibilita o aumento do teor de proteína em alimentos à base de vegetais, tornando-os comparáveis a produtos de origem animal, como hambúrgueres, empanados, salsichas, linguiças, leites vegetais e iogurtes. Além disso, o concentrado protéico também pode ser utilizado na panificação, na produção de bebidas e em suplementos alimentares, ampliando consideravelmente o leque de aplicações — informam as pesquisadoras da Embrapa envolvidas no projeto no site da instituição.
— Além de concluir que o concentrado protéico de feijão carioca é uma fonte de alta qualidade de proteína, com aproximadamente 80% de proteína em sua composição, o ingrediente mantém os aminoácidos essenciais, atendendo aos requisitos nutricionais estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A pesquisa também explorou a utilização dos resíduos gerados na extração da proteína, resultando em ingredientes adicionais com potencial aplicação na indústria de alimentos — destaca a gerente de nutrição da Rede Hospital Casa, Catia Porto.
Pessoas fisicamente ativas podem incorporar o concentrado proteico de feijão carioca à dieta para aumentar a ingestão de proteínas, que é fundamental para a recuperação e o desenvolvimento muscular.
A versatilidade do composto permite a inclusão em diversos alimentos, como hambúrgueres vegetais, empanados, leites vegetais, iogurtes, panificação e suplementos alimentares. A escolha dependerá das preferências pessoais e das necessidades nutricionais específicas.
— Embora não existam ainda evidências específicas sobre o impacto direto no rendimento ou na performance nos treinos, a riqueza nutricional do feijão carioca pode contribuir para uma dieta equilibrada, além de apoiar os objetivos de saúde geral — ressalta a nutricionista.
Para otimizar os benefícios do concentrado proteico de feijão carioca, é recomendável incorporá-lo em uma alimentação balanceada e equilibrada. Além disso, a prática regular de exercícios físicos também desempenha papel crucial no bem-estar geral.
— Consultar um profissional de nutrição e um educador físico pode proporcionar orientações personalizadas, garantindo que o uso do concentrado esteja alinhado com as necessidades individuais e os objetivos de saúde. Uma abordagem abrangente, envolvendo hábitos alimentares saudáveis e atividade física regular, é essencial para alcançar uma vida saudável e sustentável — lembra Catia.
Consumo de proteínas
As proteínas são essenciais para o pleno funcionamento de diversos processos dentro do organismo humano, desde a estrutura das células até a imunidade. Em alimentações restritivas ou não, o consumo é indispensável, uma vez que essas moléculas garantem os aminoácidos essenciais, que não são produzidos pelo corpo. No entanto, a maioria da população consome menos proteína do que deveria consumir hoje em dia.
— A proteína possui papéis importantíssimos na saúde, como a produção de hormônios, a construção de ganho de massa muscular e o controle de índice e da carga glicêmica, que é a velocidade com que o corpo libera o carboidrato na corrente sanguínea. Portanto, ter uma alimentação com a quantidade correta de carboidrato, gordura e, principalmente, de proteína favorece com que o corpo não libere aquele carboidrato da refeição de maneira muito rápida na corrente sanguínea. E isso é muito importante para prevenir o acúmulo de gordura e o surgimento da diabetes, que é uma resistência à insulina — explica o nutricionista Thiago Monteiro.
Mas, afinal, como equilibrar o consumo de proteínas?
O nutricionista responde que a proteína deve ter um peso igual para quem deseja emagrecer e quem deseja ganhar massa muscular. O que muda é a quantidade de proteína que a pessoa deve ingerir. A pessoa que quer emagrecer tem que comer menos proteína do que a pessoa que quer ganhar massa muscular, mas isso não somente em relação à proteína, mas em relação a todas as calorias.
— Se uma pessoa quer emagrecer, por exemplo, tem que consumir menos calorias do que gasta durante o dia. Já se ela deseja ganhar massa muscular, tem que comer mais calorias do que gasta. No final das contas, dentro do processo de emagrecimento, é necessário faltar calorias no final do dia e, para ganhar massa, tem que sobrar calorias. Temos os ovos, os laticínios, o frango, os peixes e carnes como as melhores opções. Entre os laticínios, temos o leite, o iogurte e os queijos, como o cottage. O próprio whey protein é uma boa estratégia de proteína — exemplifica o nutricionista.
Fontes:
Catia Porto é gerente de nutrição da Rede Hospital Casa (@redehospitalcasa)
Thiago Monteiro (@nutrifofo) é nutricionista e criador do Método Reaprenda a Comer

Link curto:

TÓPICOS:
G1

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE

MAIS NOTÍCIAS DO RASTRO101
menu