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Mulher é presa suspeita de envenenar marido para ficar com pensão no ES

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

27/02/2024 por Redação

De acordo com a Polícia Civil, a suspeita, de 53 anos, fez a vítima assinar uma procuração uma semana antes do crime que a tornava beneficiária direta em caso de morte. Garrafas foram apreendidas na casa do homem em Fundão, no Espírito Santo
Divulgação/PC
Uma mulher de 53 anos foi presa em flagrante suspeita de envenenar e matar o companheiro idoso, de 66 anos, na cidade de Fundão, Região Metropolitana do Espírito Santo. A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, era receber uma pensão que a vítima tinha direito. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (27) pela corporação, mas sem os nomes dos envolvidos.
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O delegado titular da Delegacia de Polícia de Fundão, Rodrigo Peçanha, explicou que o envenenamento ocorreu no dia 19 de fevereiro e, após passar mal, a vítima foi levada pela filha ao Pronto-Socorro da cidade, mas foi diagnosticada com dengue e retornou para casa.
No dia seguinte, quando amanheceu, a vítima já estava tendo convulsões, babando muito. Já deu entrada no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, onde não resistiu, disse o delegado.
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Ainda de acordo com Peçanha, ele recebeu uma ligação de outro policial no dia em que o homem morreu. Na ocasião, o outro profissional informou que, no momento da liberação do corpo, a filha da vítima disse que suspeitava de assassinato.
Acionei minha equipe, pegamos um laudo que indicava uma intoxicação exógena nessa vítima, ou seja, envenenamento. Também descobrimos que a autora do crime já estaria empreendendo fuga para Minas Gerais. No mesmo dia, conseguimos interceptar o ônibus, destacou o delegado.
Peçanha disse ainda que a mulher tentou se esconder no ônibus interceptado, mas logo foi identificada e presa em flagrante por homicídio qualificado. Apesar de ter negado o crime, a prisão da suspeita, segundo o delegado, já foi convertida para preventiva pelo Poder Judiciário.
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Relação conturbada e procuração assinada
O delegado explicou que vizinhos da casa onde o casal morava e também a própria filha da vítima disseram aos policiais que o relacionamento entre os dois era conturbado.
A suspeita, de acordo com o delegado, é a de que a mulher era amante do homem e passou a morar com ele em novembro de 2023, quando a ex-mulher dele morreu.
Ela trancou as fechaduras e afastou ele da família. A relação passou a ser conturbada e a vítima sofria agressões físicas e verbais da companheira, disse o delegado.
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Peçanha destacou também que outro fator relevante na investigação foi a descoberta de uma procuração assinada pela vítima uma semana antes do crime. O documento tornava a suspeita a beneficiária direta de uma pensão que o homem tinha, proveniente da morte da ex-mulher do casamento anterior.
Ele era mestre de obras, tinha alguns bens, alguns imóveis alugados, vivia disso. Ele estava em processo de aposentadoria pelo INSS, mas já tinha uma pensão por causa da morte da ex-mulher, disse.
Intoxicação
De acordo com a perita Oficial Criminal da Polícia Científica, Graziany Marques, a perícia da Polícia Civil recolheu garrafas plásticas de refrigerantes, copos e diversos outros objetos na casa onde a vítima morava. O material vai ser analisado para identificar a substância responsável pela morte do homem.
Material apreendido na casa da vítima que morreu por envenenamento no ES
Em duas garrafas continham líquidos misturados a substâncias que ainda não foram identificadas. Outro recipiente estava quase vazio, com resquício de líquido também. Estamos fazendo análises toxicológicas para identificar o possível agente químico que possa ter causado a intoxicação da vítima, detalhou o a perita.
De acordo com Graziany, ainda não é possível afirmar qual foi a substância responsável pela morte do homem.
Em paralelo com o recolhimento das garrafas, a gente recebeu no nosso laboratório o material biológico da vítima, que foi analisado no Departamento Médico Legal. Vamos processar esse material a fim de identificar para identificar a presença de qualquer material e confrontar o material recolhido na residência, finalizou a perita.
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