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Entenda a origem do dinheiro do Inter para contratar e veja quanto foi gasto por Borré e companhia

globoesporte.com - com informações do G1

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Com informações do G1

19/01/2024 por Redação

Colorado mostra agressividade com cinco contratações e projeta outras quatro. Vice-presidente diz que Inter não encontrou petróleo e explica como surgiram os recursos Frenético no mercado, o Inter atrai os holofotes pelas contratações pomposas. A mais recente, Rafael Borré, que chega para ser a “cereja do bolo” na busca pela retomada dos títulos. Mas uma dúvida paira no ar. De onde sai o dinheiro? Afinal, não faz muito que o discurso no Beira-Rio era de fragilidade financeira. Por ora, no total, foram investidos cerca de 7 milhões de euros (R$ 37,5 mi) na janela.
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De Olho no Mercado: Borré assina contrato com o Inter
Antes da estreia no Gauchão, o clube anunciou o goleiro Ivan, o zagueiro Robert Renan, o meia Hyoran e os atacantes Lucas Alario e Borré. O Colorado negocia a liberação imediata do colombiano com o Werder Bremen. Os demais já participam normalmente da pré-temporada.
O cenário empolga. O torcedor vibra com os nomes debatidos e os anúncios realizados. A direção projeta mais quatro reforços: zagueiro, lateral-esquerdo, volante e extrema. Os movimentos geram questionamentos e brincadeiras. Teria o Inter encontrado petróleo no Beira-Rio?
A situação financeira continua delicada. Não tem mágica aqui. O Inter não está rico, nem achou petróleo. O Alessandro (Barcellos, presidente) não inventou nada.
– Perguntam de onde o Inter tira o dinheiro. Na prática, o que está sendo feito, é o orçamento aprovado no conselho. O Robert Renan veio por empréstimo, o Hyoran livre, Alario vinha de lesão. Temos aproveitado as oportunidades – diz o vice-presidente Dalton Schimitt Júnior.
O Inter investiu 6,2 milhões de euros (R$ 33,8 milhões pela cotação atual) em Borré para tirá-lo do Frankfurt, que serão pagos em três parcelas anuais de 2 milhões de euros (R$ 10,74 milhões) e a última de 200 mil euros (R$ 1,07 milhão). Por Alario, serão 500 mil euros (R$ 2,68 milhões), também em prestações ao clube alemão.
Ivan saiu do Corinthians por R$ 1,5 milhão, Robert Renan veio por empréstimo do Zenit sem custos e Hyoran estava livre no mercado após o fim da relação com o Atlético-MG.
Rafael Borré assina com o Inter ao lado de Alessandro Barcellos
Divulgação/Inter
A direção prometeu investir R$ 100 milhões no futebol, entre negociações e salários de jogadores. O número chama atenção, mas, quando se converte ao euro, moeda que rege a modalidade, fica mais realista. Pela cotação atual, seriam 18,67 milhões de euros.
Se pensar que a intenção era investir até R$ 50 milhões em contratações, ficariam 9,32 milhões de euros no total. Para não dizimar tudo de uma só vez, principalmente na compra de Borré, a solução é parcelar em suaves prestações.
– Se contratamos um jogador por 1 milhão de euros. O contrato é válido por quatro anos. Este valor entra na contabilidade em quatro anos. Você não paga à vista. O parcelamento entra no orçamento. Não sai tudo de primeira. Não faremos loucuras. Temos organizado o fluxo e aproveitado as receitas – preconiza Schimitt.
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Inter ainda não tem acordo com Werder Bremen para Borré vir agora
Para chegar ao numerário, o clube contou com o aumento de receitas, patrocínios, a venda de Johnny ao Betis e a adesão no quadro social. O Inter comemora a iniciativa da torcida para se associar mesmo em um período sem jogos e que, habitualmente, tem queda. Já são mais de 125 mil sócios.
O dirigente deixa claro que o dinheiro proveniente da assinatura com a Liga Forte União, que repassou ao Colorado R$ 109 milhões ainda no ano passado, não entrou em cena. Este foi utilizado para melhorar o fluxo de caixa, com o abatimento de dívidas com juros maiores.
– O dinheiro da liga nos permite manejar melhor o endividamento. Tanto o que entrou como o que entrará na metade do ano. Ele nos dará fôlego. Organizamos o endividamento – explica.
Alario, atacante do Inter
Ricardo Duarte/Internacional
Fundo de investimento em pauta
Neste novo momento, o Inter ainda trabalha para colocar em cena o fundo de investimentos. A direção iniciou há mais de um ano o estudo e viu tal cenário como alternativa para enfrentar o mercado, manter o clube sadio e ter um time competitivo. A ideia, caso o projeto seja aprovado, é captar R$ 200 milhões.
– Trabalhamos na primeira parte da captação com investidores institucionais. Maiores, não empresários, pessoas físicas. Pretendemos captar pelo menos metade do fundo. O fundo pretende captar R$ 200 milhões. Queremos ir ao mercado com o fundo comprometido de R$ 100 milhões. A partir disso, conversaremos com outros empresários, colorados como o Elusmar (Maggi, parceiro do clube) e até de outros times – revela Schimitt.
A estratégia colorada é finalizar ainda no primeiro semestre. Com o sucesso na empreitada, a cúpula colocará o tema em discussão junto ao Conselho Deliberativo em razão da complexidade do negócio.
Dalton Schimitt Junior vice-presidente Inter
Tomás Hammes
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