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DH faz perícia em casa no Complexo de Israel para esclarecer mortes de dois homens que aparecem rendidos e amarrados em fotos

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

31/12/2023 por Redação

Inicialmente, o caso foi registrado como auto de resistência, mas imagens divulgadas em redes sociais mostraram que, pelo menos, dois homens estavam rendidos e amarrados com as mãos para trás. DH realizou perícia em casa no Complexo de Israel na manhã deste domingo (31)
Leslie Leitão / TV Globo
Agentes da Delegacia de Homicídios (DH), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais, realizou perícia, na manhã deste domingo (31), na Favela Parada de Lucas, no Complexo de Israel, Zona Norte do Rio.
O objetivo é esclarecer as circunstâncias da morte de três homens durante uma ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na quarta-feira (27).
Inicialmente, o caso foi registrado como auto de resistência. Mas imagens divulgadas em redes sociais mostraram que, pelo menos, dois homens estavam rendidos e amarrados com as mãos para trás, dentro de uma casa no local.
DH realizou perícia em casa no Complexo de Israel na manhã deste domingo (31)
Leslie Leitão / TV Globo
O trabalho da perícia começou por volta das 10h e durou cerca de 1h30. O suposto confronto aconteceu na casa 51 da Rua São Bento. Os policiais recolheram cápsulas de fuzil e detectaram marcas de tiros nas paredes do lado de fora do imóvel, que pode indicar sinais de que houve confronto.
As câmeras que flagraram os agentes dentro da casa, no entanto, não foram encontradas. As 16 fotos divulgadas nas redes sociais, 24 horas após a operação, mostram homens do Bope na sala do imóvel.
Gladson William Gonçalves de Oliveira, o Litrão, de calça preta com listra rosa, e Anderson Kauan Gadelha de Moraes, o Parazinho, de cabelo louro, estão sentados com as mãos amarradas para trás, pouco depois das 7h30 da manhã de quarta-feira.
Polícia investiga morte de dois suspeitos durante operação em Parada de Lucas
Quase três horas depois, os dois chegaram ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, já mortos. Um terceiro traficante identificado como Allan Donovan Aniceto da Silva, o Negueba, também morreu, mas ele não aparece nas imagens divulgadas.
PMs prestaram depoimento
Dois policiais militares já prestaram depoimento na DH e seis que estiveram na ação também já foram ouvidos pela Corregedoria da PM, que também instaurou um inquérito militar para investigar.
A versão dos policiais é de que houve uma intensa troca de tiros na rua São Bento e que eles viram cinco bandidos correndo e entrando numa casa no final da rua. Segundo eles, ao se aproximarem, houve confronto do lado de fora e dentro do imóvel e três bandidos foram encontrados baleados.
O depoimento foi dado na quarta-feira, dia da operação. No dia seguinte, as imagens divulgadas confrontaram com a versão apresentada inicialmente. Como o local não foi preservado, a perícia só pode ser feita neste domingo pela DH.
Os PMs disseram ainda que dois outros bandidos abandonaram as armas e pularam o muro de uma casa, onde tentaram se esconder, mas acabaram presos.
Os criminosos foram identificados como Hiran da Glória e Breno Pereira de Oliveira Araújo.
O que diz a polícia
A polícia aguarda agora o laudo de necropsia para entender as circunstâncias das mortes dos suspeitos.
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que o comando do Batalhão de Operações Policiais Especiais instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias dos fatos e ouvir os militares.
O Inquérito Policial Militar (IPM) tramita paralelamente às investigações da Polícia Civil. Ambos os procedimentos são acompanhados pela Corregedoria da Polícia Militar.

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