Divulgação/Notícias ao MinutoAs autoridades australianas disseram, esta terça-feira, estar a investigar um protesto pró-Palestina que decorreu na segunda-feira, no exterior da Ópera de Sydney, depois de imagens com alegados slogans antissemitas terem surgido.
Cerca de mil manifestantes saíram à rua em Sydney, marchando até à famosa casa de espetáculos, que tinha sido iluminada com as cores da bandeira israelita, após o ataque levado a cabo pelo Hamas, no sábado.
Segundo a agência Reuters, imagens não verificadas e partilhadas pela Australian Jewish Association mostravam um pequeno grupo de manifestantes a lançar foguetes, ao mesmo tempo que clamavam “metam os judeus numa câmara de gás”.
Face a estas alegações, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou os slogans como “horríveis”, apontando que o país é “uma nação multicultural e tolerante”.
“Compreendo que as pessoas têm opiniões vincadas sobre as questões relacionadas com a ofensiva no Médio Oriente mas, na Austrália, temos de lidar com o discurso político de uma forma respeitosa”, disse, citado pelo mesmo meio.
As autoridades de Nova Gales do Sul anunciaram, em conferência de imprensa, estar a analisar as imagens do protesto, para determinar se crimes foram cometidos.
Por seu turno, o responsável pela manifestação, levada a cabo pelo Palestine Action Group Sydney, defendeu o direito de protestar contra o "apartheid" em Israel, enquanto ressalvou que um pequeno número de "participantes antissemitas" não tinha lugar no movimento.
“Somos um movimento antirracista e anticolonial e recusamo-nos a combater o racismo com racismo”, afirmou o grupo, numa publicação nas redes sociais.
“Se é antissemita, não é bem-vindo nos nossos comícios e não faz parte do nosso movimento. Como fizemos hoje, pediremos que saia e continuaremos a fazê-lo”, complementou.
De notar que, depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
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