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Primeiro dia da GLO no RJ tem fiscalização da Marinha na entrada do Porto dio Rio

G1 - com informações do G1

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Com informações do G1

06/11/2023 por Redação

Segundo o presidente Lula, emprego de militares das Forças Armadas nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos e nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ) vai até maio de 2024. Decreto de Garantia da Lei e da Ordem entra em vigor no RJ e SP
Começou a valer nesta segunda-feira (6) o decreto de garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo. A operação deve durar até 3 de maio de 2024. A GLO foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira (1º).
No 1º dia do regime no RJ, militares da Marinha e agentes da Guarda Portuária montaram postos de fiscalização nos acessos ao Porto do Rio. Na entrada da Avenida Brasil, no Caju, todos os veículos eram inspecionados. Homens utilizavam espelhos, por exemplo, para checar por baixo dos carros.
Cães farejadores estavam a postos. Quem chegava ao porto a pé também era abordado.
Militar usa espelho para inspecionar carro na entrada do Porto do Rio pela Avenida Brasil, no 1º dia da GLO
Reprodução/TV Globo
A medida abrange os portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro e Santos (SP). E os aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). Com o decreto assinado por Lula, militares das Forças Armadas atuarão nesses locais.
A edição do decreto de GLO para portos e aeroportos foi antecipada pelo colunista do g1 Gerson Camarotti.
Cão farejador em ação no 1º dia da GLO no RJ
Reprodução/TV Globo
Esse decreto ele estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado, e por isso estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para o porto do Rio de Janeiro, porto de Santos, porto de Itaguaí, aeroporto do Galeão e aeroporto de Guarulhos, disse Lula, no Palácio do Planalto.
O presidente Lula afirmou que haverá um comitê de acompanhamento integrado das ações de segurança coordenado pelos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Mucio.
As duas pastas apresentarão um plano de modernização de atuação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Exército, Aeronáutica e Marinha visando melhorar a atuação em portos, aeroportos e fronteiras.
“A Polícia Federal ampliará as ações de inteligência e as operações de prisões e apreensões de bens pertencentes às quadrilhas e milícias, especialmente no Rio de Janeiro”, disse Lula.
Lula fez a assinatura do decreto de GLO no Palácio do Planalto acompanhado dos ministros José Múcio Monteiro (Defesa), Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil)
Também acompanharam o evento os comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno; e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
FAB, Marinha e Exército
Ao todo, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino serão empregados 3,7 mil militares das Forças Armadas, sendo:
2.000 do Exército
1.100 da Marinha
600 da Aeronáutica
O comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, explicou que os militares terão poder de polícia nos aeroportos de Guarulhos e do Galeão.
Temos esse poder de polícia tanto na área de manobra de aeronaves, na questão de movimentação de bagagens e cargas, como também no saguão com uma operação policial extensiva, disse Damasceno.
O comandante da Marinha, Marcos Olsen, informou que a Marinha tem a responsabilidade de atuar nas vias de acesso aos portos e, também, realizar inspeções navais, uma atividade administrativa. Com a GLO, poderá fazer revistas caso sejam identificados indícios de crimes.
A Marinha tem o mandato para evoluir para uma revista criminal e assim fazer a sua atuação, explicou o almirante.
O comandante do Exército, Tomás Paiva, disse que pretende empregar cerca de 2 mil militares na atuação em uma faixa de 2,3 mil quilômetros nas fronteiras.
O Exército poderá fazer patrulhamento, revista de pessoas, veículos terrestres e embarcações e prisões em flagrante.
Não vamos substituir polícias estaduais, diz Dino
Após o anúncio de Lula, os ministros envolvidos nas ações concederam entrevista. O ministro Flávio Dino (Justiça) explicou que Lula optou pela GLO nos portos e aeroportos porque o governo considerou a melhor maneira de realizar um trabalho integrado.
Na semana passada, Lula afirmou que não assinaria decretos de garantia da lei e da ordem (GLO) e que não quer militares das Forças Armadas nas favelas brigando com bandido.
Segundo Dino, o presidente se referiu na ocasião em ações de militares em ruas e bairros, o que não acontecerá nas medidas anunciadas nesta quarta-feira.
Nós não vamos substituir polícias estaduais, disse Dino.
Fronteiras
O ministro da Justiça explicou que as Forças Armadas vão intensificar a ação nas fronteiras terrestres do Brasil principalmente nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A faixa tem cerca de 2.200 km.
O ministro da Justiça explicou que, no caso das fronteiras terrestres, não é necessária uma GLO. Isso porque, segundo Dino, juridicamente a atuação nas fronteiras já ocorre em parceria entre as Forças Armadas e as polícias federais.
Reforço na PF, PRF e Força Nacional
No Palácio do Planalto, Lula também disse que haverá reforço de efetivos e equipamentos, com mobilizações na Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, nos seguintes estados:
São Paulo;
Rio de Janeiro;
Mato Grosso;
Mato Grosso do Sul;
Paraná.
O presidente informou que Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional manterão os efetivos extras que já estão atuando no policiamento ostensivo no Rio de Janeiro, nas rodovias federais.
Lula também disse que Ministério da Justiça e o governo do Rio de Janeiro vão implantar o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos, “visando enfraquecer o poder financeiro das quadrilhas”.
Ônibus queimados e moradores sitiados: a rotina de medo nos bairros dominados por milícias no Rio
Crise de segurança no Rio
O governo discute há semanas ações para auxiliar estados que enfrentam crises na área de segurança. A situação no Rio de Janeiro, por exemplo, se agravou nas últimas semanas.
Em reação à morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, criminosos incendiaram 35 ônibus e um trem na Zona Oeste da capital fluminense.
Recentemente, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), pediu apoio federal no combate às milícias e ao crime organizado no estado.

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