Treinamento de cães guia era realizado pela Associação Brasiliense de Ações Humanitárias em parceria com Corpo de Bombeiros, mas foi suspenso em 2017. Segundo GDF, não há previsão de outra parceria para esse tipo de serviço. Cadela Vitamina que pode se tornar cão-guia para cegos; socializadora de cão-guia denunciou que não pode entrar em supermercado de Goiânia com o animal Goiás
Reprodução/Arquivo pessoal/Elaine Bezerra
O projeto Cão Guia para deficientes visuais está suspenso no Distrito Federal desde 2017. Com isso, pessoas cegas, que precisam do animal, enfrentam filas em outras unidades da federação para ter um cachorro treinado. A espera dura até 5 anos.
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O trabalho em Brasília era feito pela Associação Brasiliense de Ações Humanitárias (ABA) em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), através da APROS (Assessoria de Programas Sociais). De acordo com o GDF, não há previsão de uma outra parceria desse tipo.
O vice-presidente da Associação de Deficientes Visuais do DF, Justino Bastos, é um dos que estão na fila de espera para conseguir um cão guia.
O cão guia dá pra gente uma autonomia, uma segurança, uma mobilidade. Mesmo porque, a mobilidade urbana que nós temos aqui, ela é bem complicada, principalmente na questão de calçadas. O cão desvia de todos os obstáculos, buraco, poste, árvore, inclusive obstáculos aéreos, sem o cão tem que andar apenas com a bengala, diz Bastos.
Segundo ele, para ter um cão guia, o deficiente visual que mora em Brasília precisa se inscrever no sistema do governo federal, do governo de Goiás, ou de outro estado que tenha o programa. Ou então ir pros Estados Unidos, pra Califórnia, e tentar pegar um cão guia de lá, diz o vice-presidente da Associação de Deficientes Visuais do DF.
Como se fosse os nossos olhos
Baré, cão guia de Esio Cleber de Oliveira Júnior, em Brasília
TV Globo/Reprodução
Em 2021, o analista Esio Cleber de Oliveira Júnior recebeu o cão guia Baré (veja foto acima). Ele esperava desde 2012 pelo cachorro, que veio por meio de um projeto do estado de Goiás.
O cão guia ele já tem um par de olhos, ele tá ali com a gente e trabalha como se fosse os nossos olhos. Então, ele vai passar por aquele obstáculo aéreo, aquela árvore, vai passar por aquela poça dágua, sem que a gente sequer saiba que aquilo estava ali. Então é como se a gente voltasse a enxergar, conta Esio.
O que fazer para ter um cão guia
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Há algumas regras e passos a serem seguidos por quem deseja ter um cão-guia, assim como um processo que envolve todo o seu treinamento para lidar com o companheiro:
Ter no mínimo 18 anos;
Ser pessoa com deficiência visual;
Ter feito o curso de orientação e mobilidade, que é realizado pelos institutos especializados em treinamentos;
Residir em território brasileiro;
Gostar de animais;
Ter condições financeiras e psicológicas para cuidar do cão.
Para adquirir um animal treinado pelos institutos federais é necessário estar inscrito no Cadastro Nacional de Candidatos à Utilização de Cães-Guia da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SDH), vinculada ao Ministério da Justiça e Cidadania.
A pessoa inscrita integra uma lista de candidatos elegíveis para aquisição nos processos de seleção realizados pelos centros, por meio de editais cuja divulgação pode ser acompanhada na página do Ministério da Justiça e Cidadania.
As instituições trabalham o perfil do candidato com o perfil do cão, objetivando a melhor adequação da personalidade dos dois para terem uma convivência saudável.
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