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Números da dengue no Sul do Rio e Costa Verde

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

21/02/2024 por Redação

Situação é mais preocupante em Itatiaia, onde aconteceu um dos quatro óbitos pela doença no estado, Resende e Piraí. Habitantes:8
Cascavel não registrou morte por dengue no atual período epidemiológico
Sesa-PR
O governador Cláudio Castro (PL) anunciou nesta quarta-feira (21) que o estado do Rio de Janeiro vive uma epidemia de dengue. O número de casos — quase 50 mil — desde o início do ano é 20 vezes maior que o esperado para o período.
No Sul e Costa Verde do Rio de Janeiro, a situação é mais preocupante em Itatiaia, onde aconteceu um dos quatro óbitos pela doença no estado, Resende e Piraí.
Segundo o Governo do Estado do RJ, nestas cidades, o número de casos de dengue superou a métrica que considera uma média de 500 casos por 100 mil habitantes.
Veja os números da dengue na região:
(atualizado 21/02/2024)
🟡 Angra dos Reis
Habitantes: 167.434
Casos confirmados: 261
Casos suspeitos: 2.272
Mortes: 0
🟡 Barra do Piraí
Habitantes: 92.883
Casos confirmados: 124
Casos suspeitos: 337
Mortes: 1
🟡 Barra Mansa
Habitantes: 169.894
Casos confirmados: 201
Casos suspeitos: 713
Mortes: 0
🔴 Itatiaia
Habitantes: 30.908
Casos confirmados: 456
Casos suspeitos: 1.454
Mortes: 1
🟡 Levy Gasparian
Habitantes: 8.741
Casos confirmados: Não informado
Casos suspeitos: Não informado
Mortes: 0
🟡 Mendes
Habitantes: 17.502
Casos confirmados: 20
Casos suspeitos: 221
Mortes: 0
🟡 Miguel Pereira
Habitantes: 26.582
Casos confirmados: 11
Casos suspeitos: 22
Mortes: 0
🟡 Paracambi
Habitantes: 41.375
Casos confirmados: Não informado
Casos suspeitos: Não informado
Mortes: 0
🟡 Paraíba do Sul
Habitantes: 42.063
Casos confirmados: 39
Casos suspeitos: 156
Mortes: 0
🟡 Paraty
Habitantes: 45.243
Casos confirmados: 16
Casos suspeitos: 272
Mortes: 0
🟡 Paty do Alferes
Habitantes: 29.619
Casos confirmados: 42
Casos suspeitos: 252
Mortes: 0
🟡 Paulo de Frontin
Habitantes: 12.242
Casos confirmados: Não informado
Casos suspeitos: Não informado
Mortes: 0
🟡 Pinheiral
Habitantes: 24.298
Casos confirmados: 55
Casos suspeitos: 256
Mortes: 0
🔴 Piraí
Habitantes: 27.474
Casos confirmados: 223
Casos suspeitos: 905
Mortes: 0
🟡 Porto Real
Habitantes: 20.373
Casos confirmados: 80
Casos suspeitos: 272
Mortes: 0
🟡 Quatis
Habitantes: 13.682
Casos confirmados: 21
Casos suspeitos: 111
Mortes: 0
🔴 Resende
Habitantes: 129.612
Casos confirmados: 907
Casos suspeitos: 2.235
Mortes: 0
🟡 Rio Claro
Habitantes: 17.401
Casos confirmados: Não informado
Casos suspeitos: Não informado
Mortes: 0
🟡 Rio das Flores
Habitantes: 8.954
Casos confirmados: Não informado
Casos suspeitos: Não informado
Mortes: 0
🟡 Sapucaia
Habitantes: 17.729
Casos confirmados: 104
Casos suspeitos: 306
Mortes: 0
🟡 Três Rios
Habitantes: 78.346
Casos confirmados: 641
Casos suspeitos: 1.513
Mortes: 0
🟡 Valença
Habitantes: 68.088
Casos confirmados: 27
Casos suspeitos: 195
Mortes: 0
🟡 Vassouras
Habitantes: 33.976
Casos confirmados: 137
Casos suspeitos: 609
Mortes: 0
🟡 Volta Redonda
Habitantes: 261.563
Casos confirmados: 960
Casos suspeitos: 2.062
Mortes: 0
*Dados da população com base no Censo 2022
Sinais e sintomas: o que fazer
Como saber se você está com dengue e se é grave
O Brasil vive uma explosão de casos de dengue neste começo de 2024. Até 30 de janeiro, o Ministério da Saúde registrou 217.481 casos. No mesmo período de 2023, o país somava 65.366 — um aumento de 233%.
De acordo com o Ministério da Saúde, esse aumento se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
Entenda, abaixo, o que é a doença, quais os sintomas, como prevenir, vacinas disponíveis e sinais de alerta:
O que é a dengue?
Angra dos Reis decretou surto de dengue em três bairros
Liam Cavalcante
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Principais sintomas
Nem sempre a infecção apresenta sintomas. O indivíduo pode ter uma dengue assintomática ou ter um quadro leve.
Mas é preciso ficar atento se a pessoa tiver febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, acompanhada por pelo menos outros dois sintomas:
Dor de cabeça intensa
Dor atrás dos olhos
Dores musculares e articulares
Náusea e vômito
Manchas vermelhas no corpo
⚠️Atenção: o ministério alerta que é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados ao apresentar possíveis sintomas de dengue.
A maioria das pessoas tem a forma clássica da doença. Uma pequena porcentagem é que tem a forma grave, que pode levar à dengue hemorrágica, explica a infectologista Rosana Richtmann.
A forma grave é a que preocupa. Após o período febril, o indivíduo deve ficar atento aos sinais de alarme:
Dor abdominal intensa e contínua
Vômitos persistentes
Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
Sangramento de mucosa
Hemorragias


Tratamento e diagnóstico
O diagnóstico da dengue é basicamente clínico — não existe a necessidade de realização de exames específicos. Também não existe um medicamento específico para doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias.
Para os casos leves com quadro sintomático recomenda-se:
Repouso relativo, enquanto durar a febre;
Estímulo à ingestão de líquidos;
Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre;
Não administração de ácido acetilsalicílico;
Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em caso de sinais de alarme.
Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado, alerta o Ministério da Saúde.
Os cuidados contra a dengue
Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas dágua e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.
Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. Isso vale para qualquer recipiente com água.
Mosquito da dengue prefere os ambientes mais escuros das casas
Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.
Como funciona a vacina contra a dengue
A vacina contra a dengue Qdenga foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023. Em janeiro de 2024, o Ministério da Saúde divulgou a lista das cidades que vão receber o imunizante. Ao todo, foram incluídos cerca de 500 municípios em 16 estados.
Com poucas doses disponíveis, o governo definiu um público-alvo para ser vacinado: adolescentes de 10 a 14 anos. Foram incluídos os municípios de grande porte -- que são aqueles com mais de 100 mil habitantes -- e com classificação de alta transmissão de dengue do tipo 2. Cidades próximas também estão na lista, no que o governo chama de regiões de saúde.
A Qdenga (TAK-003) é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma. A vacina contém vírus vivos atenuados da dengue. Por isso, ela induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.
O imunizante é aplicado em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.
Por que esse aumento de casos de dengue em 2024?
De acordo com o Ministério da Saúde, a projeção do aumento de casos da doença se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
Em entrevista ao podcast O Assunto, Stefan Cunha Ujvari, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor do livro A história das epidemias, explicou que é normal ter epidemias de dengue de tempos em tempos.
A gente estava esperando a qualquer momento o aparecimento dessa epidemia. E, logicamente, a epidemia depende de vários fatores, como o aumento de temperatura, que favorece a proliferação do mosquito, um período de chuvas intensas, que aparece principalmente nos períodos de El Niño e, por isso, a gente pode ter nossas epidemias de dengue. A gente já tem os quatro tipos do vírus da dengue circulando no Brasil.
O infectologista ressaltou que o El Niño e as ondas de calor são ambientes favoráveis para o mosquito da dengue. No verão, com a chuva e a onda de calor, começa a aumentar a população de mosquito e, por isso, o pico das epidemias é esperado no final de março e começo de abril. Então, ainda tem perspectiva grande de piorar o quadro.
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