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Saiba como será o monitoramento emergencial de minas próximas da que colapsou em Maceió; medida é recomendação da Defesa C

G1 - com informações do G1

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05/01/2024 por Redação

Minas 20, 21 e 29 vão receber uma sonda para descobrir impacto causado pelo rompimento da mina 18. Embora a recomendação seja de monitoramento emergencial, não há data para o início do estudo. Braskem terá que fornecer informações sobre a possibilidade de outras situações de colapsos nas demais minas que estão em processo de fechamento
Thiago Sampaio / Agência Alagoas
Por recomendação da Defesa Civil de Maceió, três minas que ficam próximas da que colapsou em Maceió no dia 10 de dezembro vão passar a ser monitoradas com uma sonda. O objetivo é descobrir qual a real situação no interior dessas cavidades e o quanto elas foram impactadas pelo rompimento da mina 18.
Embora a recomendação seja de monitoramento emergencial, não há data para o início do estudo de sonar, isso depende de aprovação das Defesas Civis Nacional e Municipal, segundo informou a Braskem, empresa responsável pelas 35 minas utilizadas para extração de sal-gema, que provocou o afundamento do solo e levou à desocupação de mais de 46 mil imóveis em 5 bairros.
Ainda segundo a Braskem, as três minas, de números 20, 21 e 29, já são monitoradas por uma rede de equipamentos que tem capacidade para detectar mínimos movimentos na superfície e em profundidade. Até o momento, a movimentação continua concentrada na área da cavidade 18.
Contudo, de acordo com o relatório enviado pela Defesa Civil à Braskem, como essas três minas estão localizadas sob a lagoa, torna-se inviável o acompanhamento por DGNSS, sendo assim, necessária a avaliação de tais cavidades após a ruptura e colapso da Mina 18.
Defesa Civil de Maceió recomenda monitoramento de três minas vizinhas àquela que se rompeu
Sonda será colocada por cabo operado por um caminhão wireline
No plano de monitoramento apresentado pela Braskem, as minas 20 e 21 se conectaram e agora são consideradas uma única mina, conjugada. Essas duas e a mina 29 vão receber um aparelho de sonar através de uma cavidade fora da lagoa, em um poço que já existe na região.
A sonda será introduzida em um poço que está fora da água (indicado na imagem abaixo pela numeração 20AD), de onde se espera chegar ao interior das minas que estão sob a lagoa mundaú. O cabo que leva esse equipamento será operado por um caminhão wireline, tecnologia de cabeamento específica para esse tipo de estudo.
Caso a gente não consiga ter acesso, a mina 18 pode ter afetado [o interior das outras minas], aí, sim, nós vamos autorizar para que a Braskem cave outro poço e assim tenha acesso às cavidades 20 e 21, que hoje estão conjugadas, afirmou o capitão Douglas Gomes, chefe da seção de desastres naturais da Defesa Civil Estadual.
Imagem mostra poço 20AD, fora da água, que será utilizado para introduzir a sonda nas minas que estão sob a lagoa
Reprodução
Se necessária, a escavação desse novo poço pode demorar cerca de 45 dias. A operação será realizada por empresas contratadas pela Braskem.
A empresa explica que, neste intervalo da nova escavação, e que não se tenha informações diretas sobre as minas próximas da que colapsou, serão adotadas medidas adicionais de segurança para entendimento da condição atual da região, como a instalação de uma barreira física, levando em conta o raio de segurança dessa cavidade conjugada, a fim de impedir o acesso nesta região.
Desde 2019, quando ficou comprovado que a mineração era a responsável pelo problema em Maceió, a atividade de mineração foi encerrada, dando lugar ao trabalho de fechamento nas minas que se encontravam instáveis.
Cratera aberta comporta volume de água de 11 piscinas olímpicas
A cratera aberta após o colapso da mina 18, sob a lagoa Mundaú, tem 78 metros de comprimento, 46 metros de largura e 10 metros de profundidade. Com essas dimensões, ela comporta o mesmo volume de água de 11,4 piscinas olímpicas.
As medidas constam em um documento enviado pela Defesa Civil para a Braskem e para o Ministério Público Federal (MPF) no dia 30 de dezembro de 2023, mas a profundidade foi atualizada em uma nova medição realizada dias depois.
O MPF informou à TV Gazeta que, até esta sexta-feira (5), ainda não tinha recebido o documento em questão, mas que, tão logo o documento seja recebido, serão adotadas as providências que forem pertinentes à situação, após consulta aos órgãos técnicos que acompanham o caso - Defesa Civil Nacional, Serviço Geológico do Brasil e Agência Nacional de Mineração.
04/01/2024 Arte mostra localização das minas da Braskem e tamanho da cratera aberta sob a lagoa Mundaú após o colapso no dia 10 de dezembro de 2023
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