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Chuvas, frio, calor extremo: veja como efeitos da mudança climática deixaram marcas em 2023

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

28/12/2023 por Redação

Retrospectiva do g1 Campinas mostra assuntos relacionados às variações do clima que chamaram a atenção e provocaram tragédias, como a morte de uma criança atingida por uma árvore em janeiro. Relembre. Chuvas, frio, calor extremo: veja efeitos da mudança climática que deixaram marcas em 2023
Tão debatidos em todo mundo, os efeitos das mudanças climáticas deixaram marcas na região de Campinas (SP) em 2023. Foi um ano marcado por eventos extremos: chuvas volumosas, ventanias, frio recorde e uma sequência de ondas de calor que elevou a temperatura a casa dos 40º C.
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Um desses episódios mais emblemáticos aconteceu logo em janeiro, período de chuvas intensas na metrópole, quando a queda de uma árvore na Lagoa do Taquaral matou uma criança de 7 anos.
Foto aérea mostra Lagoa do Taquaral após retirada de eucaliptos
Prefeitura de Campinas/Divulgação
Confira, abaixo, os casos de repercussões sobre clima e meio ambiente em 2023:
Árvore cai na Lagoa do Taquaral, atinge duas pessoas e mata criança de 7 anos em Campinas
Veja imagens gravadas logo após árvore gigante cair e atingir família na Lagoa do Taquaral
Uma menina de 7 anos morreu após uma árvore de grande porte cair na Lagoa do Taquaral, principal ponto de lazer e turismo de Campinas (SP), no dia 24 de janeiro de 2023. Uma mulher também foi atingida.
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O acidente aconteceu próximo à lagoa dos pedalinhos. A árvore, um eucalipto, que fica ao lado da pista de caminhada, despencou e ficou atravessada.
Após o acidente, Campinas fechou parques e bosques, e realizou ações de cortes e podas de árvores nas áreas públicas.
Em setembro, a Polícia Civil concluiu o inquérito do caso após um laudo da Unicamp apontar que o eucalipto que caiu e matou a criança estava em área instável após chuvas.
Sergio Fermino, a mulher Gislene e a filha Isabela
Arquivo Pessoal
Quase dez meses após a tragédia, a família de Isabela Tibúrcio Fermino, de 7 anos, lançou um livro póstumo de poesias escritas pela menina.
Ela deixou 22 poesias em um caderno onde retratava situações do cotidiano. Para os pais, foi uma oportunidade de eternizar e deixar ao alcance de todos toda gentileza, amor, carinho, alegria, delicadeza, amizade, criatividade e inteligência da criança.
Ela tem uma poesia escrita para cada vivência assim, sabe? Ela demonstra através daqueles versos a maneira como ela enxergava a vida: uma maneira leve, bonita, uma maneira amorosa, contou o pai.
Nuvem prateleira chama atenção de moradores na região de Campinas
Registro da nuvem feito em Valinhos (SP)
Gustavo/Arquivo Pessoal
Em abril, moradores da região de Campinas (SP) foram surpreendidos com um fenômeno natural incomum no céu. Imagens e vídeos foram enviados à EPTV, afiliada da TV Globo, mostrando a formação, chamada por especialistas de nuvem prateleira.
O meteorologista Bruno Kabke Bainy, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, explicou que o fenômeno vem associado a uma tempestade causada por uma linha de instabilidade que tinham se formado um dia antes, no Oeste do estado, e durante a madrugada do dia 14 de abril chegou a Campinas.
Vídeo mostra telhado se soltando durante temporal com ventos fortes em Sumaré
Vídeo mostra telhado se soltando durante temporal com ventos fortes em Sumaré
Em outubro, uma moradora de Sumaré (SP) registrou o momento em que o telhado metálico de uma casa foi arrancado pela força do vento durante as fortes chuvas que atingiram a cidade. O caso ocorreu no bairro Vila Soma.
Nas imagens, é possível ver o telhado sendo arrancado pelo vento e arremessado longe. Um homem passava pelo local e por muito pouco não foi atingido.
Entenda por que nuvem rolo é sinal de alerta a moradores; formação foi vista em Campinas
Entenda o que é uma nuvem rolo e o que a chegada dela pode significar
A formação de uma nuvem branca em formato cilíndrico no dia 17 de outubro chamou a atenção de moradores da região de Campinas. A EPTV, afiliada TV Globo, recebeu registros de moradores de Campinas, Indaiatuba, Hortolândia, Paulínia, Valinhos e Espírito Santo do Pinhal.
O pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp (Cepagri), Bruno Bainy, explicou que se trata de uma nuvem rolo.
Embora tenhamos vários tipos de nuvem rolo, a mais comum de se observar são as nuvens rolos associadas às tempestades, afirmou.
Defesa Civil alerta para chuvas fortes com ventos intensos e queda de granizo em Campinas
Registro de temporal em Campinas
Carlos Bassan/PMC
A Defesa Civil divulgou no dia 19 de outubro um alerta para chuvas fortes em Campinas (SP). A divulgação se baseou em avisos meteorológicos do Instituto nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
O aviso do Inmet indicava possibilidade de chuva entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos (40-60 km/h) e queda de granizo.
Em novembro, um vendaval que atingiu Paulínia e provocou o cancelamento do evento de churrasco e música da dupla sertaneja João Bosco e Vinicíus. A estrutura montada em frente ao Teatro Municipal ficou parcialmente destruída pela força do vento e provocou pânico nos frequentadores. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.
Frente fria
Tempo frio em Campinas
Reprodução/EPTV
Campinas neste ano registrou o terceiro mês de abril mais frio desde 1991, segundo boletim divulgado no dia 2 de maio pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp (Cepagri). O levantamento também mostrou que a chuva ficou acima da média histórica verificada de 1991 a 2020.
Em agosto, a menor média máxima registrada em 2023, com termômetros marcando 15,5°C. Na prática, isso significa que não houve, durante todo o dia, momento em que a temperatura tenha passado de 15,5°C na metrópole do interior. Antes, a menor temperatura máxima registrada este ano era de 17°C durante uma frente fria de junho.
Ondas de calor
Campinas tem dia mais quente do ano; na região, termômetros chegam aos 41º C
Além das questões de chuva e do frio, a região de Campinas também registrou ondas de calor durante o ano. Houve um aumento de 2,5% no volume de água tratada, com acréscimo 7 milhões de litro em um único dia.
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A Defesa Civil de Campinas chegou a emitir um alerta meteorológico por conta da previsão de altas temperaturas e queda expressiva da Umidade Relativa do Ar (URA) na Região Metropolitana de Campinas (RMC).
No dia 14 de novembro, as temperaturas máximas chegaram a atingir 39,1°C na metrópole. Na região, Sumaré (SP) chegou a 41,4 °C um dia antes.
Registro feito às 13h desta terça-feira (26), em Campinas (SP), mostra diferença superior a 31º C na temperatura da superfície do asfalto sob o sol e debaixo da sombra de uma árvore
Ivan André Alvarez
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