Considerado de alta periculosidade, o foragido tem práticas criminosas similares às de um serial killer. Ele fugiu nessa quinta-feira (26). Gilson Viana de 43 anos é suspeito de assassinar ao menos 12 pessoas
Arquivo pessoal
O ex-policial militar Gilson Viana de 43 anos, acusado de assassinar ao menos 12 pessoas em Roraima, foi condenado a quase 50 anos de prisão. Ele fugiu do sistema prisional de Roraima enquanto participava de um curso do projeto de ressocialização nessa quinta-feira (26). Considerado de alta periculosidade, o foragido tem práticas criminosas similares às de um serial killer, segundo a Polícia Civil.
As condenações de Gilson Viana somam 46 anos e três meses de prisão, conforme apuração da Rede Amazônica. As sentenças incluem mais de 44 anos por homicídio e um ano e nove meses por porte ilegal de arma. Além de ser comparado um serial killer, ele também é suspeito de ser pistoleiro em região de garimpo ilegal.
Ele estava preso desde 2021 e cumpria pena na Cadeia Pública, mas estava fora da unidade quando burlou a escolta dos policiais penais e fugiu.
Gilson Viana participava do curso de formação profissional de eletricista de automóveis, capacitação oferecida por meio de parceria do Governo com o Senai, por meio do Pronatec, detalhou o governo em nota enviada à imprensa.
O curso é ofertado pelo Projeto Renascer, que oferece oportunidades de ressocialização por meio da força de trabalho. Na iniciativa, os presos da Cadeia Pública trabalham nas áreas de mecânica elétrica, lanternagem, posto de lavagem, serralheria, borracharia, marcenaria e barbearia, e com isso a pena reduz em um dia para cada três dias trabalhados.
A Rede Amazônica apurou que o homem não foi submetido a avaliação psicossocial e de inteligência pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). O procedimento deve ser feito a todo detento que deseja ingressar na redução de pena.
Procurada, a pasta não se pronunciou sobre o assunto até a última atualização da reportagem.
Na ocasião da prisão, em 2021, ele foi encontrado com fardamentos e acessórios de uso exclusivo da PM e mochilas contendo kits de sobrevivência na selva, como acessórios de armas de fogo calibre .40 e munições calibre 38.
Crimes
Entre a série de homicídios, ele é suspeito de ser o autor de um ataque a tiros em uma distribuidora de bebidas, que deixou dois mortos e dois feridos em maio de 2021. As investigações da Polícia Civil também apontavam o envolvimento do suspeito como pistoleiro na região de garimpo ilegal.
“Uma das linhas de investigações, é a atuação dele na atividade de ‘pistolagem’. Não está descartado esse apontamento, por conta dessa declaração dele e, também, de elementos que obtivemos em momento anterior à prisão dele, que indicavam que havia uma movimentação constante para o interior do estado, para região de mata”, disse Marcos Lázaro, diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) ao g1 à época da prisão.
Na ocasião, o ex-policial confirmou ao delegado os crimes dos três mandados de prisão, mas negou a autoria dos outros crimes. Os primeiros registros de homicídios cometidos pelo ex-policial são de 2011, conforme o delegado.
Entre os anos de 2013 e 2014, com a solução de alguns inquéritos, a linha de investigação é que se tratava de um serial killer. Ele chegou a ser preso em flagrante por homicídio. O procedimento foi encaminhado à PM, e resultou na expulsão dele da corporação em 2015.
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