Análise: Inter precisa olhar para a tabela, entender o que disputa e lutar para fugir do Z-4

Sexto mais derrotado no Brasileirão, Colorado está a dois pontos da zona de rebaixamento, mas insiste em discurso de olhar para cima e sonhar com a vaga à Libertadores O Inter precisa mudar o tom ao se comunicar com o torcedor, expor a verdade e dizer o que ainda resta fazer no Brasileirão. O intuito de disputar a Conmebol Libertadores de 2024 beira a utopia de engatar uma série de vitórias que nunca veio em 2023. Em um ano desastroso, no qual a semifinal no torneio continental destoou, a realidade aponta em se afastar da zona de rebaixamento.
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Bahia 1 x 0 Internacional | Melhores momentos | 27ª rodada do Brasileirão 2023
Como tem sido constante no Brasileiro, a equipe perdeu. O sexto mais derrotado na competição. Levou 1 a 0 do Bahia e só não foi goleado na Fonte Nova pelos problemas dos rivais. A fragilidade atrás ficou explícita com o sofrimento para conter Thaciano, Biel e Cauly.
Keiller tomou um gol em um lance que aparentou ter chance de defesa. O ex-gremista Biel recebeu de Rezende, carregou a bola e chutou no canto direito do goleiro, que não alcançou, aos 43 minutos do primeiro tempo.
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Mesmo diante da quinta pior defesa, com 38 gols sofridos, que tinha vazado 13 vezes nos seis compromissos anteriores, os gaúchos pouco incomodaram Marcos Felipe. O Inter confirmou a razão de ser o ataque mais frágil, com apenas 23 gols. Mercado cabeceou uma bola na trave. De resto, tentativas de Mauricio para fora.
Ainda que Valencia tenha apenas um gol no nacional, a distância aos substitutos ecoou. Luiz Adriano teve uma oportunidade. Lucca entrou, foi ainda pior e acabou expulso. Wanderson, autor de um dos gols na vitória no Gre-Nal, ficou distante do desempenho anterior. Pedro Henrique, que voltou após um mês, também não conseguiu mudar o panorama.
Bustos teve dificuldade para conter o Bahia
Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
A 11ª derrota em 27 rodadas. O Inter ganhou apenas oito. A equipe está em 12º lugar com 32 pontos, dois à frente de Vasco, último fora da zona de rebaixamento, Santos e Goiás, 17º e 18º, respectivamente. Cruzeiro, Corinthians e Santos entram em campo nesta quinta e podem empurrar os gaúchos ao 15º lugar, ainda mais constrangedor. O Peixe, inclusive, é o próximo rival gaúcho.
O trabalho de Eduardo Coudet, elogiado na Libertadores, não aparece no Brasileiro. Apesar dos desfalques em abundância na Fonte Nova, a campanha é fraca. São só cinco vitórias em 18 jogos, com cinco empates e oito derrotas, com apenas 37% de aproveitamento, semelhante ao que o Esmeraldino tem no Brasileirão.
Ainda assim, o treinador se apega ao otimismo. O mesmo Coudet, que disse após o clássico, que o Inter “correria como louco e tinha que ganhar as 12 que faltavam”. Na primeira partida da sequência, já precisou recalcular a rota. Ainda assim, acredita na força dos comandados para mirar o G-6. Mesmo quando o olhar óbvio é evitar o pior cenário.
Temos que ganhar vários jogos seguidos.
- Eu ainda acho que estamos na peleia. Não temos dúvidas que podemos brigar por subir muito na tabela. Não é desculpa. Eu aceito a crítica quando perde. Somos todos conscientes que tivemos muitos desfalques – disse o argentino.
Alan Patrick meia Inter
Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional
Coudet no retorno ao Inter
18 jogos
5 vitórias
5 empates
8 derrotas
19 gols marcados
23 gols sofridos
37,03% de aproveitamento
O discurso de Chacho, todavia, mesmo que de forma involuntária, mostra que o grupo não é tão homogêneo. Os resultados atestam. O que deixa o alerta ainda mais ligado. Afinal, há nova Data Fifa em novembro e tudo indica que Rochet, Johnny, Aránguiz e Valencia estarão fora contra o Bragantino na 35ª rodada.
O Inter precisa acordar e melhorar o futebol. Seja com os selecionáveis ou não. A situação na tabela é cada vez mais delicada. Flertar com o perigo pode trazer um indigesto presente de fim de ano a continuar com os erros.
Ou vence o Santos ou suporta a ira da torcida após o jogo domingo e tenta explicar um novo tombo. Até pelo fato de ser mais um confronto direto pela verdadeira competição da equipe, embora haja relutância no Beira-Rio em admitir.
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