Setembro teve a maior redução do ano, com queda de 3,52% no preço total da cesta. Mulher em frente a gôndola de supermercado
Reprodução
O preço da cesta básica em Piracicaba (SP) acumula uma redução de 9,14% entre janeiro e setembro, segundo o Índice de Cesta Básica (ICB) feito por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
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O valor médio da cesta teve sua maior redução em 2023 no mês de setembro, com queda de 3,52%, passando de R$ 1.181,59 para R$ 1.139,96. Em janeiro desse ano, o total era de R$ 1.254,64.
O ICB considera o preço de produtos de três subgrupos: alimentação, limpeza doméstica e higiene. Os pesquisadores fazem o levantamento dos preços desses produtos em supermercados e atacarejos de Piracicaba e tiram a média entre os valores mais caros e mais baratos, para obter o valor final.
De janeiro a setembro, apenas dois meses tiveram aumento no preço total da cesta. Os demais registraram queda, ainda que pequena. Veja no gráfico.
Apesar da redução de janeiro a setembro, a cesta básica calculada pelos pesquisadores da Esalq ainda consome quase a totalidade do salário mínimo nacional, com 86,36%. Somente o segmento de alimentação representa 71% do salário mínimo.
Cesta básica em setembro🥔🥬🫘
O valor médio da cesta básica em setembro ficou em R$ 1.139,96, sendo a cesta mais cara R$ 1.301,84, em estabelecimento de varejo, e a mais barata R$ 1.054,67, em atacarejo. Em relação a agosto, o valor da cesta caiu 3,52%.
Os três segmentos da cesta esse mês tiveram redução no valor total, com destaque para limpeza doméstica, que caiu 6,44%, de R$ 91,37 para R$ 85,49. O subgrupo de alimentação teve redução de 3,08%, de R$ 971,69 para R$ 941,72, e higiene caiu 4,88%, de R$ 118,53 para R$ 112,75.
ARQUIVO: batatas
Lars Blankers/ Unsplash
No subgrupo de alimentos, se destacam a cebola e a batata, com maiores aumentos de preços, com 21,5% e 16,62%, respectivamente.
Já as maiores quedas em preços foram nos ovos, presunto fatiado e frango, que caíram 10,83%, 8,88% e 8,42%, respectivamente. Veja na tabela abaixo:
No caso da cebola os pesquisadores apontam que a alta pode ser por conta da redução da oferta, devido às chuvas isoladas em regiões produtoras, como São Paulo e região Sul as quais impulsionaram perdas de até 50%.
Em relação à batata, a explicação também são as condições climáticas adversas: fortes ondas de calor e chuvas intensas impactaram diretamente as regiões produtoras, causando dificuldades na colheita do produto.
O preço dos ovos teve queda também por conta do clima. Dessa vez, as ondas de calor que influenciaram e levaram os produtores a concederem descontos para o escoamento da produção. Entenda a variação.
No caso do presunto, a variação negativa é um reflexo tardio da flutuação dos preços em agosto. A perda da competitividade do produto frente as outras carnes na segunda quinzena de agosto provocou o enfraquecimento da demanda, provocando uma redução acentuada dos preços.
Já a variação de preço do frango ocorre por conta de ajustes ocorridos na produção e da boa oferta do produto na primeira quinzena de agosto. Contudo, a partir da perda da concorrência frente as demais carnes e a tradicional redução da procura neste período do ano em conjunto com a redução do volume exportado favoreceu a queda dos preços do mercado interno.
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