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Cultivo de algas: conheça técnica adotada em fazenda marinha no Brasil que pode gerar renda de até R$ 10 mil por família

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

17/12/2023 por Redação

Projeto que iniciou no final dos anos 1990 atualmente tem quatro funcionários, com renda maior que o salário mínimo. Cultivo de algas: conheça técnica adotada que pode gerar renda de até 10 mil por família
O Globo Repórter desta sexta-feira (15) conheceu o biólogo marinho Miguel Sepulveda, e a empresária Diva Sepulveda. Eles são apaixonados um pelo outro e pela ideia que criaram. Essa ideia surgiu quando ele ainda era um estudante de biologia.
“Viajei para ao Chile, pra desenvolver um projeto lá e voltei com uma ideia pra desenvolver aqui também, conta o biólogo.
Hoje eles administram ao todo 38 hectares de fazendas marinhas, onde Miguel está plantando algas.
“O planeta precisa de produções como essa que o impacto é quase zero. Aqui se produz a Kappaphycus alvarezii. Não é brasileira, é da Ásia, mas se adaptou muito bem a essas águas, fundamentalmente por causa da temperatura ideal pra ela o ano inteiro, diz.
Plantação de algas marinhas Kappaphycus alvarezii em fazenda no Rio
Reprodução/TV Globo
Miguel explica o que começou como um projeto de biologia, no final dos anos 90. “Fiz a introdução, com exemplares da Venezuela, na época que eu trouxe. Criei um sistema de cultivo que pudesse ser flutuante e adaptado ao trabalho de canoa”.
A ideia deu certo e está rendendo.
“Isso daqui com certeza representa a fonte de renda hoje pra várias pessoas aqui na região”.
Uma família que aprende a técnica pode tirar até 10 mil por mês cultivando algas. Miguel tem quatro funcionários, que levam pra casa mais do que o salário mínimo. Entre eles, Davi Oliveira da Silva, produtor de algas marinha: “Eu já tenho essa adaptação de trabalhar no mar. Tenho família, a minha família é de pescador. Não dá pra gente só retirar do mar. A gente tem que também cuidar.
Plantação de algas marinhas Kappaphycus alvarezii em fazenda no Rio
Reprodução/TV Globo
Como a vida marinha em equilíbrio tem sido fonte de renda e gerado milhões de empregos
Comidas e benefícios para vida selvagem
O alimento saudável e salgado é consumido diariamente por várias comunidades na Ásia. As algas vivas aguardam o comprador em sacas, dentro dágua. Cerca de 90% das Kappaphycus são água que separada gera subprodutos, como ração animal e biofertilizantes.
“Separa-se a massa, que vira essa farofa. Usada pra ração animal e biofertilizantes. Já o líquido vira bioestimulante agrícola, pra pulverizar plantações. O Brasil importa muito bioestimulante de alga de vários países. E agora a gente tem a oportunidade de ter um genuinamente feito aqui, destaca Miguel.
Água marinha que vira bioestimulante agrícola
Reprodução/TV Globo
Após colocadas para secar ao sol, surge um outro produto: a carragena orgânica, substância cobiçada pela indústria.
“Você pega a alga seca, deixa ela de molho. Depois você derrete em temperatura de 100 graus e vira gelatina. Pode ser usada pra gel cosmetológico, como também pra consumo humano.
Alga marinha é usada como base para ração animal
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa abaixo:
Globo Repórter – Economia azul – 15/12/2023
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