Análise: Inter afasta fantasma do Z-4 em vitória, mas repete roteiro e cria riscos com trocas

Colorado supera o Cruzeiro por 2 a 1, mas cai de produção após saídas de Aránguiz, Mauricio e Alan Patrick e sofre nos minutos derradeiros Apesar de ser um time sempre disposto a causar surpresas, o Inter parece, enfim, ter dissipado o fantasma da zona de rebaixamento. Com a necessidade de vencer, superou o Cruzeiro por 2 a 1 e encerrou a série negativa. O Colorado foi dono das ações em grande parte da partida no Mineirão, mas deu espaço para o adversário assustar nos minutos derradeiros. Principalmente pelo fato das trocas diminuírem o rendimento dos titulares, problema corriqueiro.
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Cruzeiro 1 x 2 Internacional - Melhores momentos - 32ª rodada do Brasileirão 2023
O primeiro e fundamental. Diante de um adversário mais fraco, se vence. O Inter fez isso. E sem a necessidade de um esforço para construir o placar. Jogou com tranquilidade, apesar das duas faltas dos comandados de Zé Ricardo no travessão.
A vitória fez o time chegar aos 42 pontos, sete a mais que o Goiás, 17º e primeiro na zona de rebaixamento. Porém, o Vasco, 18º com 34, pega o Botafogo nesta segunda e, caso vença, empurra o Cruzeiro ao Z-4, o que deixaria a distância em cinco. O Inter está a três do mágico número de 45 com mais seis rodadas a cumprir. Ou seja, mesmo que volte a aprontar das suas, não correrá riscos do descenso e terá um fim de ano menos constrangedor.
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Enner Valencia teve a série de cinco jogos seguidos de gols encerrada, mas voltou a ser fundamental ao construir a jogada do gol de Mauricio. O passe foi para Bustos, que passou da bola e desviou ao camisa 27 marcar aos 13 do primeiro tempo. Wanderson também brilhou. O atacante recebeu de Johnny, que roubou a bola, avançou, invadiu a área e chutou cruzado.
Mauricio abriu o placar no Mineirão
Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
A vitória estava encaminhada e sem sustos. O Colorado cozinhava a partida. Aos 30, Coudet tirou Aránguiz, Mauricio e Alan Patrick para promover as entradas de Rômulo, Igor Gomes e Bruno Henrique, respectivamente. O recado era claro. Dar maior sustentação e garantir os três pontos.
Sejamos justos. O camisa 10 não estava em uma tarde inspirada. Todavia, o chileno era quem ditava o ritmo e Mauricio fizera o gol e levava a melhor quando ia para cima dos rivais. A saída do trio repetiu um filme com enredo conhecido. Queda de produção sem os titulares. O time não mais incomodou a Raposa. Valencia, sem ser acionado, jogou quase de volante.
A fortaleza defensiva não surtiu efeito. Houve emoção. Aos 44 da etapa final, Bustos errou, Bruno Rodrigues fez fila na zaga e acabou derrubado na área por Mercado. Dois minutos depois, o próprio bateu e mandou ao fundo das redes para que os gaúchos alcançassem a incômoda marca de 12 jogos com gols sofridos.
Situação do Inter
11º lugar com 42 pontos
na zona de classificação à Sul-Americana
11 pontos do Flamengo, sexto e último que garante vaga à Libertadores
8 a mais que o Vasco, 17º e primeiro no Z-4
se o Vasco vencer, fica a 5 do Cruzeiro, que entraria no Z-4
Alan Patrick em vitória do Inter
Ricardo Duarte/Inter
E o que era uma vitória tranquila ganhou contornos épicos. Aos 48, Matheus Vital acertou o poste. No último lance da partida, Luciano Castán ainda caiu na área após tentar passar por Vitão, mas o lance foi considerado normal. Com sustos, veio a vitória do respiro.
O Inter superou um adversário direto e ficou longe da ponta de baixo da tabela. Mas, se alguém ainda tinha dúvidas, reforçou que as trocas realizadas sempre diminuem a qualidade e geram riscos. Principalmente quando três pilares saem junto. É preciso encontrar uma alternativa para que, se o trio sair, que seja de forma escalonada.
Coudet alega que as saídas minimizam o desgaste e assegura a presença no jogo seguinte. No caso, o duelo com o Fluminense na quarta-feira. Mas não se pode abrir mão das virtudes de Aránguiz, Mauricio e Alan Patrick. Ainda mais diante do campeão da América.
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