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Apenas 30 minutos de atividades diárias já impactam na expectativa de vida

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

08/01/2024 por Redação

Ortopedista alerta para a importância de inserir exercícios físicos dentro da rotina: “qualquer quantidade é melhor que o não fazer nada”
Crédito: Divulgação
Na correria do dia a dia, com tantas tarefas obrigatórias para desempenhar, é comum as pessoas estabelecerem prioridades, deixando a atividade física lá no fim da lista. “Não faço porque não tenho tempo” é o que muitos dizem. Mas, atualmente, a ciência coleciona indícios que não é preciso de muito tempo para se exercitar e obter os vários benefícios que a prática oferece à saúde e à qualidade de vida.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda de 100 a 150 minutos de atividade física semanais. Isso significa que 20 a 30 minutos de exercícios diários, pelo menos cinco vezes por semana, já são suficientes para resultados positivos.
“Diversos estudos demonstram que pessoas que praticam atividade física com regularidade consomem menos medicações, apresentam melhor desempenho nas atividades diárias e maior expectativa de vida”, destaca o ortopedista Anderson Luís do Nascimento (CRM 139480/SP), médico do esporte e responsável pela comissão médica do Sesi Franca Basquete.
Ele explica que, ao colocar o corpo em movimento, são liberados diversos neurotransmissores (mensageiros químicos do cérebro), principalmente serotonina, dopamina e endorfina, responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar. Quando no organismo, essas moléculas melhoram a qualidade de sono, diminuem a irritabilidade, a ansiedade e o estresse mental, controlam o apetite, melhoram a resistência do organismo contra infeções e reduzem as sensações de dor crônica.
“As pesquisas também demonstram que alunos que praticam exercícios físicos, por exemplo, apresentam melhor desempenho escolar, uma vez que os exercícios melhoram a circulação sanguínea geral, principalmente a cerebral. Além disso, eles podem melhorar a qualidade óssea dos idosos, diminuindo osteoporose e os riscos de fraturas, bem como aumentar a destreza e equilíbrio, reduzindo as quedas e melhorando o desempenho cognitivo”, enfatiza o especialista.
O ortopedista Anderson Luís do Nascimento também se exercita com frequência
Crédito: Divulgação
À toda essa lista, somam-se ainda os benefícios mais conhecidos pela população, como a melhora das funções cardiorrespiratória (diminuindo ou controlando doenças como pressão alta) e minimizando as ocorrências de diabetes, alterações de colesterol, infartos e derrames cerebrais (AVC).
Antes tarde que mais tarde
De acordo com o ortopedista, nunca é tarde para começar a se exercitar, visto que as atividades físicas são importantíssimas em qualquer faixa etária. Hoje, cerca de um ano após ter implementado alguns exercícios da sua rotina, o aposentado Luiz de Souza Ribeiro Filho assina embaixo das palavras do médico.
“Eu já tinha a consciência da importância de me mexer, contudo não sabia por onde começar. Acabei focando nas atividades para o intelecto, mas não para o corpo. Até que comecei fazendo exercícios de alongamento, em casa mesmo, principalmente devido a uma certa cobrança da médica e dos agentes de saúde que me atendem. Só que depois que comecei, fui sentindo satisfação e, hoje, já se tornou um hábito. Quando fico sem fazer, sinto até que me faz falta, porque vi que realmente me sinto mais disposto, minha mente fica mais leve e tem me trazido bem-estar”, conta o aposentado, que usa marca-passo e é portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Essa mudança sentida por ele não decorreu de horas e horas de alta intensidade – tudo veio da prática diária de 30 minutos de alongamento, que até hoje se mantêm. Entretanto, diante da sua perceptiva evolução, ele decidiu buscar outras atividades que prolongassem esses momentos de satisfação.
O aposentado Luiz de Souza Ribeiro Filho se sente muito melhor desde que começou a se exrcitar mais
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“A agente de saúde me deu algumas dicas, que achei muito válidas e bem dentro do que eu estava querendo, até para me tirar de casa e ocupar minha cabeça, já que tenho um grande problema de ansiedade. Comecei a fazer fisioterapia, uma vez por semana, e ioga, duas vezes. Também continuo fazendo meus alongamentos, mas estou sempre adicionando exercícios diferentes, em vez de só fazer mais repetições. Inclusive, a fisioterapeuta já me elogiou, dizendo que minha flexibilidade aumentou e que estou evoluindo bem. Isso também dá estímulo legal para não parar e continuar evoluindo cada vez mais”, compartilha.
Motivado, o aposentado também pretende começar a utilizar com mais frequência os equipamentos de ginástica instalados em praças públicas, conhecidas como Praça de Exercícios do Idoso, projetada para promover a reabilitação motora e o convívio social desse público.
Por onde começar
De acordo com Anderson Luís do Nascimento, para iniciar ou recomeçar qualquer atividade física, o indicado é menos tempo e menor intensidade, de forma que ambos sejam aumentados progressivamente, conforme o corpo vai se acostumando.
“Primeiro, aumenta-se o tempo e, depois, a intensidade e a carga. Também distribuir as atividades ao longo da semana é melhor que as deixar concentradas. Outro fator tão importante quanto é escolher uma atividade que traga prazer e estimule a continuidade do projeto. Lembre-se: qualquer quantidade é melhor do que o não fazer nada”, adverte o especialista, citando atividades leves, como caminhadas, corridas com baixa velocidade, bicicleta, Pilates e hidroginástica.

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Essa evolução gradual foi justamente a forma adotada por Luiz de Souza Ribeiro Filho desde que começou os alongamentos até chegar à ioga duas vezes na semana.
“Eu já fazia meus alongamentos há um certo tempo, então passei a utilizar elásticos extensores, buscando fortalecer braços e pernas. Com o passar do tempo, mas dentro dos meus limites, fui aumentando a intensidade. Faço isso todos os dias, meia hora no geral”, relata.
Além disso, o médico do esporte aconselha passar por uma avaliação clínica ou cardiológica, a fim de tornar os exercícios mais seguros, especialmente para pessoas com doenças prévias.
Fique ligado no especial “Mude 1 Hábito”, no GE e no Globo esporte, para saber como melhorar sua qualidade de vida.
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