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Após pesquisadores pintarem gravuras rupestres em Manaus, prefeitura fiscaliza preservação de sítio arqueológico

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

28/10/2023 por Redação

De acordo com a Prefeitura de Manaus, a ação aconteceu a pedido do Iphan, após a veiculação de notícias sobre possíveis danos ao pedral com gravuras rupestres visível com a seca do rio. Prefeitura de Manaus faz fiscalização no sítio arqueológico Ponta das Lajes.
Divulgação
Após um grupo de pesquisadores pintarem gravuras rupestres milenares reveladas pela seca deste ano em Manaus, no sítio arqueológico Ponta das Lajes , a prefeitura realizou uma ronda de preservação no local, na sexta-feira (27).
De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), a ação aconteceu a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), após a veiculação de notícias sobre possíveis danos ao pedral com gravuras rupestres visível com a seca do rio.
Historiador diz que usou argila natural para pintar gravuras rupestres milenares reveladas pela seca do Rio Negro, em Manaus
Reprodução/Redes sociais
As gravuras do sítio arqueológico Ponta das Lajes passam boa parte do tempo submersas. Elas haviam ficado visíveis na última grande seca, em 2010. Neste ano, em que a cidade registrou a maior vazante em 121 anos de leitura pelo porto de Manaus, elas voltaram a ficar expostas, atraindo curiosos ao lugar.
Por esta razão, o Iphan teme que os visitantes danifiquem ou subtraiam parte do material, que é considerado patrimônio cultural brasileiro.
De acordo com arqueólogo Jaime Oliveira, as gravuras têm entre 1.000 a 2.000 anos
Hariel Fontenelle/ g1 AM
Em nota divulgada nesta semana, o Iphan destacou que todos os bens arqueológicos pertencem à União, sendo que a legislação veda qualquer tipo de aproveitamento econômico de artefatos arqueológicos, assim como sua destruição e mutilação.
Além disso, para realização de pesquisas de campo e escavações, é preciso o envio prévio de projeto arqueológico ao Iphan, que avaliará e, só então, editará portaria de autorização. Assim, qualquer pesquisa interventiva realizada sem autorização do Iphan é ilegal e passível de punição nos temos da lei.
Pesquisadores explicam pinturas
Pesquisadores pintam gravuras rupestres milenares reveladas pela seca do Rio Negro em Manaus
Reprodução/Redes sociais
De acordo com o grupo de pesquisadores, a intenção da pintura era ressaltar os atributos das figuras. A atitude recebeu críticas desde a publicação das fotos em redes sociais.
Em nota, o historiador Otoni Mesquita afirmou que usou argila natural no procedimento e pediu desculpas. Acompanhado de outras pessoas, ele esteve no local, conhecido como Praia das Lajes, na terça-feira (24), data em que Manaus celebrou 354 anos. No grupo, estava a professora Gisella Braga, que compartilhou as fotos da visita nas redes sociais.
As gravuras
Gravuras rupestres reaparecem na praia das Lajes em Manaus
Hariel Fontenelle/ g1 AM
Conhecidas popularmente como caretas, por terem semelhanças com expressões humanas, gravuras rupestres esculpidas em paredes rochosas há mais de mil anos voltaram a aparecer, em Manaus, devido à seca histórica do Rio Negro, que registra o nível mais baixo em 121 anos de medição. Veja mais fotos abaixo.
As gravuras estão localizadas dentro da área urbana da capital amazonense, em uma região conhecida como Praia das Lajes, de onde se tem uma vista privilegiada para o Encontro das Águas. O local foi o primeiro de Manaus a ser registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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