Gestores de Educação e Infraestrutura participam de reunião do Conselho Distrital e falam dos trabalhos em Fernando de Noron

Representantes da comunidade solicitaram informações para as ações realizadas na ilha. Amaro Miguel (camisa verde) repassou informações da educação
Ana Clara Marinho/TV Globo
O segundo dia de reunião com gestores da Administração de Fernando de Noronha ocorreu na quinta (23), na sede do Conselho Distrital. Foram duas sessões seguidas, com cinco horas e meia de debate. Foram ouvidos pelos representantes da comunidade o superintendente Educação, Amaro Miguel, e a superintendente de Infraestrutura, Marcela Amaral.
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Amaro Miguel foi o primeiro a receber os questionamentos. Os conselheiros perguntaram sobre os problemas no prédio do Centro Integrado Bem-Me-Quer, como goteiras, falta de parque, aparelhos de ar-condicionado quebrados, chuveiros elétricos danificados e falta funcionários.
Foram questionados, ainda, quando o centro passará a ter atendimento integral para todos os alunos. Já na Escola Arquipélago, além dos problemas do prédio, foi indagado por qual motivo não há mais um profissional de apoio para os alunos especiais.
O superintendente Educação detalhou caso a caso e informou que solicitou à Secretaria de Educação da reposição do quadro.
Amaro Miguel fez críticas à obra de reforma do centro educacional, realizada no governo passado, e informou que providências serão tomadas para os reparos.
O gestor disse que a Escola Arquipélago existe há 50 anos e nunca passou por uma reforma. Segundo Amaro Miguel, a proposta de reforma e ampliação foi aprovada pelo governo do estado e que a obra deve acontecer em 2024.
O superintende achou positiva a participação na sessão do Conselho Distrital. “É importante apresentar nosso plano de governo na casa do povo. Falamos o que estamos construindo para o bem de Fernando de Noronha. Também ouvimos a população e isso é muito bom”, falou Amaro Miguel.
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Infraestrutura
A superintendente de Infraestrutura, Marcela Amaral, foi a segunda a falar com a comunidade. Os conselheiros e os moradores questionaram a falta de estrutura dos novos loteamentos, como demarcações de ruas, fornecimento de água e energia e frequências de reconhecimento de lixo, além da paralisação dos processos da Política Habitacional Distrital (PHD).
Outro questionamento foi feito em relação à demora para o início da obra de recuperação da pista do aeroporto. Desde outubro de 2022, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), proibiu o pouso de aviões de grande porte por conta das condições da pista do aeródromo.
A comunidade também reclamou da falta de ordenamento das praias e excessos de guarda-sol. Os conselheiros questionaram por qual motivo foi feita a dispensa de licitação e a prorrogação do contrato com a empresa que realiza a limpeza urbana.
Os moradores também criticaram a morosidade para análise de projetos e a falta de retorno no setor de infraestrutura.
A superintendente Marcela Amaral disse que ao iniciar os trabalhos encontrou cerca de 600 projetos para análise e que a equipe tem se esforçado para dar celeridade. Ela também informou que quer realizar a manutenção das ruas antes do início do inverno.
A gestora afirmou que parte das ações vão ser executadas com a equipe do governo local e outros trabalhos devem ser feitos por equipes terceirizadas, mas isso requer um processo de contratação.
Marcela Amaral também afirmou que o governo quer executar, em 2024, a reforma do Palácio São Miguel, a quadra da Vila dos Remédios, entre outros imóveis.
Quanto à reforma do aeroporto, a superintendente explicou que a obra é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Mobilidade e Infraestrutura, mas se comprometeu a tentar informações do cronograma.
A superintendente Amaral declarou que uma reunião com as pessoas que trabalham nas praias será realizada na quinta-feira (30), com objetivo de dar início ao ordenamento das áreas.
“A nossa ideia é ter uma gestão integrada com a população e o Conselho Distrital, estamos à disposição para ouvir e, se for o caso, corrigir. Devemos implementar mudanças para atender melhor a todos”, indicou Marcela Amaral.
A avaliação do Porto de Santo Antônio, que estava programada, teve que ser remarcada para a quinta-feira (30), por falta de tempo.
“Tivemos que remarcar para quinta (30), às 9h. Acrescentamos o setor de saúde e em seguida vamos falar sobre o Porto de Santo Antônio. Sigo frustrado com a falta de informação, como a resposta para a dispensa de licitação para a limpeza urbana”, informou o presidente do Conselho Distrital, Ailton Araújo Júnior.
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