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Entenda como é feita cirurgia que retirou tronco de árvore atravessado no tórax de jovem em acidente

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

31/12/2023 por Redação

Jovem quebrou duas costelas e teve parte do fígado e do intestino atingidos. No momento ele segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Augustinópolis. Jovem tem 20 anos e estava em uma estrada rural de Praia Norte
Divulgação
O jovem Igor Silva de Oliveira de 20 anos teve parte do fígado e do intestino atingidos, além de duas costelas quebradas, após um tronco de árvore atravessar seu tórax. Ele chegou a fazer duas cirurgias no Hospital Regional de Augustinópolis e segue internado. O acidente aconteceu após o jovem cair da moto enquanto voltada de uma confraternização.
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O g1 conversou com médicos que explicaram como uma pessoa pode sobreviver a esse tipo de acidente e como é realizado o tratamento desses casos. Os médicos não são os mesmos que fizeram a cirurgia no paciente.
Segundo o médico especialista em terapia intensiva, Dr. Wallace André Pedro, quando casos como o de Igor acontecem é importante que o objeto não seja retirado. O paciente deve ser encaminhado diretamente para uma unidade hospitalar para avaliação médica.
Como nesse caso, esse paciente é submetido a uma tomografia. Nós temos que saber se esse objeto atingiu órgãos vitais importantes, para que se tenha a certeza de que vai dar certo a retirada do objeto, explicou.
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O médico ainda comentou que nesses casos é necessária uma equipe de cirurgiões, por se tratar de um procedimento extremamente complexo.
Em cima do que se vê na tomografia se planeja a cirurgia. Geralmente por uma equipe multiprofissional com cirurgiões vasculares, cirurgiões gerais, cirurgiões do aparelho digestivo, anestesistas, a retaguarda de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Então, são casos complexos que devem ser vistos por especialistas na área que tem experiência em trabalhar com doentes traumatizados dessa forma.
Concepção artística de órgãos do corpo humano
TV Globo/Reprodução
Depois que o objeto é retirado se inicia a etapa do procedimento onde são feitas as suturas, remoção de tecidos ou reparos na região afetada.
Depois que tira [o objeto] sob visão direta a gente vê o estrago e aí vamos reconstruindo com fios de sutura. Se for pulmão, por exemplo, você consegue retirar alguns pedaços, debridar [remoção de tecidos], tirar coágulos. Enfim, a gente tenta fazer um serviço ali das funções orgânicas e reestabelecer. Isso obviamente dentro de um centro cirúrgico, em um hospital que tenha condição para receber esse tipo de paciente, explicou o cirurgião torácico Dr. Danilo Felix.
Em alguns casos, além das reconstruções feitas na parte interna do corpo é necessário fazer um enxerto de pele. Os enxertos vão depender se durante o trauma esse paciente perdeu muita pele e se não tem condições de se rodar um retalho de pele ou retirar a pele de um outro local [do corpo] para transplantar, contou o Dr. Wallace.
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Segundo o médico, o tempo de recuperação varia de acordo com a situação e está associado ao tipo de órgão que foi afetado.
Se os órgãos lesados são muito importantes, ele vai precisar ficar mais tempo internado. Se perder um rim, um pulmão, lógico que isso vai demandar o tratamento de uma equipe multiprofissional. Então vai depender muito do grau de lesão. Isso vai estimar o tempo de internação desse paciente, explicou o Dr. Wallace.
Relembre caso
O acidente de moto aconteceu no último domingo (24). Igor tinha saído de uma confraternização na casa da tia, quando caiu de uma moto ao fazer a curva em uma estrada. A família acredita que ele poderia estar alta velocidade quando perdeu o controle da moto.
Um dos parentes teria usado um motosserra para cortar a madeira e levar o jovem ao hospital da cidade.
Até a publicação desta reportagem Igor seguia na UTI do Hospital Regional de Augustinópolis (HRAUG) e estava bem, segundo a cunhada Cleane Reis.
Durante a semana foram feitas duas cirurgias, a última na terça-feira (26). A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que o paciente segue internado recebendo o tratamento que seu quadro clínico exige, mas não passou mais informações sobre o quadro de saúde dele.
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