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Professora cega aprovada em concurso no DF fala sobre desafios de ensinar; veja VÍDEO

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

18/01/2024 por Redação

Viviane Queiroz se formou em letras na UnB. Ela conta como venceu dificuldades para alcançar objetivos. Cega, professora do DF passa em concurso e fala sobre desafios da carreira
É muito mais do que conteúdo de aula, porque conteúdo a gente dá, mas eu acho que é isso que fica. A lição de empatia, de respeito e solidariedade uns com os outros.
A fala é da professora de inglês Viviane Queiroz. Cega desde que nasceu, ela foi aprovada em um concurso público para lecionar na rede de ensino do Distrito Federal (veja vídeo acima).
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A jovem se formou em letras na Universidade de Brasília (UnB) e logo começou a dar aulas de inglês na rede pública do DF, como temporária. Até ser aprovada no concurso e efetivada como servidora.
Ela conta que para chegar onde chegou, os desafios não foram poucos. Me alfabetizei, aprendi a ler o braile e eu falo que era o mundo perfeito. Aí eu fui para a inclusão, para o ensino regular, conta.
Eu cheguei na escola, não tive apoio, não tinha material. E aí veio a hora de fazer as provas de seleção, vestibular, Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], PAS [Programa de Avaliação Seriada], concurso público [...]. As provas não são adaptadas, lembra Viviane.
A professora Viviane Queiroz, aprovada em concurso público no DF
TV Globo/Reprodução
As conquistas, ela divide com a família. Os desafios crescem junto com a gente. Meus pais não desistiram de mim, correram atrás para que eu tivesse uma vida normal. Sempre acreditaram em mim, comemora.
Adaptações
Os aparelhos eletrônicos de Viviane têm um sintetizador de voz, que funciona como um tradutor de tela (veja vídeo abaixo). Assim, ela consegue saber tudo o que está escrito, seja no computador ou no celular.
A professora conta que também faz roteiros em braile, para que ela possa se guiar durante a aula.
Eu monto slides com as minhas explicações, passo os slides, eles copiam. Eu explico, tento colocar imagens. Eu não vejo o que está no projetor, mas por causa do roteiro em braile, sei o que os alunos vão ver, diz.
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