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Coronel guardava 60 armas e 3 mil munições em apartamento incendiado; explosão de artefato deu início ao fogo, diz perícia

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

25/02/2024 por Redação

Ao todo, 44 pessoas foram retiradas de prédio e 34 acabaram encaminhadas ao hospital por inalarem fumaça. Gate foi acionado após incêndio em apartamento que guardava 60 armas e munições em Campinas
Gustavo Biano/EPTV
O coronel do Exército guardava, no apartamento que pegou fogo em Campinas (SP), cerca de 60 armas de fogo - entre rifles, fuzis e espingardas - e 3 mil munições, além de uma granada. A perícia concluiu, neste domingo (25), que o fogo começou após um artefato explodir dentro de um cofre.
A detonação do artefato, ocorrida na noite de sábado (25), desencadeou uma série de explosões e o incêndio no imóvel. O apartamento é do coronel reformado Vigílio Parra Dias e fica no primeiro andar do condomínio Fênix, na Rua Hércules Florence.
O militar deixou o prédio durante a evacuação e, segundo o boletim de ocorrência, permanecia em local incerto até a conclusão do registro, na madrugada de domingo. O g1 tenta contato com o coronel.
O g1 também procurou o Exército, na manhã deste domingo (25), para saber se o coronel tem autorização para manter munição em casa e se a forma de armazenamento estava correta. Não houve retorno até esta publicação.
Moradores registram barulho das explosões em apartamento com munições em Campinas
Vídeos gravados por vizinhos do prédio atingido pelas explosões registraram o barulho das explosões causadas pelas munições armazenadas no apartamento que pegou fogo (ouça acima).
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM foi acionado para verificar a granada. A equipe não conseguiu concluir se ela estava carregada, mas levou para detonação em local seguro. Segundo a corporação, o explosivo é do modelo M36.
Trinta e quatro pessoas que inalaram fumaça precisaram de atendimento médico e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José — nenhuma em estado grave.
GALERIA: fotos internas mostram destruição em apartamento:
O incêndio em apartamento de coronel do Exército
Rapel e escudos balísticos
Ao todo, 44 pessoas que estavam em andares superiores foram retiradas do prédio, parte delas por meio de cordas, em uma manobra semelhante à técnica de descida em rapel.
A tática do Corpo de Bombeiros também envolveu o uso de escudos balísticos da Polícia Militar (PM), que serviram de proteção para que as equipes subissem as escadas do prédio.
Explosões seguidas de incêndio atingem apartamento que guardava 3 mil munições em Campinas
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Como a escada estava comprometida, para as vítimas que tinham condições, a gente desceu por essa técnica de rapel por fora do prédio. E as vítimas que tinham mobilidade um pouco mais complicada, a gente ventilou a escada para elas conseguirem descer, explicou o primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros, Rafael Ribeiro Vieira.
Quando a gente conseguiu identificar que todas as vítimas estavam em segurança, a gente esperou um pouco, diminuiu um pouco essa questão das explosões, aí o Baep nos auxiliou com dois escudos balísticos. A gente conseguiu ganhar o primeiro lance e acessar as vítimas que estavam acima, resumiu.
Diversas viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outras do Corpo de Bombeiros foram para o local.
Incêndio atinge apartamento no Centro de Campinas
Reprodução/EPTV
Cão resgatado
Além das pessoas retiradas do prédio, um cão que estava no apartamento do coronel foi resgatado pelos bombeiros. Um vídeo mostra o animal com a equipe que o salvou. Veja abaixo.
Cachorro é encontrado pelos bombeiros após fogo em apartamento em Campinas
Energia desligada
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), responsável pela distribuição de energia, informou que, por segurança, desligou a energia do entorno do edifício atingido pelo incêndio.
A companhia ressalta, no entanto, que no momento, já restabeleceu o fornecimento para a maioria dos clientes afetados e apenas o prédio em questão ainda se encontra sem energia.
A concessionária deve religar a energia no edifício após a perícia no imóvel afetado.
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