
Monize e Maira têm 1 ano e meio de diferença de idade e dividem as dores e descobertas a partir do diagnóstico. Dar valor ao que realmente importa, afirma Monize. Irmãs de Nova Odesa enfrentam câncer e usam redes sociais para ajudar outras mulheres
A pouca diferença de idade das irmãs Monize e Maira fez delas companheiras inseparáveis, capazes de dividir as lutas e conquistas da vida. A trajetória delas, no entanto, ganhou uma nova etapa há dois anos, quando as duas descobriram que possuem o mesmo câncer de mama.
Cinco meses separaram os dois diagnósticos. Eu descobri o câncer em agosto de 2021 investigando os sintomas que eu tinha de dores. Em outubro, comecei o tratamento de quimioterapia e radioterapia. Então fiquei cinco meses em tratamento e, após isso, a gente fez novos exames e eu entrei em remissão, explicou Monize Carla Rodrigues:.
A médica dela alertou: você tem irmã? Pede para ela fazer o exame porque pode ser genético. Para nossa surpresa, eu estava com câncer de mama igual à minha irmã, completou Maira Fernanda Rodrigues.
A doença atacou os dois organismos de forma semelhante, o que levou ao mesmo tratamento. Hoje as duas vão iniciar radioterapia e fazem hormonioterapia, então é muito igual. As metástases que a gente tem, que são os tumores não localizados, são nos mesmos locais, completa Maira.
Irmãs de Nova Odessa têm 1 ano e meio de diferença de idade e lutam contra cânceres semelhantes
Reprodução/EPTV
Transmitindo mensagens
Por meio de perfis nas redes sociais, as irmãs moradoras de Nova Odessa (SP), na região de Piracicaba, encontraram a maneira de contar as próprias histórias e a nova dificuldade imposta pela vida.
Apesar do momento difícil, tudo é feito com leveza na internet. A gente fez questão de mostrar a nossa rotina para falar assim: gente, não só após o câncer tem vida, mas durante o tratamento tem vida e continua normal, reforça Monize.
Uma das principais missões das irmãs é mostrar a importante dos exames periódicos para diagnosticar a doença. Alertar toda as mulheres que, com o diagnóstico precoce, a chance de cura é muito alta.
Abraçadas, Monize e Maira mostram que o fortalecimento dos laços auxilia o processo de sobrevivência ao tratamento de câncer
Reprodução/EPTV
Redescobrindo a vida
As irmãs mostram, por meio das palavras e dos posts, que a doença auxiliou no entendimento de cada uma sobre a vida e a força. O apoio mútuo, que já era grande, multiplicou-se.
A gente viu que a gente tinha muita força que a gente nem imaginava que tinha. Uma união que talvez com o decorrer do dia, da vida, do trabalho a gente esquece de sentar para conversar para ter um momento em família. Com a doença, as coisas parece que se acalmaram para você dar valor ao que realmente importa.
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