ge conversou com jornalistas que acompanharam a carreira do jogador argentino O novo goleiro do Grêmio para os próximos dois anos dará início à pré-temporada com os companheiros nesta sexta-feira. Agustín Marchesín se apresenta ao Tricolor com status de titular e com a missão de dissipar a desconfiança na meta gremista.
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Ele será o quarto goleiro argentino da história do clube. A experiência do jogador de 35 anos e 1,88m foi determinante para ter sido o escolhido pelo departamento de futebol. Mas não foi o único motivo.
O reflexo felino e o jogo com os pés são algumas das virtudes apontadas pelos jornalistas com quem o ge conversou para detalhar as características e a trajetória do atleta no futebol europeu e seleção.
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Com início no Lanús em 2009, o goleiro colecionou passagens pelo futebol mexicano, português e espanhol antes de vestir as cores do Grêmio. O último clube foi o Celta de Vigo. Por lá, trabalhou com Eduardo Coudet, atual técnico do Inter. Ambos se reencontrarão no Gauchão.
Agustín iniciou como titular, mas, em fevereiro do ano passado, sofreu uma ruptura no tendão de Aquiles e ficou afastado dos gramados por 11 meses. De lá para cá, disputou apenas uma partida, em dezembro, pela Copa do Rei. O jornalista Santi Peón resume a passagem pelo Celta.
– Chegou como um goleiro veterano com garantias de resolver um grave problema que o Celta teve nas temporadas anteriores por sofrer muitos gols. Ele não teve sorte, e a má dinâmica o deixou muito questionado durante grande parte da temporada passada. Titular indiscutível, a grave lesão veio no pior momento. Nesta temporada, disputou uma partida da Copa do Rei contra um rival de duas séries abaixo. Muito querido no vestiário pelos companheiros. Ficou pouco tempo no Celta – declarou Santi Peón, repórter esportivo de Vigo.
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Divulgação/Celta
O auge da carreira de Marchesín foi pelo Porto, clube anterior ao Celta. A estreia foi em agosto de 2019. Foram três anos com as cores do clube português. Nas duas primeiras temporadas, foi titular e muito lembrado pela atuação contra a Juventus na Champions (veja os lances abaixo). Na terceira, fez apenas nove jogos. No total, disputou 94 partidas, suficientes para deixar uma boa impressão.
Em contato com o ge, o repórter português Francisco Sebe destaca as características que justificam o encantamento da torcida pelo jogador. Entre elas, o reflexo, a segurança e a capacidade de jogar com os pés. O jogo aéreo foi citado como um ponto negativo.
– Foram três temporadas de Marchesín no Porto. O goleiro chegou ao Dragão para suceder Casillas. Tudo indicava que estaria à altura do desafio, mas os adeptos só se deixaram convencer ao vê-lo em ação. Marche foi direto à titularidade e mostrou reflexos felinos, facilidade de reação e capacidade de transmitir segurança aos companheiros de equipe. Além disso, indispensável no futebol atual: o jogo com os pés. Seguro no controle de bola, não era propriamente um Neuer, mas perfeitamente competente nessa vertente. Os pontos fracos, em boa verdade, não eram muitos. Mas talvez alguma insegurança nas bolas aéreas.
– O certo é que correspondeu à tarefa árdua que o aguardava e só perdeu a titularidade numa passagem de bastão planejada, no caso a Diogo Costa. Será sempre lembrado como um goleiro ultra competente. Só não direi que deixou saudades entre os adeptos porque o sucessor esteve mais do que à altura – relatou Francisco Sebe ao ge.
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Antes das aventuras no Velho Continente, Marchesín defendeu o Lanús por sete temporadas, entre 2009 e 2015, até se transferir ao Santos Laguna, do México. Dois anos depois, foi para o América-MEX e manteve um bom nível de atuações. Foi vendido ao Porto por R$ 30 milhões.
No período em que esteve no futebol mexicano, passou a ser convocado para defender a Argentina. Marchesín esteve na Copa América de 2019 e 2021, mas não conseguiu ser afirmar no grupo. O repórter Gaston Pestarino, do Olé, comenta a passagem do goleiro pela seleção.
– Posso afirmar que na seleção ele teve uma passagem um tanto estranha: sempre foi muito bem visto pelos treinadores (Sampaoli e Scaloni), mas um amistoso contra a Nigéria, em 2017, antes da Copa do Mundo, o marcou. A Argentina perdeu por 4 a 2 e não fez boas defesas. Lá, ele perde as únicas chances que tinha de ir para a Copa da Rússia de 2018.
– Ele vai para a Copa América de 2019. Semanas antes da Copa América em 2021, nas eliminatórias contra a Colômbia, substituiu Martínez, lesionado. A Argentina vencia por 2 a 0 e levou o empate, com um gol no fim, em que poderia ter feito mais. Depois daqueles jogos no banco de reservas na Copa América daquele ano, nunca mais foi citado. Resumindo, ficou marcado por dois jogos, até injustamente – conta Pestarino.
Marchesin na época do Lanus
Getty Images
Trajetória de Marchesín
2009 a 2015: Lanús
2015 a 2017: Santos Laguna
2017 a 2019: América do México
2019 a 2022: Porto
2022 a 2023: Celta de Vigo
2024: Grêmio
Marchesín desembarcou em Porto Alegre na noite de quinta-feira. Nesta sexta, deve realizar exames, assinar contrato e ser integrado ao grupo. O Grêmio não descarta negociar um dos goleiros do elenco. Gabriel Grando é o mais cotado para deixar o clube.
A direção prioriza a busca por um camisa 9. O departamento de futebol tem encontrado dificuldades financeiras para encontrar um nome experiente, de qualidade e conhecido internacionalmente.
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