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Dengue é considerada epidemia em seis bairros de SP após registrarem mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

28/02/2024 por Redação

Capital paulista confirmou nesta terça (27) o segundo óbito em decorrência da doença. Situação mais crítica é no bairro Jaguara, onde até a última segunda-feira (26) tinham sido confirmados 599 casos de dengue e o coeficiente de incidência por 100 mil habitantes era de 2.521,1. O mosquito Aedes Aegypti
Reprodução/ TV Globo
A cidade de São Paulo registrou 23.943 casos de dengue e duas mortes, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). E a maioria das infecções está concentrada em seis bairros da capital, conforme o boletim de arboviroses da prefeitura: Jaguara, São Domingos, Jaçanã, Vila Leopoldina, Itaquera e Anhanguera.
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De acordo com os dados do boletim da secretaria municipal de saúde, esses bairros já apresentam situação de epidemia, já que o número de infecções passa de 300 a cada 100 mil habitantes. É o chamado coeficiente de incidência por 100 mil habitantes (INC) de dengue
A situação mais crítica é no bairro Jaguara. Até a última segunda-feira (26) tinham sido confirmados 599 casos de dengue e o coeficiente de incidência por 100 mil habitantes era de 2.521,1.
Veja os dados:
Jaguara: índice de 2.521,1 por 100 mil habitantes;
São Domingos: índice de 542,8 por 100 mil habitantes;
Jaçanã: índice de 517,6 por 100 mil habitantes;
Vila Leopoldina: índice de 446,1 por 100 mil habitantes;
Itaquera: índice de 425,2 por 100 mil habitantes;
Anhanguera: índice de 376,6 por 100 mil habitantes.
Índice de casos de dengue em bairros de SP
Reprodução/TV Globo
Outros bairros apresentam índice acima de 200. São eles:
São Miguel: 299,8
Tremembé: 275,9
Campo Limpo: 264,7
Vila Maria: 240
Lapa: 227,2
Barra Funda: 220,1
Água Rasa: 205,7
São Rafael: 201,5
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que monitora o cenário epidemiológico em toda cidade.
Em relação aos casos no Distrito Administrativo Jaguara, durante as visitas já realizadas pelos agentes de saúde, foram identificadas inúmeras casas com quintais pequenos, porém com acúmulo de plantas em vasos, onde foram localizados focos do Aedes. De janeiro até o momento foram feitas mais de 5 mil ações no território, afirmou a pasta.
Agentes de saúde fazem trabalho de combate à dengue na Vila Jaguara, em SP
Reprodução/TV Globo
A secretaria ainda ressaltou que intensificou as ações de combate ao mosquito da dengue em toda a cidade, e com o aumento em seis vezes do número de agentes nas ruas, que passou de 2 mil para 12 mil.
Conforme a pasta, foram realizadas 2.346.754 ações de combate à dengue na capital, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações.
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A pasta também iniciou, em 6 de fevereiro, o monitoramento com drones em imóveis e terrenos com possíveis focos de dengue. Com os aparelhos e equipes especializadas, a Guarda Civil Metropolitana faz o mapeamento aéreo de imóveis como cobertura de galpões com lâminas de água, caixas d’água sem tampa ou sem vedação, e recipientes de grande volume em terrenos.
Os locais com focos são registrados e referenciados para que equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis) das respectivas regiões façam visitas ao imóvel para orientar seus proprietários e realizar as ações necessárias. Nessa parceria são utilizados 26 drones, diz a secretaria.
Agentes de saúde fazem trabalho de combate à dengue na Vila Jaguara, em SP
Reprodução/TV Globo
Atendimento
De acordo com a Secretaria de Saúde, todas as unidades de saúde municipais, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Prontos-socorros (PSs) estão devidamente preparadas para prestar atendimento a casos suspeitos ou confirmados de dengue.
Todos hospitais municipais estão aptos a receber pacientes com dengue que necessitarem de internação, inclusive, a rede tem capacidade para a reorganização dos leitos hospitalares. Caso tenha sintomas da doença, os cidadãos podem localizar a unidade de saúde mais próxima de sua residência por meio da plataforma Busca Saúde.
Estado de SP
Como saber se você está com dengue e se é grave
O estado de São Paulo atingiu nesta terça-feira (27) mais de 104 mil casos confirmados de dengue nos primeiros meses de 2024, segundo os dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES).
O número é superior ao dobro do registrado no território durante o mesmo período do último ano, cerca de 45 mil casos.
Ao todo, o estado já soma 19 óbitos confirmados pela doença e possui outros 108 sob investigação.
Em 25 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou a lista dos cerca de 500 municípios brasileiros que deveriam receber doses do imunizante num primeiro momento para vacinação do público-alvo, da faixa entre 10 e 14 anos.
Dentre os contemplados, apenas 11 ficam no estado de São Paulo: Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim, Salesópolis. A capital ficou de fora.
Os municípios paulistas deram início à vacinação contra dengue de forma gradual, a partir de 19 de fevereiro.
Cuidados contra a dengue
Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas dágua e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.
Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. Isso vale para qualquer recipiente com água.
Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública.
Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.
Estado de SP atinge 92 mil casos confirmados da doença em 2024

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