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Eleições do Bahia: Leonardo Martinez promete colaborar e cobrar o Grupo City; veja propostas

globoesporte.com - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

28/11/2023 por Redação

Candidato da chapa 100% Bahêa participa de sabatina do ge e detalha planos para sócios, esportes olímpicos, ações afirmativas e novas receitas Neste sábado, os sócios do Bahia vão escolher o novo presidente para o triênio 2024-2026. Diante de um momento tão importante para o clube, o ge promove uma sabatina com os candidatos à Diretoria Executiva do Tricolor. Nesta terça-feira foi a vez de Leonardo Martinez, líder da chapa 100% Bahêa, ser o entrevistado.
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Leonardo Martinez é candidato à presidência do Bahia
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Inicialmente, Leonardo Martinez respondeu a perguntas de quatro profissionais da comunicação da rede Bahia: Paulo Cézar Gomes, comunicador da Bahia FM, Ruan Melo, editor do ge, Sérgio Pinheiro, repórter especial da TV Bahia, e Vinícius Harfush, repórter do Correio. No segundo momento, Martinez detalhou propostas sobre temas pré-estabelecidos.
Leonardo Martinez tem 40 anos e é presidente do Conselho Deliberativo do Bahia desde 2020. Ele é formado em Direito pela Universidade Católica do Salvador e tem Pós-graduação em Processo Civil (PUC Minas Gerais Perito Avaliador).
Martinez também tem experiência de oito anos em atuação no terceiro setor no terceiro setor, atuando também como vice-presidente da Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA-BA). Além disso, é empresário com experiência no mercado nacional e internacional no comércio de produtos industriais.
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A chapa 100% Bahêa, de número 10, tem Fernanda Tude como candidata a vice-presidente. Clique aqui para conferir o plano de gestão dos candidatos.
Veja os trechos da sabatina:
Leonardo Martinez detalha propostas para o Bahia
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Ruan Melo, ge - como presidente do Conselho Deliberativo do Bahia, você participou ativamente do processo de venda da SAF para o Grupo City. Você já disse em entrevistas que conhece profundamente o contrato e que sabe os pontos a cobrar. Queria saber, dentre as atribuições da Associação, que tipo de cobrança a sua gestão pretende fazer e o que pode ser melhorado na relação com a SAF.
Leonardo Martinez: eu conheço o contrato profundamente. Participei ativamente dos pontos que chamamos na época de “irrenunciáveis” para o Esporte Clube Bahia. Tenho um relacionamento com os gestores da SAF, um relacionamento institucional. Eles já conhecem o meu perfil, um perfil de colaboração, mas sem deixar de fazer as cobranças especificamente do que foi aprovado em assembleia por quase 99%. Isso é um ponto irrenunciável, fiscalizar e garantir o cumprimento contratual do que foi aprovado.
Sérgio Pinheiro, TV Bahia - Nessa primeira temporada do Bahia sob gestão da SAF foi gerada uma expectativa muito grande, o torcedor está muito frustrado com o resultado muito de campo. Queria que você fizesse uma avaliação do futebol, e que tipo de avaliações você acha que a SAF precisa fazer para o Bahia brigar por coisas grandes?
- Ninguém vai discutir que o resultado foi aquém do esperado. A expectativa, verdade que ela era muito alta, de todos nós, porque antes de ser presidente do conselho, antes de ser candidato, eu sou torcedor do Bahia, torcedor de arquibancada. Não me furtei em momento algum, com equilíbrio, com responsabilidade, sem fazer disso um palco, mas cobrei os gestores. Inclusive na viagem que fiz para Manchester, tive a oportunidade de falar com Ferran (Soriano, CEO do Grupo City), e o que me tranquilizou de certa forma foi que eles próprios estavam incomodados com isso. O Grupo (City) tem feito todos os esforços possíveis, a contratação na última janela é uma demonstração disso.
- Contratamos jogadores fora do perfil de pensar em investimento a longo prazo. Foram jogadores mais experientes, Gilberto é um exemplo disso. Você pode ter certeza que o Grupo City está muito atento. O encontro mundial do Grupo City foi sediado em Salvador. Isso não é à toa. Isso demonstra a importância estratégica do Grupo City. É óbvio que o resultado de momento não foi o esperado, não é o melhor. Mas tenho certeza de todo o esforço e investimento que foi feito para mudar esse cenário. E também não tenho dúvida nenhuma que o Grupo City tem uma estratégia e planejamento de que já em 2024 o Bahia seja top-6 do Brasil. Isso é um compromisso e investimento que o grupo está muito atento de fato.
Paulo Cézar Gomes, Bahia FM - Tendo em vista que tem uma torcida numerosa e apaixonada, de que forma a marca do Bahia pode ser melhor explorada? Quais caminhos que o clube pode seguir no campo do marketing para que haja uma exploração nessa área que seja a altura da grandeza da instituição?
- Do ponto de vista do nosso plano de gestão, quero aproveitar a oportunidade para convidar que todos os sócios conheçam o plano de gestão de cada candidato. Tem um ponto específico no meu plano de gestão que é a ampliação do alcance territorial. Existe uma expressão que ficou muito conhecida que diz que o Bahia é o mundo. Mas o Bahia precisa ser o mundo não só nessa expressão, não só no marketing, precisa ser o mundo de verdade, ampliar seu alcance territorial. E esse crescimento tem que ser de dentro para fora.
Ou seja, precisamos primeiro ganhar o interior do estado, depois ampliar para outros estados, e depois partir para a internacionalização. Como isso? Através das embaixadas, dos torcedores que moram no interior do estado, utilizar os ídolos para fazer isso, marcar presença, dar apoio e suporte. Isso está bem explicado no meu plano de gestão.
Vinicius Harfush, Correio - Em gestões pré-SAF o Bahia teve um crescimento no número de sócios, foram feitas campanhas de incentivo à associação etc, mas sabemos que o futebol é muito instável, tanto que esse número de sócios já caiu e agora sobe novamente sob comando da SAF. E você acompanhou tudo isso de perto no Conselho Deliberativo. Olhando para a atuação da Associação, como tornar atrativo para esses torcedores se interessem em fazer parte desse quadro societário em uma realidade onde o principal esporte ou atividade ligado do Bahia, que é o futebol, não vai estar conectado diretamente?
- Precisamos melhorar a comunicação. Fazer com que esse sócio se sinta pertencente às informações da Associação. É importante ter um diálogo, ter uma comunicação muito fluida com a SAF. Eu não tenho dúvida nenhuma que precisamos garantir produtor dentro do sócio da Associação que seja ligado ao futebol. É importante. E no desenvolvimento dos novos esportes, garantir também benefícios. Nós precisamos também demonstrar uma mudança de cultura. O sócio tem que entender que sim, é importante ter benefícios comerciais, clube de vantagem e uma série de outros benefícios.
Mas é preciso também fazer uma mudança cultural e demonstrar que ele é parte integrante da nossa alma, do nosso espírito, das cores do Bahia, de uma cultura que vem desde 1931. Quando estamos falando de associação, estamos falando de Esporte Clube Bahia. E é importante que a gente tenha benefícios para atrair esse sócio, mas é importante também que o sócio compreenda de fato a importância de termos uma associação forte. Porque assim podemos alcançar resultados muitos mais fortes, e ser de fato um poder fiscalizador também em relação ao futebol com muito mais força.
Veja as propostas de Martinez
Leonardo Martinez participa de sabatina do ge
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Quais as propostas para os esportes olímpicos, paralímpicos e esports?
- É importantíssimo que o torcedor, que o sócio, compreenda o que é o terceiro setor. Muito se fala nas eleições do Bahia de terceiro setor. Eu sou um dos candidatos que tem a maior experiência no terceiro setor. Fui vice-presidente de uma associação que cuida de crianças com autismo. O que é o terceiro setor? É o que não está nem no primeiro, nem no segunda. O primeiro setor e o segundo setor são empresas privadas, com fins lucrativos e o estado. O terceiro setor é justamente associações sem fins lucrativos, que é o caso do Bahia, da APAE, das Obras de Irmã Dulce.
- Precisamos de alguém com experiência para poder desenvolver projetos e levantar recursos públicos e privados. Para isso, nós precisamos de caminhos. Primeiro garantir a documentação para viabilizar isso. Para isso, nós temos o caminho das pedras. Sabemos como fazer porque já fizemos, temos experiência nisso há mais de oito anos. Em relação aos esportes olímpicos, estou ladeado por Fernanda Tude, que é a candidata a vice-presidente. Uma mulher com mais de 15 anos de experiência no terceiro setor. Além disso, ladeado também por quase todos os ídolos do Esporte Clube Bahia, os campeões brasileiros. Sou filho de ex-jogador de futebol, então o esporte está no meu sangue.
- Então vamos reunir a competência e o conhecimento técnico, com viver no mundo do esporte e estar rodeado por pessoas que possam contribuir para que possamos desenvolver esportes olímpicos. Não é o esporte que o presidente mais gosta. Leonardo Martinez, se for eleito, vai desenvolver o esporte A porque é o que gosta. Não é assim. Vamos fazer uma pesquisa de mercado, viabilidade econômica, garantia da participação do sócio, tudo isso explicado em meu plano de gestão. São dez pilares, o primeiro é ética, democracia e governança.
Como a sua gestão pretende trabalhar as ações afirmativas?
- Nós temos um clube de futebol que extrapola o futebol para outros esportes. Majoritariamente a paixão é o futebol, isso não dá para ser negado. Mas o Bahia tem uma força de comunicação, e o alcance dessa marca pode desenvolver ações sociais. Como eu disse, venho do terceiro setor, sou pai de um adulto com autismo, e sei da importância de levar as ações afirmativas, as ações sociais, mas tudo isso dentro de um limite.
- Nós precisamos investir em informações e ações sociais, mas precisamos lembrar que somos um clube de esporte. Precisamos ter eficiência e rendimento para atrair nosso sócio.
Como gerar novas receitas para a Associação?
- O Bahia, potencialmente, é uma marca que gera muita receita. Então, nós explicamos através das ações mais técnicas, do ponto de vista do terceiro setor, com levantamento de recursos públicos e privados. Os ídolos devem gerar receita através de um projeto de ganha-ganha, que vai gerar benefício, dignidade psicológica e física para esses ídolos, e, ao mesmo tempo, vai gerar receita para a Associação.
- Com a ampliação de nosso espaço territorial podemos licenciar marcas, utilizar produtor, e-commerce, uma série de fatores. Basicamente utilizar a captação de recursos públicos e privados, e utilizar a marca e o potencial do Esporte Clube Bahia.
Como gerar interesse e aumentar o número de sócios da Associação?
- O caminho, isso a atual gestão fez muito bem, em aumentar o número de sócios. O caminho é pertencimento, ações comerciais que gerem benefícios para os sócios. Nós pretendemos fazer o mesmo que foi feito com o futebol. Fazer o mesmo com relação às atividades esportivas que nós iremos desenvolver. Acesso garantido, desconto para sócio, além de garantir um fomento de renda através de nossa cultura, de nossa história e nossos ídolos.
- Todo torcedor do Bahia é consumidor da marca Bahia. Se ele tiver a oportunidade de ter uma roupa da Associação, ele vai querer, um relógio, tudo que for vinculado ao Bahia, potencialmente vai dar certo. Então é utilizar nosso conhecimento para buscar parceiros na área privada, os ídolos e a captação de recursos públicos e privados.
Qual proposta ainda não foi mencionada e que gostaria de detalhar?
- Eu não digo uma proposta. Nosso plano de gestão são dez pilares. É o plano de gestão, talvez o mais completo de todos eles. Nós precisamos lembrar, esse é o pilar número três, nós somos torcedores de arquibancada, pessoas que correram atrás do Bahia em viagens, todas as situações de avião, carro, ônibus. Essa é uma oportunidade que nós temos de colocar na presidência do Bahia um torcedor, um cara que apesar de ter qualificação técnica e de gestão, tem também a vontade, o amor, de estar disputando uma eleição pensando exclusivamente no bem de seu clube.

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