Grêmio perdeu por 3 a 2 em uma partida em que o rival comandou as ações ofensivas. Renato não ficou no Beira-Rio para explicar os motivos da derrota Há muito tempo o Grêmio não tinha uma atuação tão inferior ao rival em um Gre-Nal. O time de Renato foi engolido pelo Inter em todos aspectos, não só na bola, mas também na vontade e na estratégia. O contexto ainda ficou pior quando o técnico Renato Portaluppi deixou o Beira-Rio sem dar entrevista coletiva para ir ao Rio de Janeiro. Algo já previsto, mas que gerou repercussão ainda maior.
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O equilíbrio que se espera em um Gre-Nal passou longe do Beira-Rio dessa vez. O placar apertado, de 3 a 2, não traduz as atuações das duas equipes. Como aconteceu em vários jogos do Tricolor fora de casa, faltou competitividade para quem estava em campo.
Por ser um clássico, não se esperava que essa mesma postura iria se repetir. Pois aconteceu. O Grêmio parecia jogar uma rotação abaixo que o rival. Passes curtos, enforcados, que devolviam a posse de bola para o adversário. Um time amarrado, sem conseguir sair da pressão, sem alternativas.
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O Inter perdeu muitas chances de gols, e isso deixou o Grêmio vivo no jogo o tempo todo. A impressão que deu é que, quando o Colorado forçava um pouco mais, criava as oportunidades com naturalidade.
Carballo e Renê em vitória no Gre-Nal
Lucas Uebel/Grêmio
Os gols do Grêmio foram os famigerados achados. Rochet falhou de forma grotesca no chute de João Pedro. Três minutos depois o Inter fez o terceiro. Logo depois, Alan Patrick abriu a barreira e o goleiro não evitou mais um na cobrança de Suárez. Foi o que manteve o time de Renato na partida.
No fim das contas. O resultado foi mais que justo. Na verdade, poderia ter sido um placar mais elástico. Rochet não teve nenhuma defesa na partida, por exemplo. O Tricolor criou muito pouco nos 90 minutos.
A fuga de Renato após o clássico
O que parecia ruim ficou ainda pior depois da partida. Logo após a derrota, Renato não concedeu entrevista coletiva. O treinador tinha voo marcado para o Rio de Janeiro e saiu do estádio assim que o árbitro apitou o fim de jogo.
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Enquanto o auxiliar técnico Alexandre Mendes avaliava a derrota, o treinador nem estava mais no estádio. No entanto, só se pôde ter noção do ambiente nos bastidores quando o presidente Alberto Guerra deu mais detalhes sobre esse episódio.
Em nenhum momento, a direção e o Conselho de Administração aprovaram a atitude. A manifestação do dirigente foi crítica ao comportamento de Renato. Isso gerou um tamanho ainda maior para a atitude.
Durante a semana, já se sabia do planejamento de Renato. Diversas pessoas do clube pediram para remarcar o voo, mas de nada adiantou. Havia uma esperança de que por ser uma derrota, o comandante mudaria de ideia. Mas não foi o que aconteceu. Renato insistiu, pegou os pertences e partiu para o aeroporto Salgado Filho.
Renato Portaluppi, técnico do Grêmio
Lucas Uebel/Grêmio
Além de toda tensão que traz a derrota em Gre-Nal, o comportamento do treinador deixou tudo pior. Jogadores e comissão técnica recebem três dias de folga e, segundo o presidente do Grêmio, a direção vai ser reunir para definir qual medida tomar ou se o comandante vai sofrer alguma punição.
Agora serão 10 dias até a próxima partida. O Grêmio só volta a campo no dia 18, quando recebe o Athletico-PR, 27ª rodada do Brasileirão. A reapresentação acontece na próxima quinta-feira, em treino marcado para as 15h30.
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