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Laudo confirma que jovem morta por casal e carregada em mala foi asfixiada em Juiz de Fora

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

08/01/2024 por Redação

Polícia agora investiga se Bruna Letycia, de 24 anos, foi torturada antes de morrer. Jovem estava desaparecida desde a última semana e encontrada morta em uma mata na Zona Norte da cidade. Brunna Letycia, jovem morta em Juiz de Fora
Reprodução/Instagram
Bruna Letycia Vicente Alves de Souza Leonel, de 24 anos, morreu asfixiada, segundo o resultado do laudo pericial. A jovem foi encontrada morta dentro de uma mala na última semana na Zona Norte da Juiz de Fora.
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Ao g1, nesta segunda-feira (8), o delegado Samuel Neri informou que outros machucados foram verificados no corpo da vítima.
“Essas lesões encontradas vão ser investigadas para sabermos se ela foi torturada antes de morrer, por exemplo. Também pode ter se defendido enquanto era morta ou lesionada já sem vida, quando o corpo era colocado na mala e jogado na mata”, explicou.
A investigação, conforme o delegado, deve ser concluída em 10 dias. Além do casal que confessou o crime, familiares, amigos e o motorista de aplicativo também já prestaram depoimento.
“Descartamos a participação do motorista no crime. Ele falou que não sabia o que tinha na mala e é importante ressaltar que o mesmo não levou o casal até a mata onde o corpo foi jogado e sim na casa da avó do homem. De lá que eles foram para a mata sozinhos”, complementou Samuel Neri.
Defesa dos acusados se manifesta
Herick Dornelas e Renata SantAna
Reprodução/Facebook
Herick Dornelas e Renata Alexandre Santana confessaram o crime, segundo a polícia. Eles estão presos preventivamente e à disposição da Justiça.
Em nota, a defesa de Renata alegou que a ela vinha sofrendo violência doméstica por parte do namorado Herick, “que apresentava comportamento agressivo e hostil durante os últimos dias de relacionamento”.
“Enfatizamos que na noite do fato, não houve nenhuma participação da acusada no delito, e que a indiciada foi vítima de ameaça durante todo o trajeto da ocorrência, que foi obrigada a se manter inerte, temendo pela vida. Por fim, reitera que sua inocência será demonstrada ao longo da instrução criminal”, disse o advogado Bruno Magalhães Batista.
Já Herick é defendido pela Defensoria Pública, que afirmou que atuou na audiência de custódia e que ainda não teve acesso ao inquérito. “Informamos ainda que, via de regra, em processos criminais a DPMG se manifesta nos autos do processo”, finalizou.
Vídeo grava transporte do corpo da vítima
Casal que matou jovem colocou o corpo dentro de mala para sair de prédio em Juiz de Fora
No vídeo que a TV Integração teve acesso, é possível ver o homem carregando a mala com o corpo da vítima dentro e um cobertor por cima. A mulher o acompanha e fica responsável por chamar o elevador e também o carro por aplicativo.
Cronologia do crime
Casal leva corpo de jovem assassinado dentro de mala em elevador em Juiz de Fora
Câmera de segurança/Reprodução
Brunna Letycia, de 24 anos, foi vista pela última vez na noite da última terça-feira (2) entrando em um veículo branco em frente ao apartamento onde morava, no Bairro Aeroporto.
Pouco tempo depois, câmeras de segurança flagraram ela entrando em um apartamento no Bairro Previdenciários.
O caso foi, inicialmente, registrado por amigos como desaparecimento, mas as apurações levaram a crer que ela havia sido alvo de homicídio.
O corpo da jovem foi encontrado na manhã de quinta-feira (4) em uma mata no Bairro Milho Branco.
No mesmo dia, o casal suspeito do crime foi preso. Os dois confessaram a autoria, segundo a polícia.
Em depoimento, a mulher de 30 anos contou que teve um relacionamento com a vítima e na última terça-feira chamou a jovem para beber em casa com ela e o marido.
Por ciúmes um do outro, o casal começou a discutir. A vítima chegou a ligar para amigos irem buscá-la durante a confusão, mas o homem pegou o celular dela, a jogou no sofá e a esganou.
As apurações também indicaram que eles saíram do imóvel levando o corpo de Brunna Letycia numa mala.
Logo depois, chamaram um carro por aplicativo e foram até o Bairro Milho Branco, onde passaram na residência de um parente, pegaram álcool e fósforo e atearam fogo na mala com a vítima dentro.
Conforme o delegado Samuel Nery, o motorista não sabia que levava um corpo e apenas deixou o casal na casa da família deles.
O casal está preso preventivamente e confessou o crime, de acordo com a Civil. Eles vão responder por homicídio qualificado por motivo torpe, feminicídio e ocultação de cadáver.
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