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Agricultores do Paraná com áreas de preservação podem receber até R$ 280 por hectare; entenda iniciativa

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

26/11/2023 por Redação

Programa de recompensa foi criado por startup de tecnologia ambiental de Maringá com objetivo de ligar o campo à cidade. Preservação que rende dinheiro
Produtores do Paraná que defendem a mata nativa podem ganhar dinheiro em uma iniciativa de defesa ambiental criada por uma incubadora tecnológica de Maringá, na região norte.
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Com objetivo de ligar o campo à cidade, o projeto consiste em conectar empresas que compram bônus de carbono e agricultores inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Quem explica é o agrônomo João Berdu Júnior, que comanda o projeto.
“A partir dos dados do CAR por georreferenciamento, nós localizamos a área de mata nativa, fazemos a quantificação e a análise da integralidade da preservação. Então, utilizando os dados do Instituto Água e Terra do Paraná (IAT), nós vemos o quanto daquela área está realmente preservada e faz jus ao lançamento dos bônus de remoção de carbono que, uma vez vendido, remuneram ao produtor”, detalha.
João explica que o pagamento aos produtores ocorre anualmente, e cada hectare preservado equivale R$ 280.
Iniciativa surgiu de uma startup de Maringá
Caminhos do Campo/RPC
Até agora, de acordo com João, 10 produtores da região de Maringá receberam os bônus de carbono, somando R$ 35 mil.
O agricultor Angelo Celestino foi um dos primeiros a ser beneficiado pelo projeto.
“A preservação é bastante cobrada do produtor, então é justo que se receba. É a primeira vez. A gente espera que continue aumentando, que seja valorizada essa preservação”, comenta Roseli de Fátima Celestino, produtora rural e filha do Angelo.
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Remuneração prevista em lei
João explica que o Código Florestal de 2012 prevê que o produtor possa ser remunerado pela prestação de serviço ambiental da sua área de mata nativa, reserva legal e preservação permanente.
Em 2021, foi aprovada uma outra lei, que é a política de pagamento por serviço ambiental. Ou seja, existe amparo legal para que o produtor receba pelo serviço de preservação que estiver prestando na área de mata nativa.
O que não existia era um modelo de negócio como o nosso, que junta o serviço que a área de mata nativa do produtor está fazendo com empresas que querem fazer efetivamente algo em relação ao aumento da quantidade de árvores plantadas, o aumento da preservação das áreas e a melhoria dessa preservação”, explica o criador.
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