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Analista do MPDFT é suspeito de receber R$ 140 mil de grupo investigado por lavar dinheiro desviado do DFTrans

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

22/12/2023 por Redação

Polícia Civil pediu prisão preventiva do servidor. Segundo investigação, analista prestava consultoria jurídica aos investigados. Operação investiga grupo suspeito de lavagem de dinheiro em Brazlândia, no DF
PCDF/Divulgação
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva, nesta sexta-feira (22), de um analista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investigado por receber R$ 140 mil de um grupo suspeito de lavar dinheiro desviado do extinto sistema de bilhetagem DFTrans. Na quarta-feira (20), a corporação cumpriu nove mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão, em Brazlândia, contra suspeitos de participar do esquema (veja mais abaixo).
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Durante as buscas feitas na quarta, os investigadores encontraram documentos escondidos na laje da casa de um empresário suspeito de integrar a organização criminosa. Entre os recibos, os policiais encontraram diversos comprovantes de pagamentos para o analista do MPDFT, feitos entre 2017 e 2019.
Os valores foram transferidos para as contas da esposa e da mãe do analista. Além disso, os policiais também identificaram o pagamento de uma fatura de cartão de crédito do servidor.
Segundo a investigação, o analista prestava consultoria para a organização criminosa. Ele fazia as minutas e pedia para os advogados assinarem as peças, diz a Polícia Civil. O g1 aguarda resposta do Ministério Público.
Operação Old West
Na quarta, nove pessoas foram presas e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Brazlândia. A operação é um desdobramento da operação Trickser que, em 2018 identificou condutas de corrupção e desvio milionários do antigo sistema de bilhetagem da capital. Segundo a apuração da 18ª Delegacia de Polícia, de Brazlândia, após a ação anterior, o grupo formou uma organização criminosa para lavar dinheiro e evitar bloqueios judiciais.
Segundo a investigação, a organzação era formada por pessoas da mesma família e contava com participação de laranjas. Além disso, há a suspeita da participação do analista do MPDFT.
De acordo com a Polícia Civil, após a operação Trickster, as empresas de um casal suspeito de estar à frente do esquema foram colocadas no nome de laranjas para que não houvesse bloqueios judiciais e para que as companhias continuassem prestando serviço para o governo do Distrito Federal e para prefeituras.
Lavagem de dinheiro
Os investigadores identificaram que o casal suspeito fazia transferências dos valores recebidos na contas empresariais para poupanças de filhos, parentes e amigos. Em seguida, os valores eram retirados e passados para outras empresas.
A ideia, segundo a polícia, era dissimular os valores ujos e evitar bloqueios judiciais. Entre as poupanças usadas pelos suspeitos, estavam a dos filhos que, à época da investigação, tinham 4 e 15 anos.
A polícia estima que o grupo tenha lavado R$ 31 milhões. Pelo menos 15 laranjas participavam do esquema.
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