Atual ganhador da Bola de Ouro e do The Best, Messi é ausência na fase decisiva do torneio depois de 18 anos. Compare com outras temporadas A fase decisiva da Champions League começa nesta terça-feira, e, pela primeira vez no século, o atual melhor jogador do mundo não estará presente. Isso porque o posto é ocupado por Lionel Messi, que atua no Inter Miami, clube dos Estados Unidos. O argentino é o atual vencedor dos dois principais prêmios individuais do futebol: a Bola de Ouro e o Fifa The Best.
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Power ranking: veja favoritos da Champions e faça sua lista
Considerando o prêmio da Fifa, a última vez que o vigente melhor do mundo não esteve no mata-mata da competição europeia foi há 24 anos, na temporada 2000/01. O francês Zinedine Zidane detinha o troféu do ano 2000, mas caiu na fase de grupos com a Juventus à época e, em 2001, não jogou as partidas eliminatórias.
A Fifa premia o melhor do mundo desde 1991. Este ano, será apenas a oitava ocasião, de 33 edições consecutivas, em que o atual vencedor do troféu fica fora da fase final da Champions League. E mais: é somente a segunda vez que dono do posto está fora da Europa.
Dados levam em conta apenas os melhores do mundo eleitos pela Fifa
Infoesporte/ge.globo
A última vez que isso ocorreu foi em 1995, quando o brasileiro Romário, eleito o atleta da temporada de 1994, deixou o Barcelona para assinar com o Flamengo. O Baixinho esteve na fase de grupos da Champions League 1994/95.
No entanto, o herói do tetracampeonato mundial do Brasil se transferiu durante a competição e não disputou o mata-mata, após levar o troféu da Fifa. Sem o seu principal jogador, o Barça foi somente até as quartas de final.
Chegada de Romário ao Flamengo em 1995: atacante era o atual melhor jogador do mundo
AFP
Veja os jogadores que estavam no posto de melhor do mundo da Fifa e não jogaram o mata-mata da Champions seguinte:
Lothar Matthäus (Inter de Milão): melhor do mundo em 1991, mas não disputou a Champions em 1991/92
Roberto Baggio (Juventus): melhor do mundo em 1993, mas não disputou a Champions em 1993/94
Romário (Barcelona): melhor do mundo em 1994, mas havia acabado de se transferir para o Flamengo, no início de 1995
George Weah (Milan): melhor do mundo em 1995, mas não disputou a Champions em 1995/96
Ronaldo (PSV e Barcelona): melhor do mundo em 1996, mas não disputou a Champions em 1996/97
Ronaldo (Barcelona e Inter de Milão): melhor do mundo em 1997, mas não disputou a Champions em 1997/98
Zidane (Juventus): melhor do mundo em 2000, mas caiu na fase de grupos da Champions em 2000/01
Messi (PSG e Inter Miami): melhor do mundo em 2023, mas joga no Inter Miami, dos EUA
Messi (2023), Ronaldo (1997) e Romário (1994): melhores do mundo que não estavam na Champions seguinte
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No caso da Bola de Ouro, a última vez que o vencedor vigente do prêmio da France Football não esteve no mata-mata da Champions foi na temporada 1997/98, com Ronaldo. O Fenômeno ganhou o troféu em 1997 e, no ano seguinte, estava na Inter de Milão, que disputou a Liga Europa.
No ano 2000, o vencedor da Bola de Ouro foi diferente do prêmio da Fifa: Luís Figo. O português disputou o mata-mata da Liga dos Campeões em 2000/01 com o Real Madrid e caiu na semifinal.
No dia 15 de janeiro, Messi foi o eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. Mas desta vez foi uma surpresa. O camisa 10 do Inter Miami, também vencedor da Bola de Ouro em 2023, superou o favorito Haaland, do Manchester City, e Mbappé, do PSG, que completaram o pódio.
O período de análise do Fifa The Best foi de 19 de dezembro de 2022, um dia após a Copa do Mundo, até 20 de agosto de 2023. Messi e Haaland terminaram empatados na votação final da Fifa. O craque argentino foi o mais votado entre capitães de seleções e a torcida.
Resultado ridículo: Gringolândia analisa vitória de Messi no The Best 2023
Como funciona o Fifa The Best
A Fifa premia o melhor jogador do mundo desde 1991, e a melhor jogadora desde 2001. O Fifa The Best, no atual formato, foi criado em 2016. A cerimônia atual também premia o melhor goleiro, a melhor goleira, o melhor técnico no futebol masculino, o melhor técnico ou a melhor técnica do futebol feminino, o gol mais bonito no Prêmio Puskás, e também Fair Play e torcedor.
Um conselho técnico da entidade define uma lista de 10 finalistas. O colégio eleitoral da premiação é formado por jornalistas, capitães, técnicos das seleções nacionais e o público, por meio de votação na internet. Cada grupo tem peso de 25% na pontuação final.
Desde 2016, a Fifa usa a temporada europeia como período de análise. No entanto, com a Copa do Mundo realizada no fim do ano em 2022, esta edição do The Best teve um ano e meio levado em consideração na votação: de agosto de 2021 a dezembro de 2022.
O prêmio de melhor jogador do mundo chegou a ser unido à Bola de Ouro, tradicional troféu entregue pela France Football, entre 2010 e 2015. Porém, as duas premiações hoje são separadas e têm modelos diferente de votação.
* Estagiário, sob supervisão de Daniel Mundim
