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Polícia investiga caso de injúria racial após idosa chamar grávida de "macaca" em Santa Teresa

G1 - com informações do G1

Rastro101
Com informações do G1

07/10/2023 por Redação

Fernanda Rosário da Silva afirmou que foi ofendida por Silvia Clara Bastos Correia, de 70 anos. Caso foi registrado na 7ª DP (Santa Teresa). Imagens mostram que senhora reafirmou preconceito, chamando a vítima de Macaca. Idosa de 70 anos foi levada para a delegacia de Santa por suspeita de injúria por preconceito
Reprodução/TV Globo
Uma discussão por conta de um boleto de condomínio se transformou em xingamentos racistas de uma senhora de 70 anos contra uma mulher grávida em Santa Teresa, no Centro do Rio. O caso está sendo investigado pela 7ª DP (Santa Teresa) como injúria por preconceito.
Fernanda Rosário da Silva está grávida e fez o registro na 7ª DP ( Santa Teresa)
Reprodução/TV Globo
As imagens mostram: ao ser questionada pela vítima, Fernanda Rosário da Silva, a idosa Silvia Clara Bastos Correia, de 70 anos, repete os xingamentos:
Você me chamou de quê?, pergunta Fernanda?
Macaca, e daí?, responde Silvia
Na quinta-feira, (5) Silvia Correia veio buscar um boleto de cobrança do condomínio. Em um primeiro momento, não conseguiu.
Fernanda diz que propôs imprimir o documento numa gráfica na esquina, mas não adiantou, e foi aí que as ofensas começaram.
Quando eu entrei, que ela continuou falando a palavra macaca, eu comecei a chorar. Aí veio meu vizinho, meu porteiro, e eu comecei a tremer e sentei. E fiquei por aqui uns 30 minutos só chorando, chorando, até que o meu porteiro e minha vizinha me levou pra subir, tomar uma água, e a gente ficou ali no hall do prédio, relatou Fernanda.
A vítima, que está grávida de seis meses, disse que vai ter que ensinar ao futuro filho, infelizmente, que isso pode acontecer:
Eu vou ter que ensinar meu filho e fazer ele entender que a cor dele não é um problema, mas fazer ele entender que ele precisa lidar com isso. Ele vai crescer, obviamente é uma coisa que não vai acabar agora, infelizmente. Mas eu vou ter que fazer ele crescer e da mesma medida que ele entenda que a cor dele não é um problema, fazer ele saber que ele vai passar por isso, infelizmente, comentou.
Rafael Evangelista, que mora no mesmo prédio, ficou indignado e gravou imagens do que aconteceu.
Eu já sofri caso de racismo, eu sei como é que é, né? Sou negro, então assim, a gente acaba se identificando ali na hora, né? A gente sente como se fosse, como eu falei. Eu senti como se fosse comigo. E aí eu me indignei e encorajei, inclusive, a Fernanda, relatou.
Fernanda cobra justiça pelo preconceito que sofreu:
Não se omitam. Eu tive muito apoio também de todo mundo que presenciou a situação, mas eu já tinha dentro de mim que eu não ia deixar passar mais uma vez, não por parte dela, mas a gente sempre passa por essas situações, seja numa loja ou em qualquer lugar. É necessário correr atrás para que isso não continue se repetindo, finalizou.

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