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Após protesto da população, bispo emérito Dom Azcona deve permanecer na Ilha do Marajó

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

26/12/2023 por Redação

Permanência de Dom Azcona foi confirmada pela Nunciatura Apostólica do Brasil, em carta a Dom José Ionilton, bispo nomeado da Prelazia do Marajó. Dom José Luís Azcona Hermoso.
Tarso Sarraf
O bispo emérito do Marajó, Dom José Luis Azcona Hermoso, não deve mais deixar a região, informou nesta terça-feira (26) a Prelazia do Marajó. No início de dezembro, a Nunciatura Apostólica, representação diplomática do Vaticano no Brasil, pediu a saída do bispo.
Segundo o comunicado do padre Casimiro Skorski, administrador diocesano da prelazia marajoara, a permanência de Dom Azcona foi confirmada pela própria Nunciatura Apostólica.
“Fui informado por Dom José Ionilton, bispo nomeado da Prelazia do Marajó, que a Nunciatura Apostólica enviou uma carta para ele, comunicando que Dom José Luís Azcona não precisa mais ‘transferir-se da residência na qual vive atualmente’”, disse.
A confirmação da permanência de Dom Azcona ocorre após uma série de protestos em várias cidades da Ilha do Marajó exigindo que o bispo emérito ficasse na região.
Os membros da Prelazia do Marajó também se reuniram e enviaram uma carta à Nunciatura no Brasil pedindo que a decisão fosse revista.
Protestos
Os moradores de várias cidades na Ilha do Marajó protestaram no dia 12 de dezembro contra a saída de Dom José Luis Azcona Hermoso da região.
Os protestos desta terça ocorreram em Bagre, Breves e Soure. Os moradores caminharam pelas ruas das cidades carregando balões brancos, cartazes e entoando cânticos religiosos.
Moradores de cidades na Ilha do Marajó protestam contra saída de liderança religiosa
Um dos cartazes dizia que “a igreja marajoara não deve calar-se diante da expulsão de D. José Azcona da Prelazia do Marajó”.
Dom Azcona ficou conhecido internacionalmente por sua luta contra o tráfico humano e exploração sexual na ilha marajoara.
Defesa da região
Dom José Luis Azcona Hermoso nasceu em 28 de março de 1940, em Pamplona, na Espanha. Há 30 anos denuncia as mazelas da região e a exploração sexual de crianças no arquipélago.
Em 2015, Azcona denunciou casos em que as crianças se ofereceram aos ocupantes das balsas com o consentimento da própria família. Os fatos tiveram repercussão nacional.
O bispo emérito também foi fundamental para a instalação da CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Pará e no Congresso Nacional, nos anos de 2009 e 2010.
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