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Enviado de Biden ao Líbano apela a "solução" entre Beirute e Telavive

Um enviado dos Estados Unidos a Beirute apelou hoje a uma "solução diplomática" entre o Líbano e Isr...

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Com informações do Notícias ao Minuto

11/01/2024 por Redação

Divulgação/Notícias ao MinutoDivulgação/Notícias ao Minuto"Precisamos de encontrar uma solução diplomática que permita aos libaneses regressarem às suas casas no sul do Líbano (...) e aos israelitas regressarem às suas casas no norte", declarou Amos Hochstein, coordenador especial do Presidente norte-americano Joe Biden para a segurança energética, aos jornalistas na capital libanesa.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, tem havido trocas de tiros quase diárias na fronteira entre o Exército israelita e o Hezbollah, aliado do Hamas.
A violência intensificou-se depois de, a 02 de janeiro, um ataque atribuído a Israel perto de Beirute ter matado o 'número dois' do Hamas, o que suscitou receios de uma escalada.
"Creio que ambas as partes preferem uma solução diplomática", afirmou Hochstein.
Em outubro de 2022, a mediação deste emissário conduziu à assinatura de um acordo entre o Líbano e Israel delimitando a fronteira marítima, o que garantiu a distribuição de campos de gás 'offshore' no Mediterrâneo Oriental.
Vários dirigentes ocidentais, incluindo o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, estiveram em Beirute na última semana, apelando a que o Líbano não seja arrastado para um conflito regional.
Na quarta-feira, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, afirmou em Beirute que uma escalada do conflito "seria uma catástrofe para ambos os países". 
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que terminou hoje uma visita ao Médio Oriente, também apelou a esforços para evitar que o conflito em Gaza se alastre na região, onde o Hamas tem aliados em grupos armados apoiados pelo Irão.
Hochstein, que visitou Israel na semana passada, encontrou-se hoje com o Presidente do parlamento libanês e com o primeiro-ministro, Najib Mikati.
"Queremos paz e estabilidade, com base nas resoluções da ONU. Mas a prioridade deve ser o cessar-fogo em Gaza e o fim da agressão israelita contra o Líbano", afirmou hoje Mikati.
Na semana passada, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou que Israel preferia "a via diplomática à militar" para restabelecer a calma na fronteira norte.
Mas na quarta-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, avisou que os soldados israelitas combateriam no Líbano "se necessário".
Uma fonte diplomática ocidental em Beirute, que solicitou anonimato, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) que a solução diplomática poderia incluir uma resolução do conflito fronteiriço entre o Líbano e Israel, que se retiraria dos territórios reivindicados por Beirute.
A 05 de janeiro, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que os ataques levados a cabo pelo movimento que chefia colocaram o Líbano "numa posição de força" no caso de uma resolução do conflito fronteiriço com Israel "após o fim da agressão contra Gaza".
Desde o início da violência na fronteira, a 08 de outubro, um dia após o ataque do Hamas a Israel, foram mortas 190 pessoas no Líbano, incluindo 141 combatentes do Hezbollah, de acordo com uma contagem da AFP. 
Israel registou 14 mortes, incluindo nove soldados, na sua fronteira norte.
Leia Também: Dois socorristas do Hezbollah mortos em ataque israelita no sul do Líbano

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